Esta é a íntegra do discurso de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso Nacional.
“Pela terceira
vez compareço a este Congresso Nacional para
agradecer ao povo brasileiro o voto de confiança que recebemos. Renovo o
juramento de fidelidade à Constituição da República, junto com o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros que
conosco vão trabalhar pelo Brasil.
Se estamos aqui,
hoje, é graças à consciência política da sociedade brasileira e à frente
democrática que formamos ao longo desta histórica campanha eleitoral.
Foi a democracia
a grande vitoriosa nesta eleição, superando a maior mobilização de recursos
públicos e privados que já se viu; as mais violentas ameaças à liberdade do
voto, a mais abjeta campanha de mentiras e de ódio tramada para manipular e
constranger o eleitorado.
Nunca os
recursos do estado foram tão desvirtuados em proveito de um projeto autoritário
de poder. Nunca a máquina pública foi tão desencaminhada dos controles
republicanos. Nunca os eleitores foram tão constrangidos pelo poder econômico e
por mentiras disseminadas em escala industrial.
Apesar de tudo,
a decisão das urnas prevaleceu, graças a um sistema eleitoral
internacionalmente reconhecido por sua eficácia na captação e apuração dos
votos. Foi fundamental a atitude corajosa do Poder Judiciário,
especialmente do Tribunal Superior Eleitoral, para
fazer prevalecer a verdade das urnas sobre a violência de seus detratores.
Queridos amigos
e amigas,
Ao retornar a este plenário da Câmara dos Deputados, onde participei da Assembleia Constituinte de 1988, recordo com emoção os embates que travamos aqui, democraticamente, para inscrever na Constituição o mais amplo conjunto de direitos sociais, individuais e coletivos, em benefício da população e da soberania nacional.
Vinte anos
atrás, quando fui eleito presidente pela primeira vez, ao lado do companheiro
vice-presidente José Alencar, iniciei o discurso de posse com a palavra
“mudança”. A mudança que pretendíamos era simplesmente concretizar os preceitos
constitucionais. A começar pelo direito à vida digna, sem fome, com acesso ao
emprego, saúde e educação.
Disse, naquela
ocasião, que a missão de minha vida estaria cumprida quando cada brasileiro e
brasileira pudesse fazer três refeições por dia.
Ter de repetir
este compromisso no dia de hoje – diante do avanço da miséria e do regresso da
fome, que havíamos superado – é o mais grave sintoma da devastação que se impôs
ao país nos anos recentes.
Hoje, nossa
mensagem ao Brasil é de esperança e reconstrução. O grande edifício de
direitos, de soberania e de desenvolvimento que esta Nação levantou, a partir
de 1988, vinha sendo sistematicamente demolido nos anos recentes. É para
reerguer este edifício de direitos e valores nacionais que vamos dirigir todos
os nossos esforços.
Senhoras e
senhores,
Em 2002,
dizíamos que a esperança tinha vencido o medo, no sentido de superar os temores
diante da inédita eleição de um representante da classe trabalhadora para
presidir os destinos do país. Em oito anos de governo deixamos claro que os
temores eram infundados. Do contrário, não estaríamos aqui novamente.
Ficou
demonstrado que um representante da classe trabalhadora podia, sim, dialogar
com a sociedade para promover o crescimento econômico de forma sustentável e em
benefício de todos, especialmente dos mais necessitados. Ficou demonstrado que
era possível, sim, governar este país com a mais ampla participação social,
incluindo os trabalhadores e os mais pobres no orçamento e nas decisões de
governo.
Ao longo desta
campanha eleitoral vi a esperança brilhar nos olhos de um povo sofrido, em
decorrência da destruição de políticas públicas que promoviam a cidadania, os
direitos essenciais, a saúde e a educação. Vi o sonho de uma Pátria generosa,
que ofereça oportunidades a seus filhos e filhas, em que a solidariedade ativa
seja mais forte que o individualismo cego.
O diagnóstico
que recebemos do Gabinete de Transição de Governo é
estarrecedor. Esvaziaram os recursos da Saúde.
Desmontaram a
Educação, a Cultura, a Ciência e Tecnologia. Destruíram a proteção ao Meio
Ambiente. Não deixaram recursos para a merenda escolar, a vacinação, a
segurança pública, a proteção às florestas, a assistência social.
Desorganizaram a
governança da economia, dos financiamentos públicos, do apoio às empresas, aos
empreendedores e ao comércio externo. Dilapidaram as estatais e os bancos
públicos; entregaram o patrimônio nacional. Os recursos do país foram rapinados
para saciar a estupidez dos rentistas e de acionistas privados das empresas
públicas.
É sobre estas
terríveis ruínas que assumo o compromisso de, junto com o povo brasileiro,
reconstruir o país e fazer novamente um Brasil de todos e para todos.
Senhoras e
senhores,
Diante do
desastre orçamentário que recebemos, apresentamos ao Congresso Nacional
propostas que nos permitam apoiar a imensa camada da população que necessita do
Estado para, simplesmente, sobreviver.
Agradeço à
Câmara e ao Senado pela sensibilidade frente às urgências do povo brasileiro.
Registro a atitude extremamente responsável do Supremo Tribunal Federal e do
Tribunal de Contas da União frente às situações que distorciam a harmonia dos
poderes.
Assim fiz porque
não seria justo nem correto pedir paciência a quem tem fome. Nenhuma nação se
ergueu nem poderá se erguer sobre a miséria de seu povo.
Os direitos e
interesses da população, o fortalecimento da democracia e a retomada da
soberania nacional serão os pilares de nosso governo.
Este compromisso
começa pela garantia de um Programa Bolsa Família renovado,
mais forte e mais justo, para atender a quem mais necessita. Nossas primeiras
ações visam a resgatar da fome 33 milhões de pessoas e resgatar da pobreza mais
de 100 milhões de brasileiras e brasileiros, que suportaram a mais dura carga
do projeto de destruição nacional que hoje se encerra.
Senhoras e
senhores,
Este processo
eleitoral também foi caracterizado pelo contraste entre distintas visões de
mundo. A nossa, centrada na solidariedade e na participação política e social
para a definição democrática dos destinos do país. A outra, no individualismo,
na negação da política, na destruição do Estado em nome de supostas liberdades
individuais.
A liberdade que
sempre defendemos é a de viver com dignidade, com pleno direito de expressão,
manifestação e organização.
A liberdade que
eles pregam é a de oprimir o vulnerável, massacrar o oponente e impor a lei do
mais forte acima das leis da civilização. O nome disso é barbárie.
Compreendi,
desde o início da jornada, que deveria ser candidato por uma frente mais ampla
do que o campo político em que me formei, mantendo o firme compromisso com
minhas origens. Esta frente se consolidou para impedir o retorno do
autoritarismo ao país.
A partir de
hoje, a Lei de Acesso à Informação voltará a ser cumprida, o Portal da
Transparência voltará a cumprir seu papel, os controles republicanos voltarão a
ser exercidos para defender o interesse público.
Não carregamos
nenhum ânimo de revanche contra os que tentaram subjugar a Nação a seus
desígnios pessoais e ideológicos, mas vamos garantir o primado da lei. Quem
errou responderá por seus erros, com direito amplo de defesa, dentro do devido
processo legal.
O mandato que
recebemos, frente a adversários inspirados no fascismo, será defendido com os
poderes que a Constituição confere à democracia. Ao ódio, responderemos com
amor. À mentira, com a verdade. Ao terror e à violência, responderemos com a
Lei e suas mais duras consequências.
Sob os ventos da
redemocratização, dizíamos: ditadura nunca mais! Hoje, depois do terrível
desafio que superamos, devemos dizer: democracia para sempre!
Para confirmar
estas palavras, teremos de reconstruir em bases sólidas a democracia em nosso
país. A democracia será defendida pelo povo na medida em que garantir a todos e
a todas os direitos inscritos na Constituição.
Senhoras e
senhores,
Hoje mesmo estou
assinando medidas para reorganizar as estruturas do Poder Executivo, de modo
que voltem a permitir o funcionamento do governo de maneira racional,
republicana e democrática. Para resgatar o papel das instituições do estado,
bancos públicos e empresas estatais no desenvolvimento do país. Para planejar
os investimentos públicos e privados na direção de um crescimento econômico
sustentável, ambientalmente e socialmente.
Em diálogo com
os 27 governadores, vamos definir prioridades para retomar obras
irresponsavelmente paralisadas, que são mais de 14 mil no país. Vamos retomar o
Minha Casa Minha Vida e estruturar um novo PAC para gerar empregos na
velocidade que o Brasil requer. Buscaremos financiamento e cooperação –
nacional e internacional – para o investimento, para dinamizar e expandir o
mercado interno de consumo, desenvolver o comércio, exportações, serviços,
agricultura e a indústria.
Os bancos
públicos, especialmente o BNDES, e as empresas
indutoras do crescimento e inovação, como a Petrobras, terão
papel fundamental neste novo ciclo.
Ao mesmo tempo,
vamos impulsionar as pequenas e médias empresas, potencialmente as maiores
geradoras de emprego e renda, o empreendedorismo, o cooperativismo e a economia
criativa.
A roda da
economia vai voltar a girar e o consumo popular terá papel central neste
processo.
Vamos retomar a
política de valorização permanente do salário-mínimo. E estejam certos de que
vamos acabar, mais uma vez, com a vergonhosa fila do INSS, outra injustiça restabelecida nestes tempos de
destruição.
Vamos dialogar,
de forma tripartite – governo, centrais sindicais e empresariais – sobre uma
nova legislação trabalhista. Garantir a liberdade de empreender, ao lado da
proteção social, é um grande desafio nos tempos de hoje.
Senhoras e
senhores,
O Brasil é
grande demais para renunciar a seu potencial produtivo. Não faz sentido
importar combustíveis, fertilizantes, plataformas de petróleo,
microprocessadores, aeronaves e satélites. Temos capacidade técnica, capitais e
mercado em grau suficiente para retomar a industrialização e a oferta de
serviços em nível competitivo.
O Brasil pode e
deve figurar na primeira linha da economia global.
Caberá ao estado
articular a transição digital e trazer a indústria brasileira para o Século
XXI, com uma política industrial que apoie a inovação, estimule a cooperação
público-privada, fortaleça a ciência e a tecnologia e garanta acesso a
financiamentos com custos adequados.
O futuro
pertencerá a quem investir na indústria do conhecimento, que será objeto de uma
estratégia nacional, planejada em diálogo com o setor produtivo, centros de
pesquisa e universidades, junto com o Ministério de Ciência,
Tecnologia e Inovação, os bancos públicos, estatais e agências de
fomento à pesquisa.
Nenhum outro
país tem as condições do Brasil para se tornar uma grande potência ambiental, a
partir da criatividade da bioeconomia e dos empreendimentos da
socio-biodiversidade. Vamos iniciar a transição energética e
ecológica para uma agropecuária e
uma mineração sustentáveis, uma agricultura familiar mais forte, uma indústria
mais verde.
Nossa meta é
alcançar desmatamento zero na Amazônia e emissão zero de
gases do efeito estufa na matriz elétrica, além de
estimular o reaproveitamento de pastagens degradadas. O Brasil não precisa
desmatar para manter e ampliar sua estratégica fronteira agrícola.
Incentivaremos,
sim, a prosperidade na terra. Liberdade e oportunidade de criar, plantar e
colher continuará sendo nosso objetivo. O que não podemos admitir é que seja
uma terra sem lei. Não vamos tolerar a violência contra os pequenos, o
desmatamento e a degradação do ambiente, que tanto mal já fizeram ao país.
Esta é uma das
razões, não a única, da criação do Ministério dos Povos Indígenas.
Ninguém conhece melhor nossas florestas nem é mais capaz de defendê-las do que
os que estavam aqui desde tempos imemoriais. Cada terra demarcada é uma nova
área de proteção ambiental. A estes brasileiros e brasileiras devemos respeito
e com eles temos uma dívida histórica.
Vamos revogar
todas as injustiças cometidas contra os povos indígenas.
Queridos amigos
e amigas,
Uma nação não se
mede apenas por estatísticas, por mais impressionantes que sejam. Assim como um
ser humano, uma nação se expressa verdadeiramente pela alma de seu povo. A alma
do Brasil reside na diversidade inigualável da nossa gente e das nossas
manifestações culturais.
Estamos
refundando o Ministério da Cultura, com a
ambição de retomar mais intensamente as políticas de incentivo e de acesso aos
bens culturais, interrompidas pelo obscurantismo nos últimos anos.
Uma política
cultural democrática não pode temer a crítica nem eleger favoritos. Que brotem
todas as flores e sejam colhidos todos os frutos da nossa criatividade. Que
todos possam dela usufruir, sem censura nem discriminações.
Não é admissível
que negros e pardos continuem sendo a maioria pobre e oprimida de um país
construído com o suor e o sangue de seus ascendentes africanos. Criamos o Ministério da Promoção da Igualdade Racial para
ampliar a política de cotas nas universidades e no serviço público, além de
retomar as políticas voltadas para o povo negro e pardo na saúde, educação e
cultura.
É inadmissível
que as mulheres recebam menos que os homens, realizando a mesma função. Que não
sejam reconhecidas em um mundo político machista. Que sejam assediadas
impunemente nas ruas e no trabalho. Que sejam vítimas da violência dentro e
fora de casa. Estamos refundando também o Ministério das Mulheres para
demolir este castelo secular de desigualdade e preconceito.
Não existirá
verdadeira justiça num país em que um só ser humano seja injustiçado. Caberá
ao Ministério dos Direitos Humanos zelar e agir para
que cada cidadão e cidadã tenha seus direitos respeitados, no acesso aos
serviços públicos e particulares, na proteção frente ao preconceito ou diante
da autoridade pública. Cidadania é o outro nome da democracia.
O Ministério da Justiça e da Segurança Pública atuará
para harmonizar os Poderes e entes federados no objetivo de promover a paz onde
ela é mais urgente: nas comunidades pobres, no seio das famílias vulneráveis ao
crime organizado, às milícias e à violência, venha ela de onde vier.
Estamos
revogando os criminosos decretos de ampliação do acesso a armas e munições, que tanta insegurança e
tanto mal causaram às famílias brasileiras. O Brasil não quer mais armas; quer
paz e segurança para seu povo.
Sob a proteção
de Deus, inauguro este mandato reafirmando que no Brasil a fé pode estar
presente em todas as moradas, nos diversos templos, igrejas e cultos. Neste
país todos poderão exercer livremente sua religiosidade.
Senhoras e
senhores,
O período que se
encerra foi marcado por uma das maiores tragédias da história: a pandemia de Covid-19. Em nenhum outro país a
quantidade de vítimas fatais foi tão alta proporcionalmente à população quanto
no Brasil, um dos países mais preparados para enfrentar emergências sanitárias,
graças à competência do nosso Sistema Único de Saúde.
Este paradoxo só
se explica pela atitude criminosa de um governo negacionista, obscurantista e
insensível à vida. As responsabilidades por este genocídio hão de ser apuradas
e não devem ficar impunes.
O que nos cabe,
no momento, é prestar solidariedade aos familiares, pais, órfãos, irmãos e
irmãs de quase 700 mil vítimas da pandemia.
O SUS é provavelmente a mais democrática das
instituições criadas pela Constituição de 1988. Certamente por isso foi a mais
perseguida desde então, e foi, também, a mais prejudicada por uma estupidez
chamada Teto de Gastos, que haveremos de revogar.
Vamos recompor
os orçamentos da Saúde para garantir a assistência básica, a Farmácia Popular, promover o acesso à medicina
especializada. Vamos recompor os orçamentos da Educação, investir em mais
universidades, no ensino técnico, na universalização do acesso à internet, na
ampliação das creches e no ensino público em tempo integral.
Este é o
investimento que verdadeiramente levará ao desenvolvimento do país.
O modelo que
propomos, aprovado nas urnas, exige, sim, compromisso com a responsabilidade, a
credibilidade e a previsibilidade; e disso não vamos abrir mão. Foi com
realismo orçamentário, fiscal e monetário, buscando a estabilidade, controlando
a inflação e respeitando contratos que governamos este país.
Não podemos
fazer diferente. Teremos de fazer melhor.
Senhoras e
senhores,
Os olhos do
mundo estiveram voltados para o Brasil nestas eleições. O mundo espera que o
Brasil volte a ser um líder no enfrentamento à crise
climática e um exemplo de país social e ambientalmente
responsável, capaz de promover o crescimento econômico com distribuição de
renda, combater a fome e a pobreza, dentro do processo democrático.
Nosso
protagonismo se concretizará pela retomada da integração sul-americana, a
partir do Mercosul, da revitalização da Unasul e demais instâncias de articulação soberana
da região. Sobre esta base poderemos reconstruir o diálogo altivo e ativo com
os Estados Unidos, a Comunidade Europeia,
a China, os países do Oriente e
outros atores globais; fortalecendo os BRICS, a
cooperação com os países da África e
rompendo o isolamento a que o país foi relegado.
O Brasil tem de
ser dono de si mesmo, dono de seu destino. Tem de voltar a ser um país
soberano. Somos responsáveis pela maior parte da Amazônia e por vastos biomas, grandes aquíferos,
jazidas de minérios, petróleo e fontes de energia limpa. Com soberania e
responsabilidade seremos respeitados para compartilhar essa grandeza com a
humanidade – solidariamente, jamais com subordinação.
A relevância da
eleição no Brasil refere-se, por fim, às ameaças que o modelo democrático vem
enfrentando. Ao redor do planeta, articula-se uma onda de extremismo
autoritário que dissemina o ódio e a mentira por meios tecnológicos que não se
submetem a controles transparentes.
Defendemos a
plena liberdade de expressão, cientes de que é urgente criarmos instâncias
democráticas de acesso à informação confiável e de responsabilização dos meios
pelos quais o veneno do ódio e da mentira são inoculados. Este é um desafio
civilizatório, da mesma forma que a superação das guerras, da crise climática,
da fome e da desigualdade no planeta.
Reafirmo, para o
Brasil e para o mundo, a convicção de que a Política, em seu mais elevado
sentido – e apesar de todas as suas limitações – é o melhor caminho para o
diálogo entre interesses divergentes, para a construção pacífica de consensos.
Negar a política, desvalorizá-la e criminalizá-la é o caminho das tiranias.
Minha mais
importante missão, a partir de hoje, será honrar a confiança recebida e
corresponder às esperanças de um povo sofrido, que jamais perdeu a fé no futuro
nem em sua capacidade de superar os desafios. Com a força do povo e as bênçãos
de Deus, haveremos der reconstruir este país.
Viva a
democracia!
Viva o povo
brasileiro!
Muito obrigado.”
Que discurso longo, é de dar canseira, tal como era antigamente. Só espero que cumpra e não faça como FHC, esqueça o que eu disser.
ResponderExcluirReinaldo Azevedo também reclamou do tamanho do discurso,mas elogiou o conteúdo.
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