segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Lygia Maria - Machismo e política

Folha de S. Paulo

Político deve trabalhar, em vez de assediar jornalista e fazer comentário machista

A jornalista Vera Magalhães foi atacada pelo deputado Douglas Garcia. Filmando com o celular, o deputado acusou a jornalista de receber salário de R$ 500 mil para criticar Bolsonaro (uma falácia já esclarecida diversas vezes) e ainda a chamou de "vergonha do jornalismo brasileiro".

Se o deputado acha que há uso ilegal de verba pública, deve procurar os meios cabíveis para investigação. Deputado não assedia cidadão. Deputado não é influencer, que faz vídeo para ganhar like no Instagram. Deputado deve propor projetos de lei e fiscalizar o Executivo. Ou seja, deputado deve trabalhar.

O ataque faz parte do modus operandi bolsonarista em relação à imprensa e às mulheres. Bolsonaro já disse que não estupraria uma deputada porque ela é muito feia. Disse que uma repórter da Folha "queria dar o furo", imputando conotação sexual à atividade profissional. Estimulou o turismo sexual, falando que "quem quiser vir aqui fazer sexo com mulher, fique à vontade". Para ele, mulheres devem receber salários menores porque engravidam. Sem contar a famosa "fraquejada" porque teve uma filha. A lista é interminável.

Ao ser questionado, Bolsonaro sempre fala que é piada ou jeito de se expressar (mesma desculpa usada para a vacina que transforma as pessoas em jacaré e para a imitação grotesca de pacientes com falta de ar). Porém, assim como deputado não é influencer, presidente não é humorista. O chefe de Estado deve respeitar a liturgia do cargo e o princípio da moralidade. Por sinal, a partir desse princípio, a Justiça Federal condenou a União a pagar R$ 5 milhões de indenização por falas machistas de Bolsonaro.

Presidente não é humorista porque não governa para os fãs, governa para todos os cidadãos. O que um presidente fala e faz representa os valores da sociedade que governa e tem o poder de influenciar os governados. Queremos que o machismo seja valorizado e estimulado no Brasil? Essa é uma boa pergunta a ser feita na hora de eleger um governante

 

5 comentários:

  1. A jornalista colheu o que plantou!
    não é a primeira vez que ela entra em questões pessoais com o presidente Bolsonaro
    Ela vive de vitimismo pra gerar narrativa política de oposição
    Só que não cola mais, todo mundo conhece quem é a figura
    Quem falou que quer escuta o que não quer, sendo homem ou mulher
    O mesmo se sucedeu com um deputado estadual de São Paulo, partiu pra o bate-boca de baixo nível, e joga a culpa na costa do deputado que é homem
    O deputado falou a coisa certa;
    que ela é uma vergonha pro jornalismo brasileiro e eu assino embaixo

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  2. Nazistas a gente deve deixar quieto. A Vera deveria contratar seguranças para se protejer das tropas vulgares e baixa dessa turma de gentalha e baixo clero que não tem mais nadar a perder.. Já perderam tudo até a classe que nunca tiveram. Togloditas brucutus.

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  3. Realmente, "deputado deve trabalhar", como a colunista escreveu. Mas o deputado do baixo clero Jair Messias Bolsonaro ficou por 7 mandatos comandando rachadinhas e funcionários fantasmas, e quase não trabalhou, tanto que não aprovou um projeto importante, na verdade ele aprovou um projeto, que autorizava o uso da fosfoetanolamina, picaretagem apresentada como (falsa) pílula que curaria todo tipo de câncer. Depois de alguns estudos científicos em SP, a picaretagem foi desmascarada e os pseudocientistas que a propunham foram processados, mas o deputado safado que abriu caminho para esta falsa cura não sofreu qualquer punição. Trabalho nunca foi tarefa para Bolsonaro, seja como deputado, seja como presidente. Sua principal atividade é mentir e agredir!

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  4. O dinheiro da indenização vai pra quem?

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  5. A homofobia em Bolsonaro é muito mais grave que seu machismo,mas ninguém diz nada.

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