Folha de S. Paulo
Envolvimento com Bolsonaro tira credibilidade
das Forças Armadas
O Estado e suas instituições fazem parte
daquilo que o historiador israelense Yuval Harari chama
de realidades imaginárias, que são coisas que só existem em nossas cabeças, mas
que, como todos creem nelas, acabam se tornando reais. Entram nessa categoria
itens como dinheiro, pessoas jurídicas, religiões e a própria ideia de nação.
Entra também o respeito a instituições.
Se ninguém acreditar que a polícia está aí para solucionar crimes e ajudar o cidadão, ela terá bem mais dificuldades para desempenhar essas tarefas, da mesma forma que o dinheiro perderia todo seu valor se as pessoas achassem que cédulas não passam de papel colorido. Os generais brasileiros têm, portanto, motivos para preocupar-se com a pesquisa Ipsos que mostra que a credibilidade das Forças Armadas caiu em relação a 2021 e é a quarta ou quinta mais baixa entre 28 países analisados.
Pela sondagem, só 30% dos brasileiros
confiam nos militares. São 11 pontos percentuais a menos que a média global.
Ficaram pior na foto só os efetivos da Colômbia (29%), África do Sul (28%) e
Coreia do Sul (25%). Empatamos com os poloneses. Em relação ao ano passado, a
queda foi de cinco pontos percentuais. Levantamento periódico do Datafolha, que
segue outra metodologia, também capturou queda na confiança entre 2019 e 2021.
Embora as pesquisas não explorem as causas
do fenômeno, não é preciso ser um Sherlock Holmes para concluir que a
proximidade entre os militares e o governo de Jair Bolsonaro, que é mal
avaliado, tem algo a ver com isso. Os vários pequenos escândalos de compras
duvidosas (uísque, picanha, Viagra
e próteses penianas)
decerto também não ajudam.
O ponto central é que, se há instituições
como Presidência, Congresso, STF e imprensa, que não podem se furtar aos
desgastes da política, as Forças Armadas têm o dever de ficar tão longe dela
quanto possível. É isso que os generais não estão vendo.
Eles demonstraram que também tem preço e se vendem descaradamente por uns poucos de Viagras
ResponderExcluirE o que você acha da credibilidade de jornalistas que se envolvem na candidatura do Lula, criminoso condenado por nove juízes em três instâncias por corrupção e lavagem de dinheiro, e por uma manobra administrativa foi tirado da cadeia limpo a ficha e hoje é candidato, dando uma de bom moço como se o seu partido não tivesse feito estrago recente no país que ainda estamos recuperando até hoje isso sim acho que perde credibilidade essa aproximação dos jornalistas na sua grande maioria com a campanha do PT
ResponderExcluirPior do que está não. Fica. Tem o Dr. Geraldo para aliviar
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