Folha de S. Paulo
Há gente nas Forças Armadas tentando
roubar a eleição para Jair Bolsonaro
Sou um cidadão brasileiro que vota
na esquerda. Tenho uma pergunta para as Forças
Armadas brasileiras: vocês são um exército que eu compartilho com meus
compatriotas de direita, ou são o braço armado dos meus adversários nas
eleições?
As Forças
Armadas ainda são brasileiras, ou aceitaram o papel de braço armado da
extrema-direita que Jair Bolsonaro lhes ofereceu? São o exército de uma
república democrática ou uma milícia de direita sustentada com dinheiro
público?
Pergunto pelo seguinte: está cada vez mais claro que há gente nas Forças Armadas do Brasil tentando roubar a eleição para Jair Bolsonaro.
É fácil identificá-los. Se
um militar está dando palpite sobre urna eletrônica ou TSE é porque é um
político bolsonarista infiltrado nos quartéis. Como todo político
bolsonarista, quer dar um golpe de estado para roubar dinheiro público e matar
trabalhadores, na bala, na fome ou por falta de vacina.
O ano de 2022, aliás, é especial
para a ala golpista das Forças Armadas. Esse ano o escândalo Proconsult
comemora seu 40º aniversário.
Ninguém nunca viu fraude na urna
eletrônica, mas todo mundo já viu militares brasileiros tentando roubar uma
eleição: foi em 1982, no Rio de Janeiro, quando a ditadura tentou fraudar a
eleição para governador que Leonel Brizola havia ganho. Para fazê-lo, usaram
uma empresa corrupta para contabilizar os votos, a Proconsult. Para comemorar
os 40 anos do escândalo Proconsult, os bolsonaristas agora pedem "apuração
paralela".
Como em 1982, é tudo bandidagem, é
tudo roubalheira.
No dia de hoje, bem mais que a
metade do povo brasileiro pretende votar contra Jair Bolsonaro. Cerca de metade
dos brasileiros pretende votar em Lula. Pouco mais de 10% pretende votar em
Ciro, Tebet, ou nos outros candidatos.
Os militares pretendem roubar a voz
e os votos, o dinheiro e os direitos de mais do que metade dos brasileiros?
Pretendem fazer isso e continuar sendo sustentados pelo imposto de 100% dos
brasileiros?
No caso dos militares que criticam
urna eletrônica e TSE, a resposta é obviamente sim. Eles querem roubar mais da
metade do Brasil.
Em uma república funcional, o
cidadão não pode ter um segundo de dúvida de que as Forças Armadas são
politicamente neutras.
Se o Brasil entrar em guerra, eu
tenho que me apresentar para lutar. Se na trincheira meu oficial me der a ordem
de me jogar sobre uma granada para salvar meus camaradas de armas, eu tenho que
pular para a morte. Se entre a ordem e o salto eu gastar um segundo pensando
"por que ele não mandou um direitista saltar?", a bomba explode e a
trincheira toda morre.
Se membros graduados das Forças
Armadas continuarem seus ataques ao TSE, essa relação de confiança entre mais
da metade do Brasil e os compatriotas a quem confiamos a guarda das armas da
República demorará décadas para ser restaurada, mesmo se o golpe de Bolsonaro
der errado.
Se os ataques ao TSE continuarem, a
farda brasileira será reduzida a uniforme de um partido político especialmente
vagabundo, o bolsonarismo. Para Bolsonaro, a farda é só o uniforme de um tipo
de funcionário público que mela eleição quando a direita perde. Retomando a
pergunta do começo do texto: eu gostaria de saber se ele tem razão.
Militares graduados roubando no Brasil?
ResponderExcluirPazuello roubou a saúde de milhões de brasileiros e a vida de centenas de milhares de civis inocentes que deveriam ser DEFENDIDOS pelo canalha INCOMPETENTE que ocupou o Ministério da Saúde e MILITARIZOU a pasta.
O general Paulo Sérgio rouba o sossego e o sonho dos brasileiros, agindo como miliciano e cúmplice do genocida, tratando de urnas eletrônicas e eleições que não lhe dizem respeito e permitindo todo tipo de descontrole no acesso dos civis a armas letais.
Militares graduados e mal-intencionados são sócios dos pastores safados que infestam este DESgoverno Bolsonaro em vários ministérios!
É o Viagra, estupido!
ResponderExcluirOs militares perderam a compostura de vez,se é que um dia tiveram.
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