sábado, 10 de setembro de 2022

Alvaro Costa e Silva - Desfile de cafajestes do Brasil

Folha de S. Paulo

Bolsonaro, o 'imbrochável', lidera com ampla margem de votos

A maratona no Sete de Setembro não terminou bem para Bolsonaro. Depois de sapecar um beijo de língua na primeira-dama e puxar o coro de "imbrochável" no palanque de Brasília e de ser apresentado no trio elétrico de Copacabana como "homem escolhido por Deus, incorruptível e incomível", ele resolveu encerrar a jornada de campanha eleitoral indo ao Maracanã para assistir ao jogo do Flamengo pela Libertadores. Deve estar arrependido e estomagado até agora.

Ao entrar no estádio, o candidato —que já vestiu a camisa de todos os grandes clubes brasileiros, menos a do São Paulo— foi saudado nos camarotes e tribunas com gritos de "mito"; também ouviu vaias, mas tímidas. Nas arquibancadas lotadas, no entanto, a rejeição foi apoteoticamente sonora e mais feroz do que a verificada nas pesquisas: "Ei, Bolsonaro, vai tomar caju!".

Planejada nos mínimos detalhes, a ponto de o presidente ao longo do dia não fazer nenhuma menção ao bicentenário da Independência (e muito menos ao coração conservado em formol de dom Pedro 1º), a data cívica virou um show de propaganda política, financiado pelos cofres públicos, com apoio das Forças Armadas, encenado nas barbas do TSE e exibido ao vivo nos canais de notícias. Mais um crime do bando que no poder se acostumou a fazer o que bem entende sem ser incomodado.

O empresário Luciano Hang, por exemplo, deu um chega-pra-lá no presidente de Portugal e, de terno verde, gravata amarela e careca reluzente, roubou a cena ao se posicionar do lado de Bolsonaro na área destinada às autoridades. A postura de Marcelo Rebelo de Sousa, elegante e sereno diante da chanchada patriótica, revelou a distância maior que um oceano que hoje separa os dois países.

Fora da bolha golpista, Bolsonaro pode ter conquistado alguns votinhos. Mas é em outra eleição, a de presidente mais cafajeste da história do Brasil, que ele continua imbrochável e incomível.

6 comentários:


  1. O mar de gente nas ruas no sete de Setembro festejando a liberdade em apoio ao Bolsonaro, já dá uma mostra do que veremos nas eleições que se aproxima
    Preparem seus corações Presidente reeleito!

    ResponderExcluir
  2. Desfile dos cafajestes - isto é a única coisa que Bolsonaro tem condição de liderar folgadamente! Também pode ser o primeiro da fila dos presidiários pra entrar ou sair do corredor de suas celas...

    ResponderExcluir
  3. O Veio da Havan é a segunda maior autoridade deste DESgoverno Bolsonaro. Tão palhaço quanto o presidente, divide o picadeiro com ele. Não há qualquer decência neste governo, é só mentira, roubalheira e outras baixarias! Propina em bíblias pra desviar dinheiro público na Educação... A que ponto chegamos!

    ResponderExcluir
  4. O anônimo acima falando em cadeia , mas quem entende de xilindró é o Lula ladrão, que ficou um ano e meio preso pagando parte da sua dívida com a justiça de 20 anos de cadeia por corrupção e lavagem de dinheiro
    O Supremo Tribunal Federal o tirou da prisão pra ser candidato a presidente, mas vai pra lata de lixo depois de sofrer uma derrota acachapante nas urnas
    Lula e a esquerda nunca mais!
    Presidente reeleito!

    ResponderExcluir
  5. O que era pra ser uma comemoração cívica virou comício eleitoral pago com verba pública! O bicentenário da independência não foi nem mencionado nos discursos eleitoreiros do genocida. A festa cívica paga pelos cidadãos brasileiros foi transformada em propaganda do viagra e das próteses penianas adquiridas pelas Forças Armadas pra uso até do capitão das fraquejadas! O Brasil já teve presidentes de verdade! Hoje temos a Tchutchuca do Centrão...

    ResponderExcluir
  6. Um festival de horrores,eu nem vi os vídeos.

    ResponderExcluir