Lula e ex-ministra estiveram juntos neste domingo
Por Raphael Di Cunto / Valor Econômico
BRASÍLIA - O ex-presidente Luiz Inácio da
Silva (PT) encontrou neste domingo a ex-ministra e atual candidata a deputada
federal Marina Silva (Rede), que por três vezes disputou a Presidência. A
reunião foi divulgada pelo petista por meio de suas redes sociais e um pronunciamento
conjunto foi marcado para esta segunda-feira, às 11h, em São Paulo.
“Hoje [domingo], a meu convite, depois de
muitos anos, reencontrei com Marina Silva. Relembramos da nossa história, desde
quando nos conhecemos. Conversamos por duas horas e ela me apresentou propostas
para um Brasil mais sustentável, mais justo e que volte a proteger o meio
ambiente”, disse Lula. Junto à publicação, foi divulgada uma foto em que Marina
entrega um documento para ele. O Rede Sustentabilidade, seu partido, já apoia
Lula, mas ela foi posição vencida.
O encontro vinha sendo negociado por aliados de ambos há meses, numa nova tentativa de mostrar uma “união nacional” contra a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) e a disposição de Lula para fazer uma “conciliação” do país. Outro passo dessa estratégia foi o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), ex-adversário do PT, assumir como vice do ex-presidente nesta eleição.
Marina já foi filiada ao PT, pelo qual foi
deputada estadual e senadora pelo Acre, e comandou o Ministério do Meio
Ambiente do início do governo Lula, em 2003, até pedir demissão em 2008 por
discordar das políticas que vinham sendo conduzidas.
Desde então, ela rompeu com os petistas e
concorreu à Presidência em 2010, 2014 e 2018. Na segunda tentativa, ela era
vice do ex-governador Eduardo Campos (PSB) e assumiu a cabeça da chapa com a
morte dele num acidente aéreo durante a campanha. Foi a vez em que esteve mais
próxima da Presidência e chegou a liderar as pesquisas, mas virou alvo de
ataques da campanha da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e acabou em terceiro
lugar, com 22 milhões de votos. No segundo turno, declarou apoio a Aécio Neves
(PSDB-MG).
Em 2018, já pelo Rede Sustentabilidade,
partido que idealizou e ajudou a fundar, Marina teve seu pior resultado numa
eleição presidencial e acabou em oitavo lugar, atrás até do ex-deputado Cabo
Daciolo (então no Patriota e hoje no PDT) e do ex-ministro da Fazenda Henrique
Meirelles (na época no MDB e atualmente no União Brasil). No segundo turno, ela
declarou “voto crítico” no ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT),
derrotado por Bolsonaro. Ela viveu um período de ostracismo político e resolveu
este ano se candidatar a deputada federal por São Paulo.
O apoio formal de Marina a Lula pode ser a grande chance do candidato petista ampliar sua boa vantagem sobre os adversários e garantir mais tranquilamente a vitória no primeiro turno! Enquanto isto, a rejeição a Bolsonaro só aumenta... Genocida nunca mais!
ResponderExcluirConfirmado o apoio de Marina a Lula, e a aceitação da campanha lulista de várias propostas da agenda ambiental defendida por Marina, crítica permanente da gestão do criminoso Ricardo Salles à frente do Ministério do Meio Ambiente de Bolsonaro, tentando a todo custo passar a boiada enquanto os brasileiros sofriam com a pandemia, como ele aconselhava os demais ministros a fazerem, durante a célebre reunião ministerial de abril de 2020.
ResponderExcluirO PT deve um pedido de desculpas à Marina Silva,grande mulher.
ResponderExcluirPedir desculpas ou reconhecer erros não é o forte do PT...
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