terça-feira, 2 de outubro de 2018

Bolsonaro sobe e abre 10 pontos sobre Haddad

Rejeição ao petista cresce de 27% para 38%; no segundo turno, só Ciro venceria candidato do PSL

Em pesquisa realizada durante o fim de semana das manifestações de rua pró e contra Jair Bolsonaro (PSL), o Ibope mostrou que as intenções de voto no candidato cresceram quatro pontos percentuais, chegando a 31%. O candidato do PSL avançou seis pontos entre as mulheres. Fernando Haddad (PT) se manteve com 21%, mas a rejeição a seu nome disparou, indo de 27% para 38%. Já Bolsonaro é descartado por 44%. Nas simulações de segundo turno, Bolsonaro empata com Haddad em 42% e perde para Ciro Gomes (PDT). No caso de um enfrentamento com Geraldo Alckmin (PSDB), há empate técnico.

HADDAD PARA, E BOLSONARO SOBE 4 PONTOS

Rejeição a petista dispara 11 pontos e chega a 38%; deputado fica com 44%

Marco Grillo | O Globo

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, cresceu quatro pontos percentuais e chegou a 31% das intenções de voto, segundo o Ibope, ampliando para dez pontos a vantagem sobre o segundo colocado, Fernando Haddad (PT), que se manteve estável com 21%. É a maior distância entre os dois desde 18 de setembro, quando foi feito o primeiro levantamento que captou a oficialização do ex-prefeito de São Paulo como candidato petista, no lugar do ex-presidente Lula.

Além de não ter elevado seu patamar em uma semana, a nova pesquisa trouxe outra má notícia para Haddad: a disparada de sua rejeição, que saltou 11 pontos — era de 27% na quarta-feira e chegou a 38% ontem. A rejeição a Bolsonaro ficou estável, em 44%.

PESQUISA NO FIM DE SEMANA
O crescimento do candidato do PSL coincide com a intensa exposição de seu nome no fim de semana — os eleitores foram entrevistados no sábado e no domingo. 

Atos contra o capitão da reserva foram organizados por todo o país no sábado. O movimento foi capitaneado por mulheres e chamado por redes sociais, com o título #EleNão. Em resposta, apoiadores de Bolsonaro fizeram carreatas em diversos estados. Também no sábado, o deputado recebeu alta do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde estava internado desde o dia 7 de setembro, após ser atacado com uma facada em Juiz de Fora (MG).

Já a estagnação de Haddad e o aumento de sua rejeição podem ser um efeito reverso da mesma fórmula que o alçou ao segundo lugar: a intensa associação de seu nome ao de Lula. Adversários, como Geraldo Alckmin (PSDB), têm explorado a participação de Haddad no governo do petista e escândalos de corrupção no governo federal que foram desvendados pela Operação Lava-Jato.

VOTOS VÁLIDOS: 38% A 25%
Como os outros candidatos — que já aparentaram ser competitivos —não se movimentaram e continuam distantes, a pesquisa aponta dois cenários: um segundo turno entre Bolsonaro e Haddad e a vitória do candidato do PSL no primeiro turno.

Na contagem dos votos válidos, quando brancos e nulos são excluídos, Bolsonaro tem 38%, contra 25% de Haddad. São necessários mais de 50% para liquidar a disputa. Em 20 de agosto, na primeira pesquisa após o início oficial da campanha, o capitão da reserva tinha 32%, levando-se em consideração os votos válidos.

Ciro Gomes (PDT) oscilou um ponto negativamente e marcou 11%. Ele está em empate técnico com Alckmin, que permaneceu com 8%. Marina Silva (Rede) oscilou dois pontos para baixo e agora tem 4%, empatada tecnicamente com o tucano e com João Amoêdo (Novo), que marcou 3%, Henrique Meirelles (MDB) e Alvaro Dias, que se mantiveram com 2%, e Cabo Daciolo (Patriota), que tem 1%. Guilherme Boulos (PSOL), Eymael (DC) e Vera Lúcia (PSTU) não pontuaram. João Goulart Filho (PPL) não foi citado. Brancos e nulos somaram 12%, enquanto 5% não responderam.

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