quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Líder, Bolsonaro é rejeitado por 41% das mulheres

Candidato do PSL também tem elevada resistência entre jovens e no Nordeste, de acordo com a pesquisa Ibope mais recente

Eduardo Bresciani | O Globo

BRASÍLIA - Líder no cenário mais provável para a eleição, sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado Jair Bolsonaro (PSL) é mais rejeitado entre as mulheres. Também enfrenta maior resistência entre jovens eleitores e na região Nordeste. Os dados são da pesquisa Ibope, contratada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S.Paulo.

O candidato do PSL tem 37% de rejeição no total. De acordo com o levantamento, 41% das mulheres afirmaram que não votariam nele de jeito nenhum, taxa que ficou em 33% entre os homens. A dificuldade do candidato entre as mulheres vem sendo explorada por adversários. Recentemente, o ex-capitão foi confrontado por Marina Silva (Rede) sobre a falta de propostas para o público feminino.

Na região Nordeste, onde Lula historicamente apresenta seus melhores números, a resistência a Bolsonaro alcança 46%, taxa que cai nas demais regiões. No Norte e no Centro Oeste é de 30%, enquanto no Sudeste é de 34%, e no Sul, 39%.

O presidenciável do PSL enfrenta maior resistência também entre os que têm ensino superior, com 45% de rejeição. Entre os eleitores com 16 a 24 anos, 45% descartaram o deputado do PSL como opção de voto, percentual que cai para 31% entre os que têm mais de 55 anos. Bolsonaro é mais rejeitado por pretos e pardos (39%) do que por brancos (34%) e tem mais resistência de católicos (38%) do que de evangélicos (30%).

Geraldo Alckmin (PSDB), por sua vez, é mais rejeitado por homens (28%) do que por mulheres (22%). A dificuldade que o tucano tem para entrar no Nordeste também fica expressa no levantamento. Sua taxa de rejeição é de 28% no região, caindo para 20% no Sul. Fica praticamente estável entre os eleitores acima de 24 anos, oscilando entre 26% e 27%, sendo mais baixa (20%) entre os mais jovens. Ele é descartado por 28% dos que têm renda familiar acima de cinco salários mínimos, taxa que cai a 24% entre os que recebem até um salário mínimo.

No caso de Marina Silva (Rede), a variação entre a taxa de rejeição é pequena nos diferentes extratos. A resistência é maior entre homens (25%) do que entre as mulheres (22%). Em relação a faixas etárias, ela é mais rejeitada entre os que têm mais de 55 anos, com 25%.

Em relação à renda familiar, a maior rejeição está entre os que recebem entre 1 e 2 salários mínimos (28%). Marina tem a mesma rejeição entre católicos e evangélicos, de 23%, e é refutada mais por brancos (25%) do que por pretos e pardos (22%). A rejeição a seu nome varia pouco entre as regiões, sendo pouco maior no Sul e Sudeste, com 24%, e um pouco menor em Norte e Centro-Oeste, 21%.

Já Ciro Gomes (PDT) é mais rejeitado na sua região de origem, o Nordeste. Sua taxa é de 23% na área, com o percentual indo para 19% nas regiões Norte e Centro-Oeste. Ele é mais rejeitado entre homens (25%) do que entre mulheres (17%). Dos que têm de 45 a 54 anos, 27% descartam o pedetista como opção de voto, número que é de 15% entre os que tem até 24 anos. A rejeição dele é maior entre os que ganham mais de cinco salários mínimos (24%), caindo para 19% entre os que recebem até um salário mínimo.

REJEIÇÃO DE HADDAD
Atualmente vice de Lula, mas provável candidato do PT, Fernando Haddad é mais rejeitado por homens (19%) do que por mulheres (13%). Tem mais resistência entre os que eleitores acima de 55 anos (21%) que entre os mais jovens (10%). A maior resistência ao petista está no Sudeste (21%), com o menor índice sendo registrado nas regiões Norte e Centro-Oeste (11%).

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