quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Elias Gomes* - Por um futuro governo de união nacional

Estamos jogando os minutos decisivos desta eleição presidencial, a mais renhida dos últimos tempos. O bolsonarismo planeja implantar uma “ditadura brutal travestida de democracia”, a partir do aparelhamento das instituições responsáveis pela segurança e manutenção do Estado Democrático de Direito. Para isso, opera com força total em todas as frentes, inclusive no meio evangélico, transformando as igrejas em comitês de campanha e os púlpitos em palanques. 

É necessário e urgente que nós, democratas desse imenso e diversificado país, iniciemos um movimento impactante, ousado, que sinalize de forma abrangente e transparente para a construção de um GOVERNO DE UNIÃO NACIONAL, distensionando e agregando as forças políticas para o bem do país e da governabilidade, que seja capaz de pacificar a nação brasileira, tão agredida, humilhada e desrespeitada nos últimos quatro anos.

O momento exige ainda mais ações concretas e compromissos objetivos com a futura construção desse GOVERNO DE UNIÃO NACIONAL que deverá cumprir o papel de reunificar a nação através das forças sociais e políticas, juntando partidos do centro e centro-direita, lideranças, intelectuais, militares comprometidos com a democracia, trabalhadores e organizações sociais. 

Um GOVERNO DE UNIÃO NACIONAL que reúna nomes notáveis da sociedade e sabidamente comprometidos com a reconstrução do Brasil, que precisa voltar a ser um país de todos e de todas, brasileiros e brasileiras. E há muita gente talentosa e com verdadeiro desejo de contribuir com esse momento histórico de reconstrução da Nação entre os diversos grupos políticos que agora no segundo turno se aglutinam em torno de Luiz Inácio Lula da Silva e de Geraldo Alckmin.

Um GOVERNO DE UNIÃO NACIONAL que possa trazer, da academia, um nome da estatura de Cristovam Buarque; do agronegócio, de uma Simone Tebet; do judiciário, de um Joaquim Barbosa. Que possa contar, no Sul, com um nome do porte de Pedro Simon; No Sudeste, de um Fernando Henrique Cardoso; no Nordeste, de um Tasso Jereissati; em Minas Gerais, de um Aureliano Chaves; nas Forças Armadas, de um Santos Cruz; nos esportes, de um Raí. Enfim, sinalizar claramente para a sociedade brasileira que teremos um governo amplo, plural, comprometido com a democracia e a boa governança. 

Sim, embora nos regimes democráticos seja comum um civil cuidar do Ministério da Defesa, proponho um militar civilizado e democrático, que não flerte com golpes ou autoritarismo, para fazer uma necessária transição da militarização implantada por Bolsonaro ao domínio da sociedade na governança brasileira. É necessário desmilitarizar o país, mas, ao mesmo tempo, sinalizar para a importância das Forças Armadas na superação da sofrida crise institucional, política e social em que estamos mergulhados e que exige o esforço e a dedicação de todos e todas, brasileiros e brasileiras dos segmentos civil e militar. 

Não podemos esperar mais. O MOMENTO DE UNIÃO NACIONAL É AGORA.

*Ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão dos Guararapes, deputado estadual, secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos e administrador do Arquipélago de Fernando de Noronha

Um comentário:

  1. É melhor escolher um outro mineiro... Aureliano Chaves morreu em 2003. Simon e FHC já passaram dos 90 e penduraram as chuteiras há muitos anos! Abre-se espaço pra outro gaúcho e outro paulista...

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