É
a receita para Bolsonaro, oferecida por um psiquiatra com quem conversei
Em
sua guerra contra o povo brasileiro, Jair Bolsonaro ganha cada vez mais
posições. O Poder Executivo lhe pertence pelo voto, e seu cartel de apoiadores
continua firme, composto de uma multidão de mulheres de malandro —Bolsonaro os
trai diariamente, renegando suas promessas de campanha, e eles gostam.
Em dois anos de administração, não se conhece uma medida positiva de sua parte. Ao contrário, dedica-se a destruir tudo que o Brasil levou séculos para construir na educação, na cultura, no meio ambiente, na diplomacia, nos direitos humanos e na relação entre as pessoas. Sua meta é que se matem pelas ruas, a tiros entre si ou pela polícia, esta, a depender dele, com carta branca para disparar.
No
Legislativo, Bolsonaro usa o dinheiro público para ir às compras e embolsar
políticos. Precisa deles para se proteger contra possíveis ameaças de
impeachment e, num lance decisivo, está a ponto de emplacar um presidente da
Câmara sensível à voz do dono. Com isso serão dois Poderes sob seu controle. E,
no Judiciário, já tem elementos infiltrados na Procuradoria-Geral, na Polícia
Federal, na Agência Brasileira de Inteligência e até no STF, para garantir que
as acusações contra ele e seus filhos morram na praia. Some-se a isso seu
controle do Exército, das polícias militares e de um batalhão de milicianos
digitais para nos perguntarmos por quanto tempo ainda teremos democracia.
Mas
nada se compara à sua campanha para induzir o Brasil a não se vacinar contra a
Covid. É seu preço final contra as derrotas que os fatos lhe impõem e que o
obrigam a desdizer-se. OK, o vírus não é uma gripezinha, não está no finalzinho
e a vacina vem aí. Mas, diz ele, quem quiser tomá-la será por sua conta e risco
—com o que já levou milhões a temê-la.
Bolsonaro é letal no que diz e faz. Consultei um psiquiatra e ele me afirmou que é caso para focinheira, camisa de força e jaula.
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