O Estado de S. Paulo
A relação entre Lula e os militares está num ponto crítico
O princípio da autoridade depende do
respeito entre quem manda e quem obedece. Inversamente, desconfiança mútua
corrói a capacidade de dar ordens e dificulta que sejam cumpridas.
É o ponto em que está no momento a relação
entre Lula e os militares.
Os resultados que isto produz estão em
Command, mais uma obra monumental de Sir Lawrence Freedman (do clássico
Strategy), do King’s College de Londres, que acaba de ser publicada. O foco é
entender como a relação entre autoridades civis e militares condiciona decisões
de todo tipo, sobretudo em guerras.
“Os que dão as ordens deveriam ter a autoridade que traz o respeito de subordinados”, escreve Freedman. “Autoridade é algo a ser conquistado, não para ser dada como certa – e isso vale para os civis e para os generais.”
A autoridade de um chefão de sindicato pode
ser exercida com um murro na mesa. Mas Lula tem experiência suficiente como
presidente para saber que a autoridade constitucional de comandante em chefe
das Forças Armadas é mais ampla e sofisticada, pois envolve duas formidáveis
instituições de Estado.
“Pôr os militares no seu lugar” ou
“devolver os generais aos quartéis” são frases de efeito que comovem a
militância. E produzem o resultado contrário do que se pretende, isto é,
estabelecer o “engajamento mútuo” entre poder civil e militar num período
político crítico.
Da mesma maneira, generais sabem que, uma
vez desrespeitados hierarquia e códigos internos, as cadeias de comando são
fortemente abaladas. É o que aconteceu no episódio no qual o general Pazuello
não foi punido por ter participado de manifestação política com Bolsonaro.
De lá para cá a “contaminação” bolsonarista
nas Forças só piorou. Trata-se essencialmente do estado interno das cadeias de
comando e sua relação com a autoridade civil. O fenômeno é amplo e preocupante
pelo fato de integrantes de alta hierarquia militar aceitarem pro forma a figura
institucional do atual presidente, mas duvidando da lisura da eleição e
questionando o papel de tribunais superiores.
Do outro lado, o entorno de Lula reforça
nele cacoetes que, por exemplo, o fazem se referir ao Comando Militar do
Sudeste ainda como “2.º Exército” (uma das sedes do DOI-CODI na ditadura). Com
consequências severas: o entorno de Lula não quer mais militares ao seu redor,
de patente alguma (são considerados até risco à segurança física do
presidente), reiterando profunda desconfiança na instituição, e não só em
indivíduos.
“Pacificação”, como reitera o atual
ministro da Defesa, é condição necessária, porém não suficiente para tirar a
relação presidente-militares do atual estágio, que é o da falta de respeito
mútuo. Está sobrando fígado e faltando cérebro.
"...porém não suficiente para tirar a relação presidente-militares do atual estágio, que é o da falta de respeito mútuo."
ResponderExcluirSeus textos não são bons, Waack. Este estava apenas regular até a sua mentira: não há falta de respeito mútuo. Veja, o Batalhão do Palácio do Planalto, chamado de Caxias, ajudou os terroristas (o coroné responsável, todos vimos, foi chamado de maluco pelos PM).
O GSI anterior do Heleno é máquina golpista. A carreta explosiva foi urdida em frente ao QG do EB de Brasília. E muitos outros, como a ameaça de não bater continência ao Lula feito pelo comandante da Marinha.
A falta de respeito não é de Lula e nem de seu entorno. NAO MINTA!
Como o anônimo apontou corretamente, falta VERDADE no texto deste colunista! E isto é bem frequente!
ResponderExcluirQuem quiser saber sobre militar, recomendo meu artigo Ser militar hoje, neste blog.
ResponderExcluirFalta de visão na política externa, o Brasil apesar de não parecer ainda é um país tacanho e retrógrado. Pergunte para qualquer país se eles passariam sem uma Army.
ResponderExcluirInvistam na política exterior, eis o caminho.
ResponderExcluirWhatsApp é para quem tempo a perder e o país não tem mais, mais conhecimento e menus fofoca, please!
ResponderExcluirLula não respeita os militares,então tá!
ResponderExcluirComo se diz na minha terra, Waak não passa de um 'bosta-rala'
ResponderExcluirChegou o bosta infantil e idiota rala.O doutor em escatologia da faculdade de idiotas.
ResponderExcluirOu,!uma garotinha frustada querendo chamar atenção da galera. Logo eu exponho seu perfil nesse blog, ele está prontinho para dar nome aos bois, não é Marcos? Ele sofre daquele complexo das meninas a respeito dos meninos , inveja “daquilo”, entendeu?
Onde não existe um mínimo de respeito eu caio fora, cansei das inutilidades que aparece em Blogs, eu venho aqui para ganhar experiência e, não,’para mostrar o pior de mim. Esses teimam em povoar o mundo. Paciência, desisto porque a minha esgotou, esgoto é para is que tem vocação.
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