segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Ana Cristina Rosa - O grande vencedor das eleições 2022

Folha de S. Paulo

Sob uma saraivada ininterrupta de mentiras, mais uma vez o sistema eletrônico deu show de eficácia

Quem tem 50 anos ou mais deve lembrar da espera cansativa e angustiante para saber o resultado das eleições no Brasil até a implantação do sistema eletrônico de votação. Pode-se dizer que antes de 1996 a fraude era uma marca registrada do nosso processo eleitoral, no qual faltava lisura em diversas etapas.

Quando o voto era em cédulas de papel, não raro ocorriam falcatruas na preparação das urnas, no transporte dos dispositivos, durante a votação e, por fim, no escrutínio manual dos resultados, segundo dados do TSE.

A variedade de embustes abrangia "urnas prenhes ou grávidas", que chegavam às seções eleitorais já recheadas; uso de "votos de estoque", com o preenchimento de cédulas da reserva de segurança; e a participação do chamado "eleitor fósforo", que "riscava" várias urnas, ou seja, votava em mais de uma seção.

A trapaça mais engenhosa era conhecida como "voto formiguinha", no qual o eleitor guardava a cédula que recebia do mesário e depositava na urna uma outra, preenchida por um terceiro. Quando saía da seção, dava a cédula oficial em branco ao "aliciador", que a preenchia conforme sua preferência e entregava para outro eleitor depositar na urna. O processo era repetido sucessivamente, em prejuízo da desejada soberania do voto popular.

Por essas e outras que o grande vencedor das eleições gerais de 2022 foi o processo eletrônico de votação. Sob uma saraivada ininterrupta de mentiras e ataques infundados, mais uma vez o sistema deu show de eficiência e eficácia. Dezesseis missões de observação eleitoral (oito internacionais e oito nacionais) atestaram sua higidez. O Ministério da Defesa procurou, mas não encontrou nada de desabonador.

No dia 30 de outubro, o país e o mundo souberam o nome do próximo presidente da República Federativa do Brasil menos de quatro horas após o final da votação! O resto é fake news ou puro devaneio de uma turma de memória fraca ou talvez saudosa de um tempo que felizmente ficou para trás.

 

5 comentários:

  1. Essa pessoa que escrevinhou isso certamente está fazendo galhofa conosco.
    Como um sistema não auditável e apenas usado em 3 países, sendo todos periféricos e subdesenvolvidos é motivo de orgulho?

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  2. O exemplo vem de Estados Unidos na eleição em que o Gore perdeu para o Bush - uma incógnita eterna, perdeu mesmo? E nessa eleição de 8 de novembro 2022, uma eternidade sem chegar ao resultado final. O Brasil teve muita sorte com as urnas graças a elas temos uma eleição respeitada e invejada no mundo.

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  3. Gado é gado. Então, tá. As urnas não são motivo de orgulho, gado burro. Kkkkkk

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  4. A eleição brasileira foi encerrada no mesmo domingo em que ocorreu... A eleição dos EUA até hoje ainda não foi finalizada! Contagens e recontagens sem fim por lá... Ainda bem que temos as eficientes e totalmente confiáveis urnas eletrônicas!

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  5. Ana Cristina Rosa sabe das coisas.

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