Durante os mais de trinta dias passados
desde então, a pauta prevista para a coluna foi superada por inúmeros fatos
políticos, de modo que não há mais sentido em correlacionar, a supostos efeitos
daquela pesquisa, já antiga, andamentos atuais das quatro campanhas, ainda que
a interpretação mais abrangente dos seus resultados - a alta probabilidade de
vitória de Lula no primeiro turno – tenha sido revalidada, há uma semana, por
nova pesquisa daquele mesmo instituto. Vou tratar, na verdade, das candidaturas
de Lula, Ciro e Simone, tendo em conta a reiteração do prognóstico baseado no Datafolha.
Há ressalvas, no entanto. Outros institutos não confirmam o prognóstico e a própria pesquisa recente do Datafolha revela aspectos pontuais que reduzem a distância entre Lula e Bolsonaro, se considerados certos segmentos pesquisados, embora a redução, no geral, seja mínima, dentro da margem de erro. Mantém-se o prognóstico, mas não se está diante de um processo drástico. A probabilidade apontada há um mês segue alta, mas não se mostra uma tendência consolidada. Mesmo assim, a campanha de Lula entrou na antessala da comemoração, parecendo, ao menos em público, não cogitar qualquer outro cenário, senão o da vitória antecipada. Vencer no primeiro turno tornou-se obsessão e tendo em vista esse objetivo máximo, qualquer 1x0, ou até mesmo um WO, tem valor de goleada. Esse estado de ânimo, otimista e plebiscitário, acentuou-se, nas hostes lulistas, diante de seguidos revezes sofridos, tanto pelos movimentos golpistas de Bolsonaro, voltados a chantagear a República, quanto pela estratégia liquidacionista do centrão para obter sua reeleição através do assalto ao erário público, por incontáveis atos de arbitrariedade e ilegalidade, cometidos com crescente ousadia e senso zero de dever público.
Até aqui, posicionamentos firmes do
Judiciário, da imprensa, da sociedade civil e da parte da sociedade política
mobilizada em torno das demais candidaturas vêm conseguindo reduzir o espaço
para investidas golpistas de Bolsonaro contra a credibilidade das instituições
e a normalidade das eleições, redução que pode ser mensurada também por
pesquisas junto aos eleitores, nas quais sua pregação não encontra eco. O
presidente parece chover no molhado quando opta por chantagem e ameaça,
tornando-se lugar comum dizer que ele fala apenas para o seu “cercado”.
Por outro lado, a dura realidade da
economia impõe-se quando, por exemplo, novo aumento de preços de combustíveis
neutraliza previamente virtuais efeitos eleitorais pretendidos por seguidas
alterações no comando da Petrobras e por uma mobilização do governo e do rolo compressor
de Arthur Lira, na Câmara dos Deputados, que emparedou o Senado para interditar
direitos federativos de estados e municípios em relação ao ICMS. A operação bem
sucedida de fazer o Congresso aprovar aquela matéria de cunho autoritário e
demagógico deixou, contudo, a impressão de uma vitória de Pirro. Afinal, ela
rende, ao esquema bolsonarista, a justa fama de comprometer as finanças
públicas e agora também a institucionalidade federativa e a capacidade de
estados realizarem suas políticas sociais, sem que haja proveito eleitoral
prático, que possa compensar pragmaticamente os demagogos pelo custo social dos
atos cometidos. O presidente e a fronda fisiológica que passou a operar com ele
fazem chover também no molhado quando transferem o foco das táticas do golpismo
institucional para a demagogia eleitoral.
Na conta de revezes mais recentes sofridos
pela campanha de Bolsonaro na busca de melhorar sua imagem e reduzir sua
rejeição entra também a grande repercussão, interna e externa, dos assassinatos
do ambientalista Bruno Araújo e do jornalista Dom Phillips, que desnudaram
ainda mais a criminosa desativação das políticas federais de proteção da
Amazônia e de suas populações indígenas e ampliaram suspeitas de leniência e
até de conluio para com atividades ilegais e mesmo criminosas na região. No
mesmo registro negativo entra a prisão do ex-ministro da Educação, com
expectativa de instalação de CPI sobre corrupção naquela pasta, além de um
escândalo de proporções ainda não completamente mensuráveis envolvendo crimes
de assédio sexual e moral cometidos por dirigentes da Caixa Econômica Federal.
Material suficiente para não só confirmar as piores avaliações sobre a atitude
política reacionária e incivilizada do governo como para desmentir sua pauta
supostamente “positiva” de defesa de valores morais e de combate à
corrupção. Na casa do ferreiro-mito
sobram espetos de pau.
Em conjunturas eleitorais normais esse passivo bastaria para que as intenções de voto no atual presidente desabassem, interditando sua reeleição nos termos das regras do jogo democrático. Impedido também de violar e atropelar essas regras, pela vigilância institucional e da opinião pública, Bolsonaro estaria caminhando, inexoravelmente, para se tornar passado, carta fora do baralho e seu desgoverno para ser lembrado apenas como lição exemplar do que não deve acontecer numa república democrática. O país estaria infeliz pela dor da experiência ainda em curso, mas confiante num futuro seguinte às urnas. No horizonte imediato poderia estar, talvez, uma goleada histórica, uma eleição consagradora de um Lula agregador de seus companheiros e eleitores antigos e também conciliado com todos os seus demais adversários, os de outrora, os de anteontem e os de ontem à noite. Um Lula que perdoa, que perde perdão e que é perdoado em nome do futuro aspirado em comum por uma nação plural; um líder disposto não só a defender seu legado como a corrigir erros do passado (seus e do seu partido) para obter uma segunda chance, dessa vez de reconstruir um país destroçado pela tragédia social extrema, pela ruína econômica, pela devastação ambiental e pelo retrocesso civilizatório, cultural e moral, do qual o recibo mais perturbador é a radicalização e rebaixamento da política ao rés do chão. País desorientado, sobrevivente a trancos e tropeços, bem diferente do recebido pelo mesmo Lula em 2003. Contraste que legitimaria as alianças e concederia ao futuro presidente o benefício da paciência. Ampla aliança e programa de governo negociado dentro dela são as condições capazes de permitir uma vitória inquestionável, vacinando as eleições e o novo governo contra os discursos e atos golpistas.
O realismo analítico manda constatar que o protagonista dessa proeza cívica não está em cartaz. O Lula que temos assistido na vida real não é nem sombra pálida da liderança que o país possivelmente aclamaria e elegeria para conduzi-lo à saída mais segura do atoleiro. E, sendo justos, teremos que admitir que ele nunca se propôs a tanto, nem mesmo em 2002, o momento mais virtuoso (no sentido republicano) da sua trajetória. A missão que recebeu ali era de mudança dentro de uma continuidade. Tratava-se de fincar com raízes mais fundas no solo social um patamar democrático já conquistado pela sociedade que emergiu da ditadura e pela lucidez da geração de líderes políticos que o precedeu. Lula cumpriu parcialmente essa missão lá atrás, com resultados ponderáveis. Incluiu muito, como manda a democracia, mas desagregou muito também, na contramão da república, a casa comum que a abriga. Agora, vinte anos depois, trata-se de repelir um Zepelin que paira e dispara sobre nosso edifício comum, já bastante fissurado. O momento pede lideranças de outro tipo, capazes de reconstruir a República para que a democracia possa prosseguir, em terreno benigno, o incessante gerúndio pelo qual ela pode sempre vir a ser algo de novo, sem perder a sua integridade original que a Carta de 88 garante.
O mesmo realismo analítico não pode
subestimar dificuldades que o autodenominado centro democrático enfrenta para
cumprir o papel que a esquerda não quer ou não pode cumprir. A começar pelo
fato de que o centro não possui, neste momento, um quadro, homem ou mulher, que
chegue perto da representatividade eleitoral de Lula. Em segundo lugar porque,
dentro desse campo político, a prioridade até aqui têm sido, claramente, as
eleições para o Congresso, fato que se explica tanto pelo que isso implica em
termos de acesso a um fundo partidário vitaminado pelo fim do financiamento empresarial
de eleições, quanto pela recente reforma eleitoral que introduziu novas regras
de desempenho para a viabilização sistêmica de partidos políticos. Esses dois
fatores afetam todos os partidos, não apenas os do centro, mas há um terceiro
fator - o recente papel proeminente que o Legislativo desempenha na cogestão do
país, via controle do orçamento -
que incide mais fortemente sobre os partidos dos dois distintos “centros” (o
centrão mais fisiológico e mais ideologicamente átono e o centro
liberal-democrático, de que falamos aqui).
Vale abrir parênteses para mostrar que, à
parte a discussão - ademais pertinente - sobre o sentido ético e a substância
política de decisões que se toma no Congresso, o maior protagonismo do
Legislativo é um fato objetivo, para o “bem” e para o “mal”. Fato que se revela desde o segundo governo de
Dilma Rousseff (quando se confrontou com o Executivo e produziu o impeachment,
reverberando e potencializando o discurso e a ação da Lava-Jato) ), segue
no de Michel Temer (quando cooperou com o Executivo, produziu reformas
importantes e defendeu o mandato interino do presidente contra a mesma Lava-Jato)
e também no de Bolsonaro, quando, nos dois primeiros anos ocupou - sem também
questionar a continuidade do mandato do presidente - o vácuo deixado pelo seu
desgoverno, dando governabilidade ao País nos limites constitucionais de suas
prerrogativas, com destaque para o amparo que propiciou, no primeiro ano da
pandemia, a governos estaduais, municipais e cidadãos vulneráveis; e em 2021/2022,
quando exerce o papel inédito de Poder Executivo de fato, no que diz respeito à
gestão do orçamento. Isso transformou o centrão, de um arquipélago atomizado de
parlamentares cooptáveis em que cada ilha vivia da fisiologia própria, num ator
político relativamente coeso, que em vez de alugar seus mandatos ao governo,
aluga para si, de modo inédito, prerrogativas de um governo inoperante.
A ascensão de Arthur Lira (que foi mais
processo endógeno à Câmara do que uma criação de Planalto) marca a tomada daquela
Casa pelo antigamente chamado “baixo clero”. Em contraste com o período de
Rodrigo Maia, nessa nova fase a Carta Constitucional passa da condição de
âncora para a de peteca. Aí está a mais significativa derrota do centro
liberal-democrático nesse difícil quatriênio. Privado do Poder Executivo
durante os tempos do PT, sediava no Congresso a sua força, quando perdeu de vez
também essa trincheira, nesse caso para o Centrão, cansado de coadjuvância. A
crônica desse processo deve registrar também o erro político fatal que foi a
hesitação desse centro democrático no apoio ao governo de transição de Michel
Temer, abandonando-o ao centrão,
e a consequente incapacidade desse centro democrático de se organizar de modo
competitivo para as eleições de 2018. No desastre daquelas eleições estão suas
digitais e não apenas as da esquerda liderada pelo PT. Como o centro não tem um
Lula para pretender contrabalançar nas urnas o poder que emana do Congresso, as
eleições legislativas tornaram-se, a princípio, ainda mais vitais para os
partidos do centro liberal democrático. Quando a direção do MDB ensaia, com a
candidatura de Simone Tebet, uma inflexão nessa conduta, é claro que está
encontrando dificuldades advindas do longo tempo de hibernação nos bastidores
da pequena política, em detrimento de comparecer à arena plebiscitária. Largar
esse cacoete demora.
Parênteses fechado, creio ter explicado a
segunda dificuldade do centro para criar ambiente afortunado na corrida
presidencial. Mas é preciso trazer uma terceira dificuldade que se apresenta
para esse segmento político (se a ele se considerar agregada a candidatura de
Ciro Gomes) assumir algum protagonismo na missão dos democratas de remeter
Bolsonaro ao passado. Refiro-me à dificuldade de diálogo entre uma visão mais liberal
em economia (que prevalece nas primeiras incursões de Simone Tebet nessa seara)
e o “sotaque Unger”, que marca
há tempos o “neo-nacional-desenvolvimentismo” de Ciro. A realidade eleitoral
exigirá flexibilizações de ambos e o compromisso comum com uma pauta social
conectada de modo realista à economia poderá ser um cupido eficaz. O mesmo
cupido que poderá atuar para favorecer um entendimento de ambos com a esquerda,
num eventual segundo turno.
As dificuldades serão comparativamente
maiores (embora não impeditivas) num diálogo futuro com a esquerda, dada a
atual versão passadista da inflexão populista do PT, que já dura quase década e
meia, desde que o pragmatismo econômico de Palocci perdeu-se na crise econômica
mundial de 2008. Entre Simone e Ciro uma maior convergência de discurso sobre
economia pode se impor no caso de cogitarem uma fusão dos seus projetos
eleitorais ainda no primeiro turno. Essa hipótese não é admitida apenas pela lógica
eleitoral de criar e fortalecer um terceiro polo de competição, mas é também sinalizada
pela presença de Tasso Jereissati na chapa de Simone e pelas disposições
mutuamente simpáticas entre os dois pré-candidatos, que ficaram explícitas, por
exemplo, durante suas passagens pela festa popular do último Dois de Julho em
Salvador.
Aqui
vale parênteses também (este menor) para dizer como a festa baiana deixou simbolicamente
patentes características das quatro candidaturas. As duas principais
procuraram, de modos diferentes, acoplar suas marcas à data cívica. A de
Bolsonaro com uma motociata na contramão da festa, pretendendo, meio em vão, concorrer
com ela à distância; a de Lula, entrando em contato e associando-se às
celebrações, mas procurando, com relativo êxito, fazê-las desaguar em ato politicamente situado no estádio da Fonte Nova,
periferia bem mais próxima da festa do que a orla escolhida por Bolsonaro.
Descentramento extremo, no caso do capitão-piloto; descentramento moderado, no
do experimentado condutor de massas. Um contraste, porém, menor do que o que se
deu com os dois candidatos menos lembrados por eleitores pesquisados. Ciro e
Simone foram penetrados pela festa, indo até onde suas pernas podem chegar,
isto é, ficaram literalmente ao pé da cabocla e do caboclo. Mas, longe de chorarem,
mergulharam animados em corpo-a-corpo à antiga, tradição política do Dois de
Julho, afinal.
Se aceitamos como premissa que as forças
democráticas têm como objetivo derrotar Bolsonaro nas urnas e frustrar também
seus intentos golpistas, para que essa vitória eleitoral signifique ganhar,
levar e governar, então o dilema dessas forças não é pequeno, por três razões. Primeiro,
a eleição presidencial é plebiscitária; segundo, Lula é hoje a liderança capaz
de vencer Bolsonaro em tal eleição (Ciro ou Tebet também o seriam, mas o tempo
do verbo expressa a distância entre uma quase certeza e uma quase loteria, já que
não existe hoje a hipótese de Lula ficar fora do segundo turno); terceiro, uma
inédita vitória de Lula no primeiro turno é incerta e, se ocorrer, dificilmente
se dará por larga margem.
Dito isso, o dilema é sobre o melhor
caminho para alcançar o objetivo de remeter Bolsonaro ao passado, barrando nas
urnas tanto a reeleição quanto sua continuidade via golpe. São visíveis, nas táticas
eleitorais em curso, dois caminhos: apostar em larga vitória de Lula já no
primeiro turno – relativizando o terceiro dado da realidade – ou considerar os
três dados (eleição plebiscitária, dianteira de Lula e uma disputa acirrada entre
ele e Bolsonaro) e investir no crescimento de candidaturas alternativas de
centro para garantir um segundo turno em que possa se dar, afinal, a goleada
improvável de ocorrer no primeiro turno. Por óbvio, Lula e a esquerda escolheram
o primeiro caminho. Ciro, Tebet e partidos que se colocam como centro
democrático distinto da esquerda e do centrão bolsonarista trilham o segundo.
Anda não se pode saber qual deles
prevalecerá. Mas é importante que ambos os campos democráticos (o da esquerda e
o do centro) tratem essas diferenças como elas são, ou seja, como diferenças
táticas que não podem ser conduzidas de modos drásticos, que comprometam uma
possível estratégia comum de enfrentar Bolsonaro no segundo turno, se houver. Trocando em miúdos: Ciro Gomes e Simone Tebet precisarão
encarar a volta de Lula
ao governo como uma hipótese legítima e até provável, que não necessariamente
será nefasta e dependerá da política que ele pratique; e Lula precisará acatar a realidade e a legitimidade das demais
candidaturas anti-bolsonaristassem endossar uma campanha de voto útil que
pretenda remover essas candidaturas com argumentos espúrios como o de que
estariam “fazendo o jogo” de Bolsonaro. Lula tem legitimidade para pretender nas
urnas o lugar de presidente. Mas não mostra poder obtê-lo hoje por amplo
consenso, ao menos no primeiro turno. Diante do inimigo comum, as forças
democráticas poderão construir esse consenso num segundo turno e, aí sim, vir a vitória por ampla maioria, necessária
para exorcizar o golpe contra as eleições e o futuro governo.
Lula poderá vencer sem isso? Tudo indica
que sim, mas se sua maioria for estreita, o país seguirá dividido e a república
ameaçada. Nas atuais circunstâncias - pelas quais as duas principais preferências políticas conforme pesquisas
possuem um grau extremo de intensidade, sendo que uma delas já deixou claro que
não aceitará a derrota - uma vitória relativamente apertada não pode ter o
mesmo resultado político de uma vitória por ampla margem. Num caso, Bolsonaro
teria que ser muito pressionado pelas instituições a entregar o poder,
sendo realista contar que resistirá insistindo no argumento de uma suposta “fraude”
que teria lhe subtraído a chance de ir a um segundo turno. Não cabe ilusões a
respeito. Ele resistirá em qualquer situação, como é próprio de sua mentalidade
despótica. Mas em condições de eleição
renhida, com resultado apertado, ele poderá apoiar sua narrativa numa minoria,
além de politicamente ativa, numericamente significativa. No outro caso, de
ampla aliança e inquestionável vitória no segundo turno – que vejo como o
melhor cenário, pelo qual democratas deveriam trabalhar - seu discurso golpista
careceria de respaldo social para produzir o caos e a confrontação subversiva,
condições para o discurso poder virar ato.
Ainda há tempo para que esse cenário se concretize.
De outro lado, na contramão das aspirações,
estende-se sobre o conjunto do sistema político a suspeita de leniência ou,
pior, a de que está corrompido - em parte ativa, em parte passivamente - pela
ofensiva desesperada do esquema governista para reverter a tendência eleitoral
fixada nas pesquisas. Nessa direção vai a gravíssima capitulação do Senado, ao
votar, no último dia 30.06, sob rito sumário, uma PEC quatro vezes aviltante da
República: esfarela a Constituição (na substância do seu mérito e nos
procedimentos para emendá-la), aumenta a ruína, já imensa, das finanças
públicas, desrespeita os milhões de brasileiros que penam na miséria, ao
reduzir a política à mais enganosa e odiosa demagogia e entrega ao aventureiro
extremista que ocupa o palácio de governo o instrumento do estado de emergência
que, sob seu manejo, poderá submeter as eleições e o país a consequências
imprevisíveis. As futuras edições desta coluna deverão ser escritas sob o
impacto dessa decisão, que nada teve de trivial e representa um fato novo – por
sua abrangência e ousadia - na marcha do golpe que nos ameaça.
*Cientista político e professor da UFBa
Que artigo longo,ufa!
ResponderExcluirSina dolorosa a volta
ResponderExcluirDo Lula ; mas melhor do que está, confio no Alkimin