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O ex-presidente do PPS de Minas Gerais, Paulo Elisiário Nunes, morreu nesta terça-feira (04), em Belo Horizonte, aos 79 anos. O “eterno presidente” do PPS-MG lutava há cerca de cinco contra um câncer na próstata. Em nota pública (veja abaixo), o presidente do PPS, Roberto Freire, lamenta a morte do dirigente “que teve toda sua vida dedicada às atividades partidárias” e prestas condolências aos seus familiares e integrantes do PPS mineiro.
Nascido em Palmeiras dos Índios, em Alagoas, Paulo Elisiário foi presidente do PPS em Minas por mais de 20 anos. Afastado por causa da doença, ele ainda integrava a Executiva Estadual do partido, da qual fez parte desde a época do antigo PCB (Partido Comunista Brasileiro).
Na série da FAP (Fundação Astrojildo Pereira) “Brasileiros e Militantes” (veja aqui e abaixo), Paulo Elisiário fala em entrevista ao historiador Ivan Alves Filho sobre a sua trajetória de vida e política.
“Imensa Perda
Em meu nome pessoal e em nome da direção do Partido Popular Socialista, comunicamos a morte, na manhã de hoje, em Belo Horizonte, do nosso querido companheiro Paulo Elisiário Nunes, que teve toda sua vida dedicada às atividades partidárias, desde Alagoas, sua terra natal (era natural de Palmeira dos Indios, berço do grande Graciliano Ramos) passando por várias capitais brasileiras e terminou se concentrando no Estado de Minas Gerais, sua segunda terra.
Ainda muito jovem, foi escolhido para ir a Moscou, no inicio dos anos 1960, a fim de estudar na escola de quadros montada pelo Partido Comunista da União Soviética para preparar militantes de todos os recantos do mundo. Concluído seu curso, em 1965, regressou clandestinamente ao Brasil, em plena ditadura militar, indo morar em Aracaju, a fim de se engajar na luta contra o regime militar.
Capturado anos mais tarde pela repressão política em Juiz de Fora, foi barbaramente torturado e nada revelou a seus algozes. Após a Anistia, retomou suas atividades abertas no PCB, tendo sido um dos principais responsáveis pelas ricas atividades do Partidão no Estado de Minas Gerais e, fruto de sua rica experiência, chegou a participar do Secretariado e da Comissão Executiva nacionais, ao lado de Giocondo Dias, Dinarco Reis, Salomão Malina, Sergio Moraes, dentre outros. Em 1992, apoiou a transformação do PCB em PPS, onde militou até ser vítima da terrível doença que lhe tirou a vida.
Nossas fraternas condolências aos seus familiares, a começar da mineira Geralda, sua companheira de todas as horas, em dezenas de anos, feliz e rica convivência que lhes legou seus queridos filhos Mariana e Paulo, além de netos, e aos companheiros do PPS mineiro.
Paulo Elisiário era a dignidade em pessoa, sempre alegre, fraterno e solidário com amigos, companheiros e qualquer homem ou mulher com quem tivesse contato.
Brasília, 4 de dezembro de 2018
Roberto Freire
Presidente nacional do PPS“
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