segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Felipe Moura Brasil - 2026 já começou

O Estado de S. Paulo

Se houver fibra para ocupar o lugar de Bolsonaro, campo derrotado pode formar novas lideranças

As declarações de Romeu Zema de que Jair Bolsonaro perdeu para si mesmo e de Ratinho Jr. de que uma centro-direita pode ocupar esse espaço, além da resistência de Tarcísio de Freitas a nomear bolsonaristas, condizem com o comentário que fiz três semanas antes da eleição: “Até 2026, haverá tempo para formação de novas lideranças no campo perdedor, se houver fibra para ocupar o lugar do populista derrotado. A derrota vai abrir a melhor oportunidade de saneamento. A vitória vai legitimar a pilantragem”.

A promiscuidade entre autoridades públicas e empresários foi revivida por Lula já na transição, ao voar para o Egito no jatinho do fundador da Qualicorp e dono da QSaúde, José Seripieri Jr., e almoçar em Portugal com ele, Fernando Haddad e Gilmar Mendes, um dos responsáveis pela impunidade do presidente eleito.

Antes, o ministro do STF havia suspendido a tramitação de um inquérito que apura repasses da Odebrecht à campanha de 2010 de seu amigo Aécio Neves, bem como a operação da Polícia Federal que apurava esquema de corrupção, fraude e lavagem de dinheiro na Fundação Getúlio Vargas, defendida por seu amigo Rodrigo Mudrovitsch.

Com isso, Gilmar voltou a ser criticado até por bolsonaristas, que se calaram, claro, quando o ministro ajudou a arquivar notícia-crime que pedia abertura de investigação de Jair Bolsonaro devido aos cheques depositados por Fabrício Queiroz na conta de Michelle e, também, a conceder um foro privilegiado retroativo, de deputado estadual, ao senador Flávio Bolsonaro.

Curiosamente, foi Gilmar quem retirou da primeira instância e puxou para o Supremo, em 2020, a investigação sobre o repasse de R$ 5 milhões em caixa dois para a campanha de 2014 do tucano José Serra ao Senado, no âmbito da qual Seripieri havia sido preso por três dias e acusado de ter sido “mentor intelectual” do esquema. Graças à manobra, o empresário fechou acordo com a PGR e saiu livre, não sem antes negar acusações de Antônio Palocci de que a Qualicorp se beneficiou da relação dele com Lula pelas resoluções 195 e 196 da Agência Nacional de Saúde, chefiada por petistas.

A julgar pelos relatos de Palocci, a relação sempre foi de mão-dupla. Seripieri, segundo o ex-ministro, teria bancado o financiamento da defesa de Rosemary Noronha na Operação Porto Seguro e feito aportes no Instituto Lula, além de ter cedido um patrocínio milionário à Touchdown, de Luís Cláudio Lula da Silva, e, sim, aeronaves.

Com Bolsonaro e Lula, o sistema venceu. Contra ele, a direita não pode ter rabo preso.

7 comentários:

  1. Muito esclarecedor, perfeito.

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  2. Na minha terra tem uma expressão bem boa, que cabe como uma luva para se referir a gente como esse Felipe Moura Brasil: "BOSTA-RALA".

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  3. Liga não jornalista a baixaria esta solta. Mas dessa vez temos um vice que pertence a uma classe não é sujeita a
    Inpeachment.

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  4. A terra desse anônimo a julgar por ele não vale nada , outro para pendurar no governo já que não trabalham e ficam esparramando as merdas que só uma pessoa igual a essa , loser, sabe produzir

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  5. Pura inveja - já sabemos qual a classe pertence, vagabundo à espera alguém para sustenta-lo já só produz merda.
    Criatura mixuruca e invejosa eu já vi crianças assim.

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  6. Vc é bonitão, e pela sua inteligência vê-se que sua situação financeira está acima da média e isso atrai os invejosos que vivem as custas de partido igual parasitas.

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