Folha de S. Paulo
Tentam acabar com o sentimento de
pertencimento dos que são contra o extremismo
Bebel Gilberto chutou cachorro morto. A
bandeira brasileira é vilipendiada a cada pedido de intervenção militar, a cada
confronto com as nossas instituições, a cada ataque ao sistema eleitoral.
Bolsonaristas usam a imagem do país para torná-lo menor, para fazer dele uma
piada.
A imagem da cantora Bebel pisoteando
a bandeira do Brasil num show recente foi triste. Ato infantil, zero
apelo artístico e pífio como protesto —se era essa a intenção. Não me causou
revolta, apenas tristeza. Constatar que o símbolo maior do país causa asco em
parte dos brasileiros é uma vitória do bolsonarismo que sequestrou a identidade
do país.
A estratégia é uma tendência ao redor do mundo, como mostram especialistas. Nos Estados Unidos, na Finlândia, na Alemanha, não faltam exemplos de como os radicais se apropriam de elementos que representam uma nação para eleger os verdadeiros cidadãos e diferenciá-los dos "inimigos da pátria". Não seria diferente por aqui.
Na prática, tentam acabar com o sentimento
de pertencimento dos brasileiros que são contra o extremismo do governo. E
funciona. Tomamos horror ao verde amarelo, hino nacional virou trilha sonora de
passeata golpista, bandeira na janela sinaliza moradia de bolsominion. Alguém
vai ao 7 de setembro? Só os golpistas.
Não é só a democracia que precisa ser
reestabelecida, não é só Bolsonaro que deve ser vencido nas urnas,
precisamos resgatar
o país, o sentimento de que é a casa de todos. O Brasil não é dos
bolsonaristas e não precisa ser "patriota" para abraçar nossos
símbolos e dar um basta nessa tentativa de ocupação orquestrada pela extrema
direita que insiste em negar nossa vocação multicultural.
Quando tudo isso passar, e vai passar, os
símbolos que ficarão do bolsonarismo serão uma mistura de arminha na mão, da
embalagem da cloroquina, de motociata, de pão com leite condensado. A bandeira,
o hino, as cores hão de recuperar a alegria que sempre tiveram.
O povo está resgatando o orgulho de ser patriota, brasileiro de verde e amarelo , o PT que você parece ser adepta, em todos os seus encontros usava bandeira vermelha do comunismo e quanto a isso eu não vi você mencionar uma linha, a Bebel é uma alienada translocada pelo esquerdismo petista, além do mais ela foi mimada com verbas polpudas no tempo da lei Ruanet, isso tudo você finge desconhecer, mas a gente sabe que está acontecendo, por mais que vocês tentem desclassificar o Bolsonaro nós sabemos que ele é única e última Resistência contra a política totalitária estatizante e porque não dizer corrupta em seu âmago do Lula e a sua quadrilha que caminha junto com ele através do PT, põe a mão na consciência você é uma jornalista
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