sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Alckminel vê grandes chances de vitória no 2º turno

Por André Ramalho | Valor Econômico

RIO - O candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, disse que vê como grandes as suas chances de vencer as eleições no segundo turno.

Ele comentou as pesquisas eleitorais recém divulgadas e destacou que a intenção de votos nele já chegou a dois dígitos e com baixa taxa de rejeição.

Alckmin reiterou que a eleição será decidida nas últimas semanas de campanha.

"Não tenho dúvida disso. No segundo turno, com rejeição menor, temos grandes chances", disse a jornalistas após visitar o Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Rio.

Questionado sobre o impacto do atentado ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro, sobre as eleições, Alckmin disse que se solidariza com o oponente, mas que o "debate precisa continuar".

O tucano comentou a política de preços da Petrobras. Defendeu a criação de mecanismos tributários para criar um "colchão" que amenize os impactos da oscilação dos preços dos combustíveis e que os reajustes deveriam ser mensais ou a cada 60 dias, mas que o governo não pode voltar a controlar preços.

Alckmin também defendeu a necessidade de atração de investimentos privados para o refino.

O candidato disse que a promessa de zerar o déficit público em dois anos não é uma fantasia. "Não pode passar disso [zerar o déficit]", disse o tucano, citando que, enquanto governador de São Paulo, entregou superávits mesmo em meio às crise econômica.


Alckmin disse ainda que, como médico, tem como dever melhorar a gestão da saúde pública no país. E disse que um dos seus compromissos na área será reabrir leitos fechados e retomar obras paralisadas, como a expansão do Inca.

Segundo ele, isso será possível com a recuperação da economia: "Recuperando o crescimento da economia, arrecadamos mais."

O tucano disse ainda que o que falta para o país voltar a recuperar sua economia é confiança. E destacou que sua gestão focará no corte de "despesas supérfluas", privatizações e rever subsídios. "Será que todos se justificam em custo benefício?", questionou.

Em seguida, o tucano cumpriu agenda no Saara, centro de comércio popular no Rio de Janeiro, onde defendeu a criação de programas de microcrédito.

"Não tem país no mundo com pequenos empreendedores com a resiliência do brasileiro. Quero um grande programa de microcrédito. Não tem que subsidiar grandes campeões nacionais", disse.

O ato de campanha no Saara, por onde andou por quase uma hora, focou em pautas populares, como combate a criminalidade e programas de alimentação popular e alfabetização.

Para fundamentar a declaração, ao tucano era atribuída a responsabilidade por reduzir as taxas de homicídio em São Paulo para os patamares mais baixos do país e pela popularização do programa Bom Prato, de alimentação popular, em São Paulo.

O tucano parou para tomar café num restaurante popular do Saara e parou para um breve discurso em que se disse "apaixonado pelo Rio". "Vamos recuperar o Rio. Tamo junto Saara", disse, acompanhado da candidata ao Senado, Aspásia Camargo, e integrantes do PSDB no Rio, como o deputado estadual Carlos Osório.

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