Folha de S. Paulo
Sim, a floresta é nossa, mas temos que
fazer por merecê-la
Esta é a primeira campanha presidencial em
que o meio ambiente e a Amazônia passaram a ocupar o devido lugar em
entrevistas e discursos
de candidatos. Já não era sem tempo. A maior floresta tropical do planeta é
um dos elementos mais importantes da estabilidade climática mundial.
Outros países dirigem seu olhar para o
Brasil, à espera do que faremos enquanto continua o lúgubre espetáculo de
árvores queimadas, rios poluídos, povos contaminados e o território retalhado
pelo crime ambiental. Sim, a Amazônia é nossa, mas temos que fazer por
merecê-la.
Para orientar nossa escolha como sociedade, é de imenso valor a contribuição de 27 cientistas e pesquisadores de universidades e instituições públicas locais, entre elas o Museu Emílio Goeldi, o Instituto Evandro Chagas, o Museu da Amazônia e a Embrapa, na carta "Ciência na Amazônia Democrática e Inclusiva", dirigida ao candidato Lula (PT).
Os estudiosos alinham uma série de
propostas a partir do conhecimento científico produzido há décadas na região,
destacando a relevância dos saberes tradicionais de um território onde vivem 28
milhões de pessoas em áreas urbanas e rurais, mais de 200 etnias indígenas,
cerca de mil comunidades quilombolas e diversos grupos sociais, todos
essenciais para a proteção do bioma.
Nenhum projeto será bem-sucedido sem levar
em conta a compreensão e o discernimento de quem vive, estuda e trabalha na
região, ameaçada de devastação por modelos de desenvolvimento que pouco diferem
da exploração colonial predatória. As soluções também precisam contemplar
complexas regiões metropolitanas que acumulam deficiências históricas, como a
menor cobertura de saneamento básico do país e os piores indicadores de
desempenho escolar.
Nas sabatinas do Jornal Nacional, Bolsonaro
mentiu ao dizer que ribeirinhos tocam fogo na floresta. Lula já
entendeu que é possível produzir e proteger a biodiversidade, com a floresta em
pé. Qual a Amazônia que queremos?
Bolsonaro mente sobre tudo, e inclusive sobre a Amazônia, onde protege os mineradores ilegais e grileiros de terras públicas e indígenas, incentiva ataques e invasões às terras indígenas, dificulta a fiscalização pelo Ibama e ICMBio, nomeou ministro um criminoso ambiental já condenado (o canalha Ricardo Salles, acusado pelos EUA de contrabando de madeiras), entre outras tantas barbaridades, como sugerir que Bruno e Don (indigenista e jornalista, respectivamente) tivessem sido responsáveis pelas próprias mortes ao viajarem por terras perigosas! A incompetência e as mentiras do capitão das rachadinhas são infindáveis!
ResponderExcluirBolsonaro mente compulsivamente.
ResponderExcluir