O Estado de S. Paulo
No mapa eleitoral de 2022, Lula repete Dilma e Bolsonaro replica Aécio em 2014
Luiz Inácio
Lula da Silva não é Dilma Rousseff, Jair
Bolsonaro não é Aécio Neves e os tempos são outros, mas há uma
forte relação entre a eleição de 2022 e a de 2014, em que o tucano Aécio venceu
no Sudeste, no Sul e no Centro-Oeste, mas perdeu a Presidência para a petista
Dilma. O mapa de votos tende a reproduzir isso neste domingo, a favor do também
petista Lula. Mesmo com o seu governo já fazendo marola e a economia morrendo
na praia, Dilma surfou na onda do PT e de Lula. Venceu com enorme margem no
Nordeste (que tem 27% dos votos nacionais), no Norte (8%) e… em Minas. O
suficiente para subir novamente a rampa do Planalto.
O que fez a diferença foi Minas, estado natal de Aécio e Dilma. Ele venceu no Sudeste graças a São Paulo (maior colégio eleitoral), mas Dilma ficou na frente no Rio (terceiro colégio) e em Minas (segundo), a grande surpresa. Aécio perder ali?
Segundo as pesquisas, Bolsonaro, como
Aécio, tem Rio e São Paulo, não Minas. Vence no Sudeste, Sul e Centro-Oeste e
empata com Lula no Norte. Pode, assim, repetir o êxito regional de 2018, quando
ganhou em todas as regiões, exceto o Nordeste, o bolsão vermelho seja com
Dilma, Haddad ou Lula.
O que ameaça a reeleição de Bolsonaro? O
mesmo que tirou a vitória de Aécio há oito anos: não virar em Minas nem crescer
no Sudeste o suficiente para neutralizar o Nordeste. Saiu do primeiro turno e
chega ao segundo com praticamente os mesmos percentuais, apesar de tudo.
Bolsonaro deu de ombro para a lei
eleitoral, jogou todo o peso do governo na sua reeleição, inventou até
empréstimo consignado para quem precisa do auxílio Brasil para comer e foi
quatro vezes a Minas, acionando seu exército no Estado: o general Braga Neto,
Michelle, o governador reeleito Romeu Zema,
o senador eleito Cleitinho e o deputado mais votado do País, Nikolas
Ferreira. E daí? Daí, nada. Os números não saíram do lugar.
Lula fechou o cerco, por cima e por baixo,
com uma palavra mágica, democracia, e um carimbo, inclusão social. Atraiu Geraldo
Alckmin e o eleitorado pobre, o maior do País. Vieram junto
tucanos, emedebistas, economistas, juristas, Simone Tebet e Marina Silva.
Bolsonaro não teve para onde correr. Manteve o que já tinha, antipetismo
radical e eleitorado evangélico, da bala e do boi. Dali, não saiu.
Surpresas sempre podem acontecer, como a derrota de Aécio em Minas, que lhe custou a Presidência, mas, pelo andar da carruagem e das pesquisas, Lula está mais próximo da vitória, com o compromisso de união nacional, democracia, inclusão, reconstrução e transição. O fim de uma era. A eleição de 2026 terá ares e caras novas.
Sinto muito mas você vai perder Bolsonaro vai ganhar
ResponderExcluirSe fudeu pois bozo perdeu, GADO CHIFRUDO.
ExcluirO anônimo, analfabeto e covarde, logo boçalnarista, só conseguiu provar que com Bolsonaro o Brasil perderá mais. O gente burra,sÔ.
ResponderExcluirMAM
O papagaio bolsonarista não precisa sentir, o GENOCIDA perdeu... Mas ainda falta ser JULGADO E PRESO! Quando o Minto estiver preso, os milicianos armados e violentos poderão sentir muito mais...
ResponderExcluirFoi difícil...
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