segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Alckmin aposta em SP na reta final e 'cobra fatura' em estado que governou

Alckmin defende entrada de mais bancos no país

Por Cibelle Bouças | De São Paulo

O candidato a presidente da República Geraldo Alckmin (PSDB) disse ontem que pretende atrair mais bancos internacionais ao Brasil se for eleito. Ele também defendeu o aumento na oferta de crédito para fomentar o empreendedorismo.

"Hoje um banco só pode entrar no Brasil com autorização do presidente da República. Queremos acabar com isso. Queremos mais disputa no mercado, mais oferta de crédito e menos impostos", afirmou Alckmin.

O candidato disse que pretende fomentar o empreendedorismo no país e gerar empregos. Para isso, pretende desregulamentar o crédito no país. "O crédito é muito concentrado em uma meia dúzia e é muito caro. Vamos tornar o crédito maior e mais barato para estimular os empreendedores", disse.

Alckmin também defendeu que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tenha um papel mais focado em pequenas e médias empresas. "O BNDES não vai ser para os campeões nacionais. Para milionários ficarem bilionários. O BNDES vai fomentar a economia através do apoio a pequenos e médios empreendedores", afirmou. Alckmin acrescentou que pretende incentivar cooperativas de crédito e bancos digitais, se for eleito.

Durante o fim de semana, Alckmin trocou acusações com o concorrente do PSL, Jair Bolsonaro, na internet. E voltou a criticar o PT, cujo candidato Fernando Haddad assumiu a segunda posição nas pesquisas de intenção de votos.

Alckmin publicou em seu perfil na noite de sábado que "covardia é desrespeitar mulheres, negros e pobres". A afirmação foi uma resposta a Bolsonaro, que disse em entrevista à "Folha de S.Paulo" considerar covardia os ataques feitos pelo candidato tucano contra ele nas campanhas veiculadas na TV e no rádio. Ontem, Bolsonaro respondeu à provocação de Alckmin em seu Twitter, com a mensagem "desrespeitoso é deixar crianças sem merenda".

Quarto colocado nas pesquisas, Alckmin negou que faça ataques aos rivais. "Não fazemos ataques. Nós só mostramos o que os outros candidatos falam, pensam ou fazem", afirmou a jornalistas, durante ato de campanha realizado em São Paulo.

Em outro momento da entrevista, Alckmin disse que considera Bolsonaro pior opção para o Brasil. "Bolsonaro é a pior opção para o país. Sempre votou contra o interesse nacional. Ele votou contra a quebra do monopólio do petróleo, contra a quebra do monopólio das telecomunicações, contra o Plano Real e a favor de benefícios para deputados", afirmou.

Durante ato de campanha, Alckmin também disse considerar o PSDB "o caminho para impedir a volta do PT". "Temos que deixar de lado os pesadelos do passado, que é votar no PT, e focar no futuro do país. Não podemos permitir a volta desse partido e dos seus escândalos, nem dar um salto no escuro, no ódio", afirmou o tucano.

O companheiro de partido e candidato a governador de São Paulo João Doria disse acreditar em uma arrancada de Alckmin nos últimos dias da corrida eleitoral. O candidato também disse que vai buscar investidores industriais para investirem em indústrias no Estado de São Paulo.

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