O Estado de S. Paulo
Bolsonaro, Braga Netto e Tarcísio puxam o coro e Moraes pode ter dado tiro no pé
Cruzando a entrevista do presidente Jair
Bolsonaro ao Jornal Nacional da TV Globo, a do seu candidato ao governo de São
Paulo, Tarcísio de Freitas, ao Estadão-FAAP, e as palestras do vice na sua
chapa, general Walter Braga Netto, tem-se que a campanha está muito azeitada,
unificou a estratégia e o discurso. Os candidatos “pendurados” na reeleição de
Bolsonaro defendem o “legado” e falam a mesma língua no País todo.
Ele se recusou a fazer media training (simulação prévia de entrevista) para o Jornal Nacional, alegando que isso é “frescura”, e avisou que seria “do jeito que é, simples, autêntico, falando com o povo”, como disse um assessor próximo. Recebeu, porém, uma série de informações, dados e números detalhados sobre os quase quatro anos de governo. Os mesmos que Tarcísio e Braga Netto replicam.
A diferença é que Bolsonaro é um indisciplinado, não gosta de ler o que a assessoria prepara, não decora os números essenciais, só fala o que lhe vem à cabeça – e fala uma besteira atrás da outra, ou, como detectou o Estadão, uma mentira a cada três minutos. Não leva nada a sério, convicto de que o mundo que tem na cabeça é o real e que os militantes das redes sociais são o “povo brasileiro”.
Já Tarcísio é um cartesiano que foi militar
por 17 anos, 1.º lugar de Engenharia Civil no Instituto Militar de Engenharia
(IME) e despeja uma profusão de dados por minuto, até para driblar o fato de
que nunca morou em São Paulo. E Braga Netto, general de quatro estrelas, tem
pós-graduação na FGV e faz o dever de casa. Por isso está escalado para
cumprir, na campanha de Bolsonaro, a agenda de Geraldo Alckmin na de Lula: o
cara a cara com empresários, banqueiros e o agronegócio.
Tarcísio ignorou o nome de Jair Bolsonaro
na sabatina Estadão-FAAP, mas defendeu com unhas e dentes o governo, assim como
Braga Netto, na mesma hora, para dezenas de empresários de vários setores em
São Paulo na quarta-feira. Ele segue em palestras em Goiás e Mato Grosso, até
fechar a semana com Bolsonaro na Bahia.
O trio unificou o discurso também sobre
aborto, vacinas, polícias, democracia e... as operações contra empresários que
defendem a ditadura. O trio, a PGR e os militares alardeiam que foi um
“precedente perigoso”, do STF, enquanto os militantes “lembram” as alianças do
PT com as ditaduras de Cuba, Venezuela e Nicarágua. A ordem unida funciona. E
Alexandre Moraes pode ter dado um tiro no pé.
TEBET. Líder de direita e da dissidência do regime militar pró-Diretas-Já e eleição indireta de Tancredo Neves, o ex-senador Jorge Bornhausen decidiu: “Vou votar em Simone Tebet”.
Antes Simone que Bozo,claro,mil vezes.
ResponderExcluirSimone é educada, o boçal é um grosseirão mentiroso.
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