O Globo
Quem embarcou na arca do ex-presidente
elegeu como prioridade livrar o país do dilúvio bolsonarista
Parecia a arca de Noé. A duas semanas da
eleição, bichos de todas as espécies políticas se reuniram em torno de Lula. O
encontro juntou oito ex-presidenciáveis, do líder dos sem-teto Guilherme Boulos
ao banqueiro Henrique Meirelles.
“Existem momentos na História em que há
algo muito forte em jogo”, justificou a ambientalista Marina Silva, que rompeu
com o PT em 2009 e concorreu ao Planalto nas últimas três eleições. Ela definiu
o voto no ex-presidente como um ato de “legítima defesa” da democracia. “É
lamentável termos pessoas assassinadas porque pensam diferente, pessoas atirando
nas outras dentro da igreja. Isso não pode prosperar”, afirmou.
“Precisamos evitar de qualquer maneira um
segundo turno”, disse o professor Cristovam Buarque, candidato à Presidência em
2006. Ele argumentou que seria uma “tragédia” prolongar a disputa até o fim de
outubro: “Serão quatro semanas imprevisíveis do ponto de vista de violência nas
ruas, de fake news para todos os lados”.
João Goulart Filho lembrou o exemplo do pai, que superou as divergências com Carlos Lacerda e Juscelino Kubitschek para articular a Frente Ampla contra a ditadura. Os militares sufocaram o movimento, e os três morreram sem assistir à queda do regime.
“O que nós compomos aqui, na verdade, é uma
frente antifascista”, definiu a advogada Luciana Genro, candidata pelo PSOL em
2014. “Estamos na iminência de um retrocesso ainda maior se Bolsonaro for
reeleito”, alertou a ex-deputada.
A reunião da última segunda-feira produziu
algo que o PT tentou e não conseguiu há quatro anos: a foto de uma frente
democrática contra o autoritarismo. Alguns presentes teriam razões pessoais
para não estar ali. Luciana foi expulsa do PT. Cristovam foi demitido do
governo Lula pelo telefone. Marina sofreu com o bombardeio da propaganda
petista em 2014, quando tinha chances reais de se eleger.
Os participantes do encontro não tentaram
impor suas próprias convicções nem cobraram a adesão a cartilhas econômicas.
Ninguém se comprometeu a apoiar todas as medidas de um eventual governo Lula.
Quem embarcou na arca elegeu outra prioridade para 2022: livrar o país do dilúvio
bolsonarista.
Bola fora
Lula pediu que as emissoras fizessem pools
para reduzir o número de debates, mas faltou ao de ontem, promovido por SBT e
CNN Brasil. Perdeu pouco, mas deveria ter ido. Por respeito ao eleitor e à
democracia.
Tiro no pé
Não há vacina contra a burrice. Flávio
Bolsonaro pediu à Justiça que retirasse do ar a reportagem do UOL sobre a
evolução patrimonial da família. A ação fez disparar o interesse pelo assunto,
que já vinha sendo explorado pelos adversários do capitão.
Além de jogar luz sobre a multiplicação dos
imóveis, Flávio minou um dos pilares do discurso de Jair: a acusação de que o
PT quer controlar a imprensa. Na campanha de 2022, a censura partiu dos
Bolsonaro.
Lula respeita o eleitor e a democracia. Se fosse àquela cilada, facilitaria a vida do inominável e isso, sim, é desrespeitar a democracia e o eleitor.
ResponderExcluirDar mais 4 anos ao genocida é um atentado a ambos, eleitor e democracia.
Legítima defesa da democracia! Marina Silva tem toda a razão! Nunca votei nela, mas reconheço sua coerência e honestidade!
ResponderExcluirO genocida e seus violentos milicianos são uma ameaça permanente à nossa democracia e à integridade de cada brasileiro que não os apoia!
ResponderExcluirLula ladrão seu lugar é na prisão
ResponderExcluirO Lula além de ladrão , incompetente e mentiroso , apoia aborto, droga , invasão do MST, ideologia de gênero , censura as mídias
ResponderExcluirO povo vai dizer não a esse traidor da Pátria
Pode já ir se acostumando
Brilha uma estrela...
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