quinta-feira, 11 de outubro de 2018

DEM opta por ficar neutro no 2º turno

Partido é mais um que não apoiará Bolsonaro nem Haddad para a Presidência; Roberto Freire toma decisão igual no PPS

PSOL, PDT, PPL e PSB apoiam Haddad; PTB e PSC vão apoiar o nome de Bolsonaro

Mateus Coutinho e Cristiane Jungblut | O Globo

BRASÍLIA - Em nota divulgada na manhã de ontem, o prefeito de Salvador e presidente do Democratas, ACM Neto, anunciou que o partido não dará apoio oficial a nenhum dos dois candidatos que disputam o segundo turno na eleição presidencial, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Na nota, ACM Neto afirma que está em sintonia com o sentimento de mudança expresso pelos eleitores no primeiro turno das eleições, critica o legado deixado pelo PT e libera os membros da legenda.

No texto, o presidente da sigla afirma que seu partido tem o compromisso de contribuir com a construção do “novo Brasil, um país completamente diferente daquele que nos foi legado pelo PT nos últimos anos”.

“Neste novo tempo que se anuncia, não cabem invasão e destruição de propriedades, e muito menos mensalão ou petrolão. É o momento de substituir a prática do ‘toma lá, dá cá’ da velha política pelos verdadeiros interesses públicos”, segue o texto com críticas a movimentos sociais de esquerda e relembrando escândalos que marcaram os governos petista.

BANCADA AMPLIADA
ACM Neto ainda ressalta o crescimento da bancada da sigla eleita para a próxima Legislatura e afirma que o desempenho é motivo de comemoração. Ao todo, o partido elegeu neste primeiro turno 29 deputados federais, quatro senadores e dois governadores.

A manifestação reitera a postura que já era esperada da sigla e que vem sendo adotada pela maioria dos partidos até o momento na primeira eleição em anos em que não há uma disputa entre PT e PSDB para a Presidência no segundo turno. Até o momento, PP, PRB, PSDB, PPS, Solidariedade, PSD, PR e Novo já declararam que não vão apoiar nenhum candidato no segundo turno e liberaram seus militantes e candidatos. No entanto, diversos parlamentares desses partidos apoiam o ex-capitão no segundo turno.

O presidente do PPS, Roberto Freire, afirmou ontem, após reunião da Executiva Nacional, ontem que os dois projetos do segundo turno “flertam com ditaduras” e colocam em risco o estado democrático de direito.

— O partido decidiu que não vai apoiar nenhuma das duas candidaturas e explica, por conta de que são projetos autoritários, que não respeitam a democracia e colocam em risco o estado democrático de direito — disse Freire, que concluiu:

—O partido vai afirmar para a sociedade o que é de fundamental importância nesse futuro governo, seja ele qual for. Do respeito ao estado democrático de direito, defesa das liberdades, inclusive liberdade de expressão, de imprensa. São liberdades que estão em risco, exatamente porque são projetos que flertam com ditaduras.

Dentre os partidos que declararam apoio a um dos dois candidatos até agora, PSC e PTB se manifestaram a favor de Bolsonaro e PSOL, PDT, PPL e PSB declararam apoio a Haddad.

Em 2014, em uma eleição marcada pela velha polarização entre PT e PSDB, apenas o PSOL, que teve Luciana Genro como candidata, optou por ficar neutro no segundo turno entre Dilma Rousseff e Aécio Neves. (Com informações do G1)

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