quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Bruno Boghossian - A métrica da rejeição

Folha de S. Paulo

Aposta no antipetismo e dificuldade de melhorar imagem ficam no centro da campanha do presidente

A aposta de Jair Bolsonaro na reativação do antipetismo deve fazer com que os índices de rejeição se tornem uma métrica importante das próximas semanas. Com dificuldade para melhorar a avaliação do governo e ampliar seus números nas intenções de voto, o presidente passou a dedicar cada vez mais energia à tentativa de vincular fatos negativos à imagem de Lula.

Bolsonaro fez a investida mais intensa dessa natureza no debate do último domingo (28), quando martelou acusações de corrupção e fez comparações entre Lula e regimes de esquerda na América Latina. As provocações não devem render votos imediatamente e podem até aumentar a antipatia de alguns eleitores, mas também desgastam o rival.

Os movimentos de Bolsonaro têm dois objetivos. O primeiro é criar uma sensação de desconfiança em relação a uma possível vitória de Lula no primeiro turno e evitar uma onda de adesão ao petista às vésperas da votação. Além disso, ele espera que uma repulsa ao ex-presidente possa favorecê-lo na hora de um embate direto no segundo turno.

O presidente aprendeu em 2018 que não precisa apresentar um programa coerente ou oferecer ganhos concretos ao eleitor se puder despertar um sentimento de repulsa em relação a seus principais adversários. Além de repetir a tática da última campanha, ele espera recuperar os mesmos eleitores que votaram nele para derrotar o PT na ocasião.

Beneficiado pela condição de antípoda do atual presidente, Lula vem mantendo índices de rejeição considerados baixos para um candidato com tanta exposição. A última pesquisa do Ipec, no entanto, detectou um aumento no percentual de eleitores que dizem não votar nele de jeito nenhum. Em duas semanas, essa taxa passou de 33% para 36%.

É pouco para ajudar Bolsonaro, que tem contra si o próprio índice de rejeição nas alturas. A campanha do presidente vem enfrentando problemas para reduzir esses números em grupos-chave. Entre as mulheres, 50% ainda se recusam a votar nele.

 

7 comentários:

  1. Isso tudo é narrativa o Instituto Paraná pesquisas mostra outros números , inclusive o empate técnico com Lula com 41% dos votos e Bolsonaro 37.7%, dentro da margem de erro
    Por onde Bolsonaro passa , em qualquer canto do Brasil, arrasta multidões que o aplaudem e festejam a sua presença, enquanto Lula tem que andar escondido e só fala pro seu público cativo, quando tenta parecer sem controle é vaiado xingado e hostilizado como ladrão da nação brasileira
    O traidor da Pátria
    O presidente vai ser reeleito pelo povo e não pelas pesquisas

    ResponderExcluir
  2. É verdade pelo Instituto Datafolha o Lula já está eleito no primeiro turno já tomou posse e está roubando normalmente rsrs

    ResponderExcluir
  3. É bom lembrar que o Instituto IPEC de pesquisa antes era o Ibope
    O Ibope nas eleições de 2020 cometeu tantos erros grosseiros para candidato a prefeito que teve que fechar dar um tempo e agora ressurge na cara de pau com esse novo nome IPEC
    Mas continua o mesmo Instituto tendencioso a favor das candidaturas de esquerda

    ResponderExcluir
  4. O anônimo acima me fez lembrar que realmente pelo Ibope a Manuela d’Ávila já é prefeita em Porto Alegre há dois anos
    Realmente desapareceu, saiu de fininho, sem fazer autocrítica e pedir desculpa ao público

    ResponderExcluir
  5. Como se esse Bolsonaro e sua clã não roubasse. Pergunta o Guedes que ele conta , ou , estão achando que é natural no Bolsonaro ainda querê-lo depois de seu fracassado plano de tirar o país da lona?

    ResponderExcluir
  6. Quem além da família Bolsonaro compra dezenas de imóveis com dinheiro vivo?
    Mais detalhes em:
    bolsonaro.com.br

    ResponderExcluir
  7. Roubar é o menor defeito da família Bolsonaro.Família que rouba unida permanece unida,os outros defeitos que todos eles tem são muito piores.

    ResponderExcluir