O Globo
Restam poucas alternativas para campanha do presidente: para motivar a tropa, a mais recente envolve uma hipótese sobre abstenções
A menos de 20 dias das eleições, a
distância de 15 pontos percentuais entre Lula e Jair Bolsonaro retratada na pesquisa
do Ipec é uma situação bastante confortável para o líder. Mais
ainda porque esse quadro é de estabilidade há um mês. O ex-presidente tinha 44%
no dia 15 de agosto e hoje aparece com 46% das intenções de voto. Para
completar o cenário desfavorável para Bolsonaro, sua rejeição pulou de 46% para
50%, a mais alta taxa das quatro pesquisas que o Ipec fez até agora nesta
eleição.
Para quem apostou tudo no 7 de Setembro, é
uma decepção. Bolsonaro juntou multidões no Rio de Janeiro, Brasília e São
Paulo. Mas, a julgar pelos números do Ipec, não foi o suficiente para converter
os indecisos.
Assim como ocorreu com a propaganda eleitoral de rádio e TV. Está há pouco mais de duas semanas no ar. Por enquanto, nem sinal de mudança no ânimo do eleitor. Tentou-se mudar o tom das peças. O time de marketing do presidente passou a atacar Lula de forma mais agressiva. Os ataques também não foram capazes de sacudir com o eleitor.
Não há, a esta altura, muitos coelhos para
a campanha de Bolsonaro tirar da cartola. Então, ao entorno de Bolsonaro restam
algumas especulações — boa parte delas com o intuito de incutir otimismo à
tropa. A mais recente atende pelo nome de “abstenção”.
O comando de campanha do presidente surgiu
nos últimos dias com esse novo mantra para tentar convencer interlocutores de
que ele chegará condições mais favoráveis no embate com Lula no dia 2 de
outubro.
Por essa conjectura, uma parte do
eleitorado de Lula seria mais propenso a deixar de votar. Por pelo menos dois
motivos. Porque são mais pobres (e com maior dificuldade de deslocamento até os
locais de votação) e porque não estão tão engajados quanto os bolsonaristas.
Há quem, no comando da campanha de
Bolsonaro, continue alimentando a hipótese que uma mágica de última hora possa
ser feita pelo Palácio do Planalto a fim de impactar a economia. Difícil
imaginar um minipacote de bondades que caiba dentro da legislação eleitoral —
embora seja fácil imaginar que os governistas estariam dispostos a mandar para
o espaço qualquer regra em troca da vitória nas urnas.
Mesmo nesse campo, o Ipec trouxe uma
notícia ruim para Bolsonaro: Lula cresceu de 50% para 55% nas residências em
que ao menos uma pessoa recebe algum tipo de auxílio do governo federal.
Jogando parado, Lula tem mantido uma
inabalável estabilidade até agora. Sua campanha não produz fatos retumbantes. A
propaganda de rádio e TV é opaca. Suas redes sociais estão eternamente correndo
atrás das iniciativas de Bolsonaro. Mesmo seus discursos em comícios e suas
entrevistas de TV nada têm de marcantes ou momentos de brilho.
Apesar de tudo isso, há em parte da população uma memória positiva do seu governo somada à também estável rejeição de Bolsonaro — esta, sim, merece o adjetivo de imbrochável, pois não cede nunca.
Pressiona como tudo se repete como as últimas eleições 2018 o IPEC antigo ibope , joga projeções estapafúrdias com vantagens e reais do Lula para confundir o eleitorado nas vésperas das eleições
ResponderExcluirEssa é uma fraude eleitoral que precisa ser combatida , esses institutos que não tem checagem e depois basta mudar de nome continuar com as falcatruas como aconteceu no caso do IPEC, Com o nome anterior ibope cometeu tantas erros grosseiros em pesquisas, que teve que fechar, dar um tempo e mudar de nome
Lá vem o pato patati pata colá... O acéfalo acima é digno da mais alta reverência pois não quer brigar apenas com números quer também sair na mão com os fatos. "No tocante a CUestão" o acéfalo só demonstra que está prestes a se esconder no buraco e voltar pro armário. É melhor ja ir chorando...
ResponderExcluirO papagaio bolsonarista já não sabe mais o que inventar pra explicar o aumento da diferença entre Lula e o genocida! Que tal nos mostrar quais as propostas de Bolsonaro para o meio ambiente? Ou o que ele fez pela Educação no seu DESgoverno?
ResponderExcluirCom tanta Viagra e próteses correndo soltos como ainda pode ser imbroxavel? Somente São Tomé para explicar
ResponderExcluirImbrochavel de broxa?
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