Folha de S. Paulo
Sequência consistente de decisões e
estímulo ao garimpo ampliaram risco histórico à saúde indígena
Um governante omisso pode alcançar a proeza
de transformar um problema histórico numa crise grave, praticamente sem fazer
esforço. Mas a negligência se torna quase uma virtude quando comparada a ações
capazes de produzir uma tragédia.
A política do ex-presidente Jair Bolsonaro para os povos indígenas causaria inveja a países liderados por políticos puramente incompetentes. A situação dramática registrada na terra yanomami é o reflexo de uma sequência consistente de decisões tomadas para favorecer atividades ilegais e ampliar a vulnerabilidade dos povos que vivem na região.
Se Bolsonaro tivesse apenas ignorado
programas e órgãos responsáveis pela área, os yanomamis seriam obrigados a
conviver com um cenário crítico que conhecem há décadas, mas os estragos teriam
sido menores. O governo não só desmontou essa rede de proteção como deu
incentivo a atores que representam uma ameaça à saúde desses povos.
Bolsonaro sempre direcionou um estímulo
claro ao garimpo em terras indígenas, mesmo quando essa atividade se dava fora
da lei. O presidente e seus auxiliares dificultaram a fiscalização e deram
declarações que garantiam impunidade a quem pretendia invadir a região.
Diversos fatores causaram prejuízo à saúde
dos yanomamis ao longo dos anos, mas o garimpo ilegal tem um impacto agudo
sobre essa população. "É o agravamento de uma crise que tem origens
históricas", diz o médico Paulo César Basta, especialista em saúde dos
povos indígenas.
A contaminação por mercúrio, a proliferação
de mosquitos
transmissores de doenças como a malária, a fuga de animais de caça, o
desvio do curso de rios, a restrição do espaço de cultivo de alimentos e a
introdução de drogas e álcool nas comunidades são alguns dos efeitos observados
nas regiões de garimpo.
Assim como no meio ambiente, na gestão da
pandemia e em outras áreas, o governo Bolsonaro escolheu um caminho que ampliou
os riscos à população. Sua responsabilidade vai muito além da omissão.
Bolsonaro foi garimpeiro em Serra Pelada, isso explica um pouco, o resto fica pela sua vocação Nazi. Se continuasse impunimente a fazer suas maldades, juntamente com o Jegue, auxiliar do pior ditador, depois do Hitler, Pinochet, certamente seríamos uma nação igual, ou pior que nazi/Alemanha
ResponderExcluirPinochet mestre do Jegue.
ResponderExcluirQuase PERFEITO! Só faltou dizer: Bolosonaro GENOCIDA! Esta coluna mostra um dos vários argumentos que levam ao genocídio provocado por um DESgoverno criminoso e mal intencionado! Na questão indígena, explorada aqui, na questão ambiental, na militarização da pandemia, etc. Não é só incompetência, omissão e negligência! Ocorreram CRIMES INTENCIONAIS, sim!
ResponderExcluirO assunto do momento,espero que resolvam a situação dos povos originários.
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