segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Cidadania lamenta morte de Alberto Goldman

Em nota (veja abaixo), o presidente do Cidadania, Roberto Freire, lamentou a morte do ex-vice governador de São Paulo, Alberto Goldman, aos 81 anos, neste domingo (1/9), na capital paulista.

Ele estava internado no hospital Sírio Libanês desde o dia 19 de agosto, quando passou mal durante um procedimento para tratamento de um câncer.

O ex-governador iniciou sua carreira na política na década de 1950, quando foi um dos líderes do movimento estudantil do PCB (Partido Comunista Brasileiro) que lutou contra a ditadura militar.

“Mais uma grande perda para o Brasil

Faleceu hoje, aos 81 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, o engenheiro e exemplar personalidade política Alberto Goldman.

Sua rica militância política começou, aos 18 anos, quando passou a atuar nas fileiras do Partido Comunista Brasileiro e no movimento estudantil, ao iniciar seu Curso de Engenharia, na Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo, em 1955. Ao concluir seu curso, além de permanecer ligado ao grupo comunista da comunidade judaica do bairro do Bom Retiro, vinculava-se aos Comitês Municipal e Estadual do partido, participando de reuniões e discussões, em uma militância clandestina. Em 1969, após o Ato Institucional nº 5 (AI-5), implantado pela Ditadura Militar, foi procurado em seu escritório por dirigentes comunistas que lhe foram propor candidatar-se a deputado estadual. Elegeu-se em 1970, pelo MDB, sendo o oitavo mais votado em sua legenda, começando ali uma carreira que não teria mais fim.

Em 1974, reelegeu-se deputado estadual, tornando-se líder da bancada do MDB, que tinha então dois terços da Assembleia Legislativa paulista. E, em 1978, elegeu-se deputado federal, sendo reeleito, em 1982, pelo MDB. Em 1986, após a legalização do PCB no ano anterior, tornou-se líder do partido na Câmara dos Deputados e integrante do Comitê Central do partido.

Tornou-se secretário de coordenação de programas do governo de Orestes Quércia (PMDB), em 1987, e, em seguida, deixou o PCB e retornou ao PMDB. Em 1990, voltou a se candidatar e a ser eleito deputado federal. No governo Itamar Franco (1992-1995), tornou-se ministro dos Transportes. Como tucano, elegeu-se deputado ainda em 1998 e 2002. Em 2006, elegeu-se vice-governador na chapa de José Serra (PSDB), assumindo o governo paulista, em 2010, após a renúncia do colega, que se candidatou à presidência da República.

Tendo deixado uma rica trajetória política e administrativa, Goldman constitui-se também uma exemplar e fraterna pessoa, sempre solidário e colaborador com qualquer um que lhe procurasse. À sua companheira Deuzeni, aos seus cinco filhos e quatro netos, nossos votos de muita paz, para que possam enfrentar sua singular ausência.

Brasília, 1º de setembro de 2019

Roberto Freire
Presidente nacional do Cidadania“

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