O Globo
Seu maior legado é o que toma posse neste
domingo. Um retrocesso de seis anos para retomada do que já não deu certo, nem
nunca dará
Duas cartas lhe foram endereçadas, aqui
nesta coluna. A primeira, pouco antes da eleição de 2018, contém mais
pensamento mágico que qualquer outra coisa. Dizia: “Você é depositário das
esperanças de milhões e milhões de brasileiros. São pessoas que o admiram ou
apostam em você para nos livrar de um mal maior. Tomara que não estejam
cometendo um equívoco”.
Estavam.
Prosseguia, num misto de sugestão e súplica: “Não entre no toma lá dá cá. Não faça conchavo”. Você entrou. Fez. “Descupinize o Estado. Deixe-o mais leve, mais ágil, mais saudável. Dê um basta nos privilégios; acabe com os feudos, as tetas, as tretas. Desestatize, desburocratize, reforme. Melhore a vida do cidadão. Devolva com saúde, educação, saneamento, infraestrutura e segurança o imposto que ele paga.” Parece psicologia reversa: foi feito exatamente o contrário.
Mais adiante: “Conservadorismo não
significa atraso, intolerância. Não, não precisa ser politicamente correto:
polidez e bom senso resolvem”. Você apostou no linguajar tosco, na
discriminação, na insensatez e amarrou os conceitos de conservador e
reacionário num nó que será duro desatar.
Uma segunda carta, bem mais pé no chão,
veio menos de um ano depois, em 2 de agosto de 2019. O estrago já estava feito:
“Em vez de cauterizar a ferida aberta pela polarização ideológica, o senhor se
empenha em infectá-la”. Nem precisava ser Mãe Dinah para prever o que
aconteceria: “O sentimento anti-PT ajudou a elegê-lo. A repulsa ao seu
comportamento pode trazer o passado de volta. O senhor tem até outubro de 2022
para começar a se portar como um presidente. Não espere chegar lá para refrear
esse falastrão descontrolado. Pode ser tarde demais”. O falastrão só se calou
depois da inevitável, inadiável e merecida derrota.
Um governante cujo mandato termina há de se
perguntar qual terá sido o espólio da sua gestão. Se isso lhe ocorrer, durante
a deserção para a Flórida, aqui vão algumas pistas: desprezo pela cultura e
pelo meio ambiente; metamorfose de cidadãos patriotas em fanáticos conspiracionistas;
descrédito na ciência, na imprensa, nas instituições democráticas. O
insulamento no cenário internacional, ânimo novo à velha política no plano
interno. A bomba-relógio do culto às armas de fogo. O abandono dos valores
cristãos do respeito, do amor ao próximo e da compaixão no momento em que eram
mais necessários — milhares de brasileiros morreram de Covid-19 não por
fatalidade, como em qualquer pandemia, mas por insensibilidade, ignorância e
incompetência suas. Ficou pelo caminho o combate à corrupção e ao fisiologismo
—se é que um dia se deu algum passo nessa direção.
Seu maior legado, entretanto, é o que toma
posse neste domingo, 1º de janeiro. Um retrocesso de seis anos para retomada do
que já não deu certo, nem nunca dará. Que talvez não revogue seus sigilos nem
vá fundo na investigação de seus crimes — mas fará o possível para desmantelar
o pouco que se modernizou neste país desde 2016: o marco do saneamento, a
reforma trabalhista, as tímidas privatizações. Os parcos avanços liberais serão
perdidos, e a expressão “liberal” continuará a ser demonizada.
Que o retorno à irrelevância lhe seja leve.
Esse pessoal vive numa fantasia. Claro q o Affonso não é gado típico de plantão em QG e adepto de banheiro químicos. Mas a fixação pelo liberalismo o prende a quimera. Sempre q tentam liberar, o Brasil piora. Não sou eu quem diz, a realidade. Piorou com o golpe de 64 e, reconhecido pelo autor, agora com o genocida.
ResponderExcluirSua fixação fantasiosa é desmentida pelo fato de q os governos LULA foram os melhores tempos do Brasil - as pesquisas confirmam isso: LULA saiu com 87% de aprovação. Como isso pode ser retrocesso?
Ah, entendi. O Afonso está nos 13% q não aprovam - por isso passou no filtro do império Globo, donde espalha sua fantasia.
"Seu maior legado é o que toma posse neste domingo. Um retrocesso de seis anos para retomada do que já não deu certo, nem nunca dará"
ResponderExcluirO q não deu certo é o q vc defende, o fascista é seu liberalismo.
2 cartas ao pré-GENOCIDA...
ResponderExcluirAs 2 cartas do colunista foram escritas antes do miliciano mentiroso se tornar o GENOCIDA que matou e deixou morrer mais de 400 mil brasileiros após o início da pandemia de Covid-19, CIDADÃOS que NÃO PRECISARIAM ter morrido se seu DESgoverno tivesse adotado minimamente as RECOMENDAÇÕES DA OMS SEGUIDAS NO MUNDO TODO!! Que não morreriam se o GENOCIDA não tivesse boicotado as ações do seu próprio Ministério da Saúde, se o canalha não tivesse combatido as máscaras e as vacinas, se o maldito não tivesse prescrito cloroquina e outros medicamentos INEFICAZES contra o vírus, se o canalha não tivesse subestimado a PANDEMIA tratando-a como se fosse GRIPEZINHA...
Eduardo descreve razoavelmente a situação LAMENTÁVEL deixada pelo MINTO FUJÃO, mas foi incapaz de perceber o desastre que seria este DESgoverno e é ainda incapaz de perceber as possíveis melhorias que já estão chegando com o novo governo Lula.
Com eleitores do naipe destes anônimos, o Brasil não tem chance nenhuma de dar certo. Esquecem da maior recessão da história, desemprego em alta, desequilíbrio das contas públicas para elogiar o corrupto que promoveu as políticas que desembocaram nessa tragédia. Quando as políticas nefastas se exaurem, chamam os liberais para consertar a bagunça e preparar mais um ciclo desastroso de populismo. É a sina do países subdesenvolvidos.
ResponderExcluirRá, não sabe ler, s. Jorge?. Disse acima 87%!
ExcluirRepito: oi-ten-ta-e-se-te! Soletrei corretamente?
E o bozo liberal, como defendem vc e o Affonso: menos de 40%.
Repito: menos de qua-ren-ta!
Claro, tirando a fome, a inflação, crescimento mais bx do q a média, roubo no bolsolão, enfim tirando o q foi ruim no desgoverno do palerma, NÃO SOBRA NADA.
Aprenda. A-PREN-DA. Lula tentou acabar com a lava-jato.
SÓ QUEM CONSEGUIU FOI O BOLSONARO.
APRENDEU?
Tava funcionando. Vieram os manés liberais e o HOMI FUGIU DEPOIS DE DAR "GOPI" e destruir o Brasil. Chamem os petistas. Estes liberais só se mantêm no poder com "gopi".
ExcluirSe fizessem um bom trabalho, não teriam FICADI COM APENAS 4 ANOS.
TODOS, TODOS, REPITO, TODOS, TODOS, SE REELEGERAM MENOS
MENOS...
MENOS...
SEU LIBERAL!
ADMITA!
Aliás, liberal na saúde é um câncer.
Sr. JORGE MARIANO, o sr. é a favor das vacinas? Seu apoiado é contra.
Pra ser liberal, a terra tem q ser chata?
Qual sua opinião, sr. JORGE, sobre o art. 142 da CF? ELE DA DIREITO A GOPI?
Pesquisa Datafolha não vale de nada. Posso estar equivocado, mas não lembro do corrupto ou seus postes terem ganhado eleição no primeiro turno.
ResponderExcluirOutro despropósito é considerar que liberais tenham aplaudido as idiotices de Bolsonaro; mas o desempenho econômico sob a coordenação de Paulo Guedes foi bem razoável, muito melhor do que o resultado deixado pelo PT ao fim de 14 anos (são números que não podem ser refutados pela demagogia); faltou uma reforma tributária progressiva que o PT não fez durante seu tempo para não desagradar aos banqueiros que lhe davam apoio; se fizerem agora, especialmente a reforma de Bernard Appy, terão meu aplauso.
Quanto a reeleição, acho que deixei o argumento bem claro: populistas iludem eleitores anônimos com políticas públicas irresponsáveis até o limite e botam a conta nas costas daqueles que consertam os desatinos. Em países subdesenvolvidos com baixa educação, como nosso caso, os eleitores não percebem a farsa e caem na armadilha. É um ciclo perverso que se repete!
MBL - Movimento Brasil Livre é um movimento político brasileiro liberal conservador e vinculado à direita, ativo desde 2014. Em seu manifesto, cita cinco objetivos: "imprensa livre e independente, liberdade econômica, separação de poderes, eleições livres e idôneas e fim de subsídios diretos e indiretos para ditaduras".
ExcluirO MBLapoiou o genocida desde o início. OS LIBERAIS O APOIARAM EM GERAL. Maaaaaas, filho feio NÃO tem pai.
POR QUE APOIARAM O PALERMA AO INVÉS DE UM HOMEM COMO HADDAD? Liberal rima com aventureiro. Assumiram o risco e o Brasil está em péssimas condições econômicas - terra arrasada.
O sr. diz: "Outro despropósito é considerar que liberais tenham aplaudido as idiotices de Bolsonaro."
Eu digo; só um idiota pra apoiar outro idiota!
Desculpe minha última frase, s. Jorge. Me excedi, não posso apagar. Ignore-a.
ExcluirLiberais têm sua agenda. Implantá-la a qq preço não é solução. O genocida era conhecido, NÃO FALTARAM AVISOS. Liberais saíram do aceitável ao apoiar um expulso das FA. O desespero não é bom conselheiro. Aprendam a esperar e, da próxima vez, apoiem o PT se do outro lado for um louco.
ExcluirContinue com suas
Excluirboas maneiras elas falarão por você onde estiver em qualquer ambiente.Também engrandecerá sua mãe e o meio que nasceu. No mundo globalizado e conectado isso representa o único cartão de apresentação válido, além de que é muito bom conviver com pessoas que ainda não perderam a ternura.’Em qualquer lugar que for as pessoas tratarão você bem, é impossível não ceder ao seu encanto. Obrigado por ter me dado o prazer de saber que ainda existem pessoas bem educadas no mundo, iguais a você.
Quem derrotou o Bozo foi na verdade o auxiliar de ditadura Pinochet o Paulo Jegue que corrompeu as leis brasileiras e junto do Centrão proporcionou um show de abstrações jamais visto. Achar pessoas que defendem esse governo sem lei e sem alma, baseado na perseguição pura e simples é desconhecer a legislação pública completamente. Somente um aventureiro seria capaz de promover tantos atos aleatórios à disciplina, regularidade e bom senso das leis brasileiras, substituídas pelo tudo podemos com o auxílio do centrão. Um governo desses jamais poderia dar certo. Quem diz o contrário é porque nunca entendeu como o estado funciona. Desfeita essa harmônica condição é demolir a base de como funciona a Legislação pública. As ruínas que o Jegue cafajeste deixou, se persistirem, não se recuperam mais porque essa criminosa ação com o aval do centrão abriu um precedente de incalculável prejuízo ao funcionamento
ResponderExcluirdo setor público em defesa da legalidade.O jegue agiu como se estivesse em uma ditadura, testando coisas, criando taxas indevidas , aberracoes alternativas de acordo com sua cabeça. Desprezaria tudo, como fez com o compulsório, que se colocasse em seu caminho para bajular o chefe. Ele e a sua insensata vontade tinha que prevalecer sobre limites legais. E o Bozo assistindo a tudo na sua eterna ignorância.
Jegue criou taxações que revistas pelo judiciário foram extintas. A pergunta: devolveram as taxas ilegais aos contribuintes forçados a pagar ilegalmente? Estás brincando, não conhecem o Jegue? Ele é muito criativo só para as coisas do mal
ResponderExcluirQuem se associa a um indivíduo desses é para fazer trambiques, com certeza boa coisa não é, pois sua expertise é ser trambiqueiro a serviço .
ResponderExcluirOs argumentos são inteligentes,ao menos são pessoas que sabem escrever.
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