O Globo
Presidente submete Bicentenário ao
calendário eleitoral e convoca militares para comício à beira-mar
Depois de sequestrar a bandeira do Brasil,
a camisa da seleção e outros símbolos nacionais, o bolsonarismo se apropriou do
Dia da Pátria. A captura será oficializada hoje, no bicentenário da
Independência.
O capitão pôs o Sete de Setembro a serviço
da campanha à reeleição. Submeteu a data cívica aos interesses do calendário
eleitoral.
Por ordem de Bolsonaro, a comemoração foi
deslocada do centro do Rio para a orla de Copacabana, ponto de encontro de seus
apoiadores. O desfile no Rolls-Royce presidencial foi cancelado. Dará lugar a
uma motociata à beira-mar.
Não será uma festa para todos. O clima de
violência política recomenda que eleitores de outros candidatos evitem a
Avenida Atlântica. De vermelho, só os salva-vidas da praia — e olhe lá.
Os militares vão participar alegremente do comício. Os canhões do Forte de Copacabana devem disparar de hora em hora. A Marinha promoverá uma parada naval, e a Aeronáutica fará uma exibição da Esquadrilha da Fumaça.
O Exército promete um espetáculo da brigada
paraquedista. Espera-se que não repita o fiasco de ontem, quando três soldados
se feriram nos ensaios da patriotada. Numa cena patética, um soldado ficou
pendurado nos galhos de uma árvore. Precisou ser resgatado com a ajuda de uma
escada.
O Comando Militar do Leste culpou rajadas
de vento pelos acidentes. Não poderá responsabilizar a natureza por novos
estragos à imagem das Forças Armadas.
A cúpula militar ajudou a eleger Bolsonaro.
Em troca do apoio em 2018, garantiu privilégios, abocanhou salários acima do
teto e ocupou áreas centrais do governo. Essa sociedade foi renovada com a
indicação do general Braga Netto como candidato a vice na chapa à reeleição.
Com o sequestro do Bicentenário, o país
perde a chance de rediscutir o significado da Independência e as mistificações
produzidas pela história oficial.
O capitão gostaria de ser Dom Pedro: um
governante despótico, bruto com as mulheres e que outorgou sua própria
Constituição. Que ninguém espere novidades do seu discurso de hoje. No lugar do
brado retumbante, ele deve repetir velhas ameaças à democracia e ao sistema
eleitoral.
Milhões e milhões de brasileiros que foram as ruas festejar o bicentenário da independência conclamar as liberdades e apoiar o presidente Bolsonaro ,
ResponderExcluirtransformaram a Esplanada do Planalto no mar de verde amarelo homens, mulheres, crianças, velhos, pessde todas as classes sociais , raças e credos irmanados no sentimento de patriotismo e na defesa da democracia e da família brasileira
Isso se repetiu em todas as capitais e grandes cidades no Brasil, manifestações caudalosas de norte a sul do país deixando claro a vontade do povo na luta por Deus, Pátria, família e liberdade
O PT e a sua claque hoje sentiram um choque de realidade e suas narrativas, com a suas pesquisas fajutas, se tornam agora patética
Pelo andar da carruagem Bolsonaro se reelege no primeiro turno, pode Jair se acostumando
Pelo andar da carruagem puxada por Bolsonaro, sua candidatura está fazendo água e um rastro de esgoto está escorrendo por onde ele passa. A fedentina é medonha...
ResponderExcluirTudo é muito patético,no sentido torto do termo.
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