O Estado de S. Paulo
Eleitores desconfiam do Judiciário quando este pune o político que amam
Temos observado uma completa inversão na
percepção dos eleitores brasileiros em relação à confiança que depositam no
Judiciário.
Quando o STF deu suporte à Lava Jato, com
sua estratégia coordenada de atuação entre juízes, procuradores e
investigadores, atingindo resultados sem precedentes na luta contra a
corrupção, com a recuperação de recursos vultosos e a imposição de perdas
judiciais não triviais às principais lideranças do PT, os eleitores de esquerda
rejeitavam a atuação coordenada da Justiça.
Acreditavam que tais ações coordenadas, embora aumentassem a eficiência no combate à corrupção, poderiam colocar em risco os direitos individuais dos acusados. Por outro lado, os eleitores de direita apoiaram de forma consistente as ações coordenadas da Lava Jato que aumentassem a eficiência dos agentes da Justiça contra a corrupção, mesmo que os direitos individuais dos acusados pudessem vir a ser prejudicados.
Esses resultados foram obtidos em pesquisa
de opinião experimental que desenvolvi em parceria com Mariana Furuguem em
2021. Enquanto os eleitores de esquerda rejeitaram as iniciativas coordenadas
da Lava Jato, os eleitores de direita apoiaram fortemente.
O jogo parece ter virado com a atuação do
STF, especialmente a postura firme do ministro Alexandre de Moraes (também
presidente do TSE), durante e após as eleições de 2022, contra “fake news”,
mesmo quando esta, para alguns, se confunda com censura prévia em nome da
democracia.
Os resultados da pesquisa Atlasintel-jota
sugerem que os eleitores de direita, outrora punitivistas, ficaram mais
“garantistas”. Por outro lado, os eleitores de esquerda, “garantistas” durante
a Lava Jato, ficaram mais “punitivistas”.
A sociedade brasileira está bastante
dividida em relação ao nível de confiança na atuação dos ministros do STF.
Enquanto 45% dos respondentes confiam nos seus juízes, 44% desconfiam e 11% não
sabem.
Entretanto, quando foi levado em
consideração como os respondentes votaram no primeiro turno da eleição
presidencial de 2022, fica estampado o efeito da polarização na avaliação que
os eleitores fazem da Justiça. Enquanto 81% dos eleitores que votaram em Lula
confiam no STF, 91% dos que votaram em Bolsonaro não confiam na Suprema Corte.
Parece que eleitores tendem a confiar mais
no Judiciário quando sua atuação impõe perdas ao partido ou candidato que
rejeitam, mas imediatamente atacam o Judiciário quando a atuação independente
do juiz prejudica o partido ou o candidato que amam.
Confio nos ministros do STF mais antigos! Não confio nos 2 ministros bolsonaristas indicados pelo GENOCIDA!
ResponderExcluirNao confio de jeito algum, para mim estão envolvidos com compras de decisões, principalmente o Gilmar, e outras falcatruas mais. Nenhum vale a pena para mim. Essa opinião eu tenho há muitos anos não nasceu hoje.
ResponderExcluirQuer saber com certeza? Segue o dinheiro e faz uma Lava Jato no STF, não sobra um, e se tratando de regalias e regra bofes então, que dirá as viagens por conta do deslinguado erário?
ResponderExcluirDesmilinguido, quei dizer o que o erário é.
ExcluirLula sabe das coisas do Gilmar, ameaçou de falar mas não falou.
ResponderExcluirRegabofe
ResponderExcluirPois é...
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