Valor Econômico
Migração das preferências está mais difícil
A estabilidade da disputa eleitoral, a
despeito das sabatinas dos candidatos à Presidência da República no “Jornal
Nacional” e do início do horário eleitoral gratuito, decorre de dois
indicadores muito claros da última pesquisa Ipec: o alto grau de definição da
escolha e do voto espontâneo dos eleitores. Ambos os indicadores, na percepção
da diretora do Ipec, Márcia Cavallari, estão em patamares extraordinariamente
altos para esta fase da campanha.
A pesquisa nem mesmo desmontou a
possibilidade de segundo turno. Nos votos válidos, Lula tem 50% e Bolsonaro,
37%, o que deixa o presidente estacionado e o ex-presidente com dois pontos
percentuais a menos, perdidos para Ciro e Simone.
Para a rodada divulgada nesta segunda-feira, o Ipec colocou seus entrevistadores em campo entre a sexta-feira, 26 (estreia do horário eleitoral e último dia das sabatinas no “JN”), e o domingo, 28. No questionário estimulado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva permanece com os mesmos 44% dos votos e o presidente Jair Bolsonaro, também estacionado nos 32%. O resultado reproduziu aquele de 15 de agosto, data da rodada anterior.
É a pequena diferença entre os resultados
colhidos por esta pergunta estimulada, obtida quando o entrevistado é
apresentado aos candidatos, e aqueles decorrentes da pergunta aberta, sem os
nomes de quem disputa, que caracteriza esta campanha. Nesta rodada do Ipec,
este voto, chamado de “espontâneo”, colheu 40% para Lula e 31% para Bolsonaro,
ou seja, uma diferença dentro da margem de erro em relação à pesquisa
estimulada.
Em 2018, por exemplo, a rodada do Datafolha
de 22 de agosto, colheu 15% para Bolsonaro e 20% para Lula no voto espontâneo.
A do Ibope, de 20 de agosto, marcou 15% para Bolsonaro e 28% para Lula. E um
total de 27% dos entrevistados não sabia em quem iria votar. Naquela data, a
candidatura de Lula ainda não havia sido barrada, mas o Ibope testou o nome de
Fernando Haddad e colheu que, votariam com certeza ou poderiam votar no
petista, 27% dos eleitores.
Não parece haver dúvida de que o eleitor já
sabe o que vai fazer em 2 de outubro. Nesta rodada do Ipec, 84% dos eleitores
de Bolsonaro aparecem como decididos em relação a seu voto e 83% daqueles de
Lula fazem o mesmo. Apenas 21% admitem mudar o voto. E, neste universo, os
eleitores de Ciro são os mais volúveis. Mais da metade (52%) diz que pode
escolher outro candidato.
Bolsonaro melhorou em quatro dos 10 indicadores e Lula piorou em três, mas todas essas flutuações aconteceram dentro da margem de erro. Por mais elaboradas que sejam as estratégias de campanha dos candidatos, está mais difícil fazer o eleitor mudar sua rota.
Na última pesquisa do Instituto Paraná deu Lula 41% Bolsonaro 37,7% empate técnico na margem de erro
ResponderExcluirPelo andar da carruagem quem tem possibilidade de ganhar no primeiro turno é Bolsonaro que está subindo sem parar e Lula caindo
ResponderExcluirÚltima pesquisa IPEC: Lula 44 x Bolsonaro 32. Ampla vantagem de Lula, repetindo as outras pesquisas sérias desde o início do mês. Para desespero e destempero de Bolsonaro e dos seus cúmplices.
ResponderExcluirNão vejo a hora que passa tudo isso.
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