sábado, 1 de dezembro de 2018

Derrotados nas urnas ganham vaga no governo

Coluna do Estadão

Jair Bolsonaro escalou deputados derrotados nas eleições de outubro para ajudar na articulação política do seu governo. Leonardo Quintão (MDB-MG) e Carlos Manato (PSL-ES) serão secretários de Onyx Lorenzoni na Casa Civil, não terão status de ministros e receberão salários de R$ 16,5 mil. A tarefa deles será abrir diálogo com o Congresso. “Mas sem fazer o toma lá, dá cá”, diz Manato sobre a missão recebida. A bancada evangélica tentou emplacar Quintão como ministro das Minas e Energia, mas ele foi contemplado apenas com o cargo no 2.º escalão.

Em breve. Ficou acertado que Quintão e Manato só assumirão as vagas no governo em fevereiro, quando termina o mandato deles na Câmara dos Deputados.

Amigo secreto. O ex-senador Wellington Salgado (MDB-MG) fez a ponte entre Paulo Guedes e Renan Calheiros e viabilizou o jantar dos dois na última terça-feira, encontro revelado pela Coluna. Pupilo de Renan, Salgado é amigo do futuro ministro da Fazenda há mais de dez anos.

Conexão. Os dois se conheceram numa época em que o futuro ministro queria entender sobre o mercado de educação. O ex-senador é dono de universidade. Guedes se interessou pelo tema ao perceber que, após a crise financeira internacional, o mercado que se recuperou mais rapidamente foi o do ensino.

Tête-à-tête. Paulo Guedes se divide entre se aproximar do mundo de Brasília e manter vivos os laços com o setor financeiro. Na quinta, jantou com Eduardo Alcalay, presidente do Bank of America Merrill Lynch, e outros executivos do banco. Ficaram em sala reservada no Fasano do Rio até tarde da noite.

Saco sem fundo. O encontro que Jair Bolsonaro fará com as bancadas partidárias ainda não atende aos anseios dos partidos. Os presidentes das siglas reclamam de não terem sido convidados.

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