O Globo
Nunca antes um presidente chegou tão mal
avaliado e com rejeição tão monolítica nos pouco mais de 30 dias anteriores à
eleição
No linguajar armamentista tão caro ao
presidente, Jair Bolsonaro termina o mês de agosto sem muita bala no pente para
reverter uma rejeição que permaneceu inalterada mesmo diante dos programas
sociais turbinados já atropelando a lei eleitoral e que se firma como fator
decisivo da eleição deste ano.
A ajuda inédita dada pelo Congresso às
pretensões eleitorais de Bolsonaro se mostrou relevante para melhorar um pouco
a avaliação do governo e as intenções de voto do candidato do PL. Mas esse
movimento, em escala bem menor que a esperada pelo presidente e por seu
entorno, foi mais intenso em julho que neste mês que se encerra hoje,
justamente quando o dinheiro começou a pingar na conta dos beneficiários do
Auxílio Brasil, do vale-gás majorado e dos outros chamarizes de votos.
Diante dessa situação, e das apostas até
aqui ainda não concretizadas de reposicionamento de imagem de Bolsonaro, resta
à campanha apostar todas as fichas na associação de Lula com a corrupção e com
governos de esquerda a ser demonizados nos países do continente.
O dramático, para ele, é que esses são temas que não dizem absolutamente nada aos eleitores mais pobres, seja do Nordeste ou das grandes cidades do Sudeste, dois focos de atenção da campanha, que deram de ombros para o aumento dos auxílios, continuam sentindo no bolso a inflação de alimentos e não se mostram “gratos” a Bolsonaro, como seus ministros parecem esperar de modo quase infantil nas redes sociais, pelos R$ 600 ou pela redução no preço dos combustíveis.
É provável que esses benefícios ainda deem
algum gás a Bolsonaro no setembro derradeiro antes da eleição, mas o início da
campanha mostrou que os fatos da política continuam fazendo o presidente
incorrer em seu discurso de sempre, que o mantém amarrado a uma rejeição
proibitiva.
Uma das tarefas de agosto era atrair o
eleitorado feminino. Os estrategistas decidiram que um caminho para isso era
colocar Michelle Bolsonaro para falar com a eleitora evangélica. Surtiu efeito
no conjunto dos evangélicos, mostram as pesquisas, mas sobretudo pelas fake
news associando Lula a um fantasioso fechamento de templos.
O voto feminino, cobiçado por representar
mais de 50% do total de eleitores aptos a votar, continua refratário a um
presidente e candidato capaz de se descontrolar num debate em rede nacional e
de ofender jornalistas e candidatas mulheres.
Da mesma forma, a ideia de um Bolsonaro
moderado, disposto a não mais questionar as urnas eletrônicas, se esvaiu na
mesma proporção em que a sociedade civil e as instituições ocuparam o mês de
agosto para deixar claro que ensaios de golpe não serão tolerados.
Bolsonaro agora está diante do dilema entre
desistir das conturbações que pretende fazer no 7 de Setembro, sob pena de
entornar o caldo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e de perder ainda mais
apoios, e partir para o tudo ou nada, opção que condiz mais com sua
característica de ignorar conselhos e agir sempre de acordo com sua lógica
particular e tortuosa.
No pós-debate, as milícias bolsonaristas
deram a ordem unida de reforçar os ataques às mulheres nas redes sociais.
Incompreensível diante da evidente necessidade de ele crescer agora para
garantir o segundo turno e se mostrar capaz de uma virada nas quatro semanas
que separam os dois encontros dos eleitores com as famosas urnas eletrônicas.
Depois de um mês praticamente perdido, a
despeito dos milhões gastos, e das reiteradas vezes em que Bolsonaro se mostrou
impermeável a esquemas táticos, setembro começa sob o signo da incógnita.
Nunca antes um presidente chegou tão mal
avaliado e com uma rejeição tão monolítica nos 30 dias anteriores à eleição. As
balas na agulha já foram usadas, e agora restam poucos cartuchos, sem sinal da
bala de prata.
Vera você acorda pensando o que você pode escrever para prejudicar o presidente, realmente ele tem razão , você tem essa fixação , eu só não sei porque , mais está pegando mal para uma jornalista Você em nenhum momento critica o Lula, esse bandido que assaltou o Brasil , roubou todas as estatais e seus fundos de pensão foi condenado a mais de 20 anos de cadeia, preso e tirado da cadeia numa manobra do ST F e você não fala nada , fica nessa conversa fiada Bolsonaro , Bolsonaro Bolsonaro!
ResponderExcluirPode já ir se acostumando presidente reeleito
Queria elogiar a jornalista Vera Guimarães pela sua matéria em que denuncia o Lula por fazer campanha eleitoral em cima do caixão da esposa
ResponderExcluirCompartilho com a sua indignação, ele passou de todos os limites da política e da ética
Isto também serviu para desestimular qualquer golpe. Esse estrupício não vale a pena o sofrimento que causa no já sofrido povo brasileiro. Ele é seu ministro Bola mucha que se retirem para os quintos dos infernos que nunca deveriam ter saido . Paulo Guedes e Bolsonaro só causaram tragedias e sofrimentos.
ResponderExcluirNunca de pérolas para os porcos.
ResponderExcluirÉ interessante o PT depois de 16 anos de governo, que foi terminado com o impeachment da Dilma, deixou o país com uma recessão brutal , a maior da história , e 11 milhões de desempregados, um verdadeiro desastre econômico e social
ResponderExcluirPaulo Guedes e Bolsonaro ao contrário superaram a crise da pandemia e da guerra da Ucrânia , a economia cresce, a inflação cai, o desemprego cai , as exportações batendo recordes, as estatais que davam prejuízo bilionário , deu lucro 128 bilhões , a gasolina , a eletricidade, o gás de cozinha e as comunicações tiveram quedas expressivas, o governo federal está zerando a maioria dos impostos dos itens essenciaise você fica ficam dizendo que ele é ruim?
Vocês não falam sério!
Pode já ir se acostumando o presidente reeleito
Mais uma brilhante coluna da corajosa jornalista. Agredida pelo canalha Bolsonaro, Vera não se intimidou com o Tchutchuca do Centrão. Mais informações sobre o genocida encontram-se neste excelente endereço:
ResponderExcluirbolsonaro.com.br
Há verdadeiras pérolas ali.
Ninguém consegue conciliar o sono pensando em Bolsonaro.
ResponderExcluirBolsonaro é o pesadelo da maior parte da população brasileira!
ResponderExcluirPesadelo mesmo é pensar na volta de Lula , o PT e sua quadrilha de volta roubando nosso país
ResponderExcluirO anônimo acima prefere Bolsonaro e o Centrão roubando, e Bolsonaro mentindo, matando e ameaçando a democracia. A quadrilha de Bolsonaro não o incomoda...
ResponderExcluirHá quem goste da lama e das trevas...Viva Vera!!!
ResponderExcluirQuadro eleitoral atual:
ResponderExcluirAlternativa 1) Misógino, racista, corrupto e preconceituoso;
Alternativa 2) Retorno da quadrilha do PT;
Alternativa 3) Nenhuma das duas acima. Mudança já!