Folha de S. Paulo
Datafolha mostra limite do voto no
presidente, que precisa esticar eleição e depredar petista
Dos eleitores de Lula da Silva
(PT), 17% dizem que ainda podem escolher outro nome, segundo o Datafolha. Entre
os que votam em Jair
Bolsonaro (PL), 16%. Suponha-se que Lula perca todos esses votos e não
receba nenhum mais; que Bolsonaro não perca eleitor algum e ganhe o voto de
todos aqueles que afirmam considerá-lo como alternativa. Na ponta do lápis,
daria empate em cerca de 37% (Lula ora tem 45%, Bolsonaro 32%).
Eleição não
é caso de conta na ponta do lápis. Mas, por um lado, é fácil perceber por essa
continha que a situação de Bolsonaro não é lá muito fácil. Por outro, as
pessoas podem simplesmente mudar de ideia.
A rejeição a Bolsonaro continua majoritária. Desde maio, flutua entre 51% e 55%. Note-se de passagem que o Datafolha pergunta em quem o eleitor "não votaria de jeito nenhum no primeiro turno". Feita a ressalva, Bolsonaro estaria assim derrotado em um segundo turno a não ser que a rejeição a seu adversário fosse maior ou igual. A rejeição a Lula está em 39% (era 33% em maio).
Resta, pois, ao bolsonarismo depredar Lula
ainda mais, o chamando de "macumbeiro", "ladrão" e sabe-se
lá que bala ponham na agulha a fim de fazer estrago adicional. Quanto a ganhar
votos, a situação é difícil.
Entre os eleitores de Ciro Gomes (PDT),
65% "não votariam de jeito nenhum" em Bolsonaro (ao menos no primeiro
turno); entre os de Simone Tebet (MDB),
66%. De resto, apenas 2% dos eleitores ainda não têm candidato algum.
Como um segundo turno é mais provável, a
campanha ainda pode durar quase dois meses. Neste ano, o grosso das melhoras na
economia da vida cotidiana já ocorreu. Mas é quase certo que o número de
pessoas empregadas continue a aumentar até fins de outubro. O salário médio se
recupera mais rapidamente (despiora, na verdade, mas acelerando).
No entanto, o grande aumento da miséria em
2021 pode ter deixado sequelas, nas emoções e no corpo, além do fato de muita
gente viver ainda em condições atrozes.
A inflação geral
caiu para menos de 10% ao ano em agosto, mas a inflação dos alimentos ainda
corre a mais de 17% ao ano. Os R$ 600 do Auxílio Emergencial de abril de 2020
valem agora apenas R$ 434 em termos de poder de compra de comida.
A julgar por vários números do Datafolha,
o Auxílio
Brasil gordo não melhorou a situação de Bolsonaro de modo algum. Até
agora, ressalte-se. Pode continuar a não fazer efeito, mas o pagamento do
Auxílio Emergencial, a partir de abril de 2020, não elevou de pronto a
popularidade de Bolsonaro, que continuou piorando até junho daquele ano. Além
do mais, o governo pode tentar comprar mais alguns votos.
Sim, o país está um horror, perdeu 12 anos
em termos socioeconômicos, não há "decolagem" e menos ainda euforia,
mas esquerda e oposição em geral se recusam a ver os números mais simples e
óbvios do que era despiora e agora é óbvia melhora. Algum efeito marginal isso
terá na eleição, em uma campanha na qual o lulismo não oferece programa e ainda
padece do envelhecimento sociocultural da arenga popularesca de Lula, que diz
disparates semanais.
Em maio, a diferença entre Lula e Bolsonaro
no primeiro turno era de 21 pontos; agora, é de 13.
Enfim, é óbvio que a eleição tem muitas facetas: a desumanidade essencial de Bolsonaro, a questão religiosa, feminismo, "pátria e família", saúde, decência humana básica, racismo, democracia, questões de classe, geracionais. Não é só a "eleição da fome", ainda que um terço do país mal tenha o que comer (logo, dois terços têm, note-se). De mais certo e simples, Bolsonaro precisa de tempo para depredar Lula, que precisa mirar em gol no primeiro turno.
O Bolsonaro não só com a sul como já ultrapassou Lula em várias pesquisas como a última do Instituto futura e da Brasmarket pesquisas
ResponderExcluirO Instituto Paraná pesquisas. Empate técnico 41% pro Lula 37,8% pro Bolsonaro
Para a grande mídia só existe o Instituto Datafolha e todos sabemos que pertence ao jornal Folha de São Paulo que hoje é um dos principais jornais de oposição ao governo do presidente
Vocês vive um mundo de faz de conta só que o povo já percebeu que essa pesquisa é manipulada
O povo na rua já viu que Lula só vence na pesquisa
Na vida real anda escondido, foge do povo que nunca aparece em
seus comícios , a não ser que se pague
Anda cercado de segurança portanto submetralhadora, com medo de ser vaiado e xingado
Não aguenta mais ouvir:
Lula ladrão seu lugar é na prisão!
Sai da bolha fiiii
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