Folha de S. Paulo
Presidente chega à votação sem garantia de
respeitar resultado e usa risco de tumulto a seu favor
Em dois programas de TV de grande
audiência, Jair Bolsonaro teve oportunidade de explicar o que fará se perder a
eleição. No
Jornal Nacional, o presidente sugeriu que só aceita o resultado se os
militares, que seguem suas ordens, atestarem a transparência da votação. No
debate da Globo, ele simplesmente fugiu de uma pergunta sobre o assunto.
Bolsonaro fabricou a fantasia de que há uma conspiração para manipular a eleição, tirá-lo do cargo e, em suas palavras, "roubar a liberdade" de seus apoiadores. Não foram raras as vezes em que ele convocou uma reação violenta —como no discurso em que pediu ao público que jurasse dar a vida por sua causa.
A esta altura, ninguém deveria esperar do
presidente um compromisso com a democracia. Depois de anos de disseminação de
falsas suspeitas sobre o processo eleitoral, nem faria muita diferença. Mas o
comportamento de Bolsonaro mostra que ele escolheu chegar ao dia do primeiro
turno com uma tropa
mobilizada para a conflagração.
O presidente levou a eleição deste ano para
o terreno da anormalidade. Esta é uma disputa em que o TSE precisou criar
restrições para atiradores, tratados pelos bolsonaristas como uma guarnição
política. A corte também teve que proibir o porte de armas perto dos locais de
votação, para evitar casos de intimidação e violência.
Esta também é uma eleição em que apoiadores
do presidente fazem convocações
abertas para uma invasão ao STF e ao Congresso caso ele não vença no
primeiro turno. Qualquer ponto de contato com a retórica do capitão não é mera
coincidência.
Bolsonaro deixa claro que, diante de um
risco de derrota, aposta num tumulto durante e depois da votação. Há poucos
dias, ele usou uma informação falsa para dizer que o Exército poderia fechar
seções eleitorais. No ano passado, falava no perigo de uma "convulsão
social" caso um dos lados não aceitasse o resultado. O presidente não
apenas se recusa a desarmar essa bomba como explora a ameaça a seu favor.
LULA PRESIDENTE HOJE!
ResponderExcluirBOZO PRESO DEPOIS!
Elle q tente golpear. Será preso MAIS RÁPIDO.
ResponderExcluirKKKKKKKK
Anormal é o GENOCIDA, não a eleição. Cadeia para o miliciano mentiroso!
ResponderExcluirPois é,faltou menos de dois pontos para o Lula se eleger no primeiro turno.
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