Folha de S. Paulo
Com antibolsonarismo, só dois grupos dão
vantagem ao presidente em embate direto com petista
A principal missão da campanha de Jair
Bolsonaro agora é ganhar tempo. A aposta final do presidente é empurrar a
corrida para o segundo turno e conseguir mais quatro semanas
para um enfrentamento com Lula. Nesse período, a turma da reeleição espera ver
os efeitos de mais uma parcela do Auxílio
Brasil e fazer uma ofensiva pesada para tentar aumentar a
rejeição ao petista.
Hoje, Bolsonaro corre o risco de perder a disputa no primeiro turno porque, para boa parte do eleitorado, a corrida se consolidou como um plebiscito sobre sua gestão. Uma quantidade razoável de brasileiros vai às urnas no dia 2 de outubro para evitar que ele continue no poder.
Aliados do presidente querem levar a
decisão final para o dia 30 porque acreditam ser possível mudar o foco da
eleição para Lula. A ideia para o segundo turno é convencer gente suficiente a
barrar a volta do PT, repetindo a onda da última eleição.
Não são poucos os indícios de que essa é
uma aposta duvidosa num país que tomou alguma distância de 2018. Pesquisas para
o segundo turno sugerem que o antipetismo ainda não foi suficiente para
amenizar a impopularidade de Bolsonaro.
O presidente só vence Lula no segundo
turno em dois grupos relevantes, segundo o Datafolha. Bolsonaro
supera o petista por 51% a 39% entre brasileiros com renda superior a cinco
salários mínimos, que representam cerca de um décimo do eleitorado. Além disso,
ele tem vantagem no segmento evangélico: 52% a 43%.
O impulso que Bolsonaro consegue do
primeiro para o segundo turno está longe de ser suficiente. O presidente passa
de 29% para 35% na hora do embate direto com Lula, enquanto o petista vai de
47% para 55%.
Nessa hora, é Lula quem
se beneficia de um antibolsonarismo. Entre o primeiro e o segundo
turno, o petista ganha 13 pontos entre eleitores que reprovam o governo
Bolsonaro.
O presidente corre o risco de ver esses
eleitores anteciparem o voto no petista. Se acharem que Bolsonaro representa um
perigo, eles podem terminar o jogo já no primeiro turno.
É incrível como vocês desconsideram o perigo que o Brasil corre voltando pra mão desses corruptos, dessa quadrilha que virou o PT, como disse o ex ministro Celso de Mello, criou uma Claptocracia governo dos ladrões
ResponderExcluirVocês vão tomar um susto quando as eleições, com as urnas não fraudadas vão indicar a verdadeira popularidade do Bolsonaro , esse sim arrisca ganhar no primeiro turno, quero só ver a cara de vocês por isso que já fala em cancelar a candidatura do presidente, já estão desesperados com medo da realidade
Lula-lá brilha uma estrela... Lula não é nenhum salvador da pátria,mas é infinitamente superior ao Bolsonaro.
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