Folha de S. Paulo
A base tolera muito mais maus-tratos do que
os aliados circunstanciais
Candidatos presidenciais com chances reais
de vencer evitam detalhar suas propostas de governo. Fazem-no para preservar
espaço de negociação. Este ano, porém, devido ao caráter plebiscitário da
disputa, os dois principais postulantes estão conseguindo desconversar
muito mais do que o normal. Temos só ideias muito vagas do que Lula, o
grande favorito, pretende fazer em questões tão vitais como disciplina fiscal e
regulamentação do trabalho.
Minha aposta é que prevalecerá o Lula pragmático, com um ou outro aceno para a base à esquerda. Afirmo-o não por possuir poderes mediúnicos, mas por uma questão de cálculo político. Lula viu o que aconteceu com Dilma Rousseff. Sabe que precisará manter uma ampla coalizão no Congresso, e isso num contexto em que os poderes da Presidência foram bastante reduzidos.
Uma das leis da política é que a base
tolera muito mais maus-tratos do que os aliados circunstanciais. A trajetória
de Bolsonaro é a melhor prova disso. Ele traiu, uma a uma, suas três principais
bandeiras de campanha. Prometeu uma agenda pró-mercado, mas detonou o teto de
gastos; vendeu-se como candidato antissistema, mas virou a tchutchuca
do centrão; jurou acabar com a corrupção, mas viu sua gestão e família enrolarem-se
em vários escândalos. Apesar desse magnífico estelionato eleitoral, que veio em
doses homeopáticas e não de uma vez só, como no caso de Dilma, Bolsonaro
conseguiu manter grande parte de sua base de eleitores.
Trocando em miúdos, num contexto de grande
polarização afetiva e fragmentação partidária, que é o nosso, não importa muito
o que Lula faça que desagrade à esquerda, suas bases não têm alternativa que
não a de seguir a seu lado. Já os aliados de ocasião dependem de um fluxo
constante de validações para não romper a coalizão.
Não deixa de ser uma ironia da política que
os agentes menos comprometidos com qualquer lado sejam os que mais detenham
poder.
Eu gostaria de ver a direita e a esquerda se amando fraternalmente,eu rezo muito pra isso acontecer,fiquem todos na paz.
ResponderExcluirLula precisa apenas vencer o monstro, coisa que só ele pode fazer, de preferência enterrando-o no 1º turno. Isto é o que esperamos tanto para vê-lo fazer.
ResponderExcluirO resto, bem, o resto virá por inércia.
Essa fantasia do primeiro turno é para enganar os trouxas o próprio PT sabe disso e amor parte dos jornalistas também tem ciência dessa realidade e no segundo turno se o presidente não ganhar no primeiro turno ,
ResponderExcluiro PT vai sofrer a maior derrota de toda história
Vai ser enterrado na lata de lixo da história
Os jornalistas de esquerda viraram um partido de oposição ao presidente, todos hoje da grande mídia vendida, são da torcida do Lula ladrão
ResponderExcluirVergonha nacional
Fo-ra bol-so-na-ro!
ResponderExcluirFo-ra bol-so-na-ro!
LULA NO 1o TURNO!
Bolsonaro é esgoto e merd... Não será difícil enterrar este excremento e superar todas as barbaridades do seu DESgoverno! Excluí-lo do segundo turno já será uma desmoralização pro genocida mentiroso, ameaça permanente à nossa democracia e à paz na sociedade.
ResponderExcluirArtigo curto e direto.
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