Folha de S. Paulo
Identificar e punir redes golpistas será
necessário depois que Bolsonaro deixar o poder
Em duas semanas, um grupo terrorista
organizou dois ataques em Brasília. No dia da diplomação de Lula, criminosos
provocaram depredação, atearam fogo em carros e quase
lançaram um ônibus de um viaduto. Ninguém foi preso. No último
sábado (24), militantes bolsonaristas tentaram
explodir bombas na capital.
O país termina o ano com uma célula
terrorista em atividade. A prisão de George Washington de Oliveira Sousa
frustrou um atentado que tinha o objetivo de reverter a derrota de Jair
Bolsonaro nas urnas, mas outros apoiadores do atual presidente permanecem
impunes e empenhados em seus projetos golpistas.
A ação desses grupos deve dar novo fôlego às investigações conduzidas no STF contra organizadores de atos antidemocráticos. Desmantelar essas células, reduzir os incentivos a novos ataques à democracia e punir os crimes já cometidos continuarão na mira do tribunal em 2023.
Os investigadores ainda precisam
identificar a rede envolvida nos atos criminosos. O empresário que tentou
explodir um caminhão perto do aeroporto de Brasília admite que não agiu
sozinho. Ele diz que organizou o ataque com
integrantes do acampamento bolsonarista em frente ao
quartel-general do Exército.
Uma das prioridades do STF é rastrear o
financiamento dos atos que estimulam um golpe de Estado e fazem ameaças de
violência com motivação política. O empresário preso disse que gastou R$ 160
mil para comprar armas e munições, que seriam distribuídas para outros
militantes.
As investigações ainda poderão
responsabilizar outros personagens que deram apoio aos golpistas. A leniência
do comando dos quartéis e a participação ativa de integrantes do governo
Bolsonaro (como um militar lotado no
Gabinete de Segurança Institucional) são provas de que os militantes
contaram com o respaldo de autoridades.
A corrosão da democracia é um projeto
permanente do bolsonarismo. Investigar e punir os golpistas será necessário mesmo
depois que o atual presidente deixar o poder.
A investigação do STF contra atos antidemocráticos tem que mostrar algum resultado! Já dura um tempo enorme, tem legalidade bastante criticada ou duvidosa, dezenas ou centenas de investigados, mas quase nada mostrou de real. Muitas suspeitas, muitas investigações, muitas decisões polêmicas do ministro Alexandre... Justiça que tanto tarda não é Justiça!
ResponderExcluirAposto uma foto do 'mito' com a 'micheque' vestida com uniforme da PRF, inclusive boné, que aí tem rabo, tem focinho, tem dedo, tem impressão digital, tem cheiro e tem rastro de um anão conhecido como general auaulelê
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