- O Globo
O deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro reclama que a imprensa faz “uma força descomunal” para desconstruir sua reputação e ade Jair Bolsonaro, que, por sua vez, fala em “escarcéu proposital diário”. Porém, não foi a imprensa e sim o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que descobriu o que ocorria de estranho no seu gabinete da Alerj, onde um assessor podia passar 248 dias em Portugal, sem licença, e outro era capaz de depositar um cheque de R$ 24 mil na conta da futura primeira-dama Michelle Bolsonaro e realizar uma “movimentação atípica” de R$ 1,2 milhão sem renda compatível.
Este personagem, o PM Fabrício de Queiroz, que desapareceu, deve enfim prestar depoimento hoje ao Ministério Público. Ele é amigo do presidente eleito há 30 anos e, além do poder financeiro, tinha prestígio para promover um festival de nepotismo no gabinete do primogênito, nomeando cinco parentes: a própria mulher, Márcia Aguiar, as duas filhas, a enteada, Evelyn Mayara e o ex-marido da atual mulher, Márcio da Silva Gerbatim.
Afilham ais famosa, Nathalia, aparece no relatório do Coaftambémc omo secretária parlamentar lotada no gabinete de Jair Bolsonaro com uma renda bruta mensal de R $10.502,00, o que lhe permitiu transferir, no intervalo de 13 meses, R$ 84.110,00 para uma conta do pai.
Só que a função exigia 40 horas semanais de trabalho —redatora de correspondência, discursos e pareceres, serviços de secretaria e datilográficos, pesquisas —e “Nat Queiroz” atuava no Rio como personal trainer de celebridades como Bruna Marquezine e Bruno Gagliasso.
Duas perguntas passaram a perseguir filho e pai, que encerravam uma entrevista quando elas surgiam: “Onde está Fabrício?” e “O que fazia Nathália?”
Flávio pode alegar quen ãoéoún ico deputado que apresenta movimentação suspeita. Na lista do Coaf há outros 20. Mas os Bolsonaro sempre disseram que não iam repetir práticas da “velha política”.
Como eles explicam o envolvimento nessa tão comprometedora encrenca?
E agora José?
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