Folha de S. Paulo
Ex-presidente busca disfarce para escapar
de ameaças de inelegibilidade e prisão
Depois de executar um número de
desaparecimento no fim do ano passado, Jair Bolsonaro prepara
mais um truque de ilusionismo. Ao anunciar que pretende voltar ao Brasil em
março para atuar como líder da oposição a Lula, o
ex-presidente mostrou que gostaria de convencer o país a esquecer parte de seus
crimes.
A
entrevista de Bolsonaro ao americano The Wall Street Journal pareceu
parte de um esforço para repaginar alguns de seus atos no poder. Antes de pisar
em solo brasileiro, o ex-presidente tentou desfazer conexões com o golpismo de
8 de janeiro, ajustou o tom dos ataques à eleição e simulou ponderação ao
revisitar sua gestão da pandemia.
As declarações de Bolsonaro poderiam ser interpretadas como uma espécie de defesa prévia em três assuntos que representam algumas das maiores ameaças a sua força eleitoral, seus direitos políticos e, em última instância, sua liberdade.
Na entrevista, Bolsonaro repetiu uma tática
da última campanha e disse que, se tivesse que liderar o país novamente na
pandemia, "não diria nada" e deixaria o assunto nas mãos do
Ministério da Saúde.
Aliados têm convicção de que a conduta do
ex-presidente naquele período foi uma
das principais razões de sua derrota em 2022 e acreditam que ele
precisa se livrar desse peso para preservar sua carreira eleitoral. Além disso,
investigações criminais sobre a atuação de Bolsonaro se tornaram um risco maior
depois que ele perdeu o foro especial.
O ex-presidente também quis disfarçar seu
histórico de ataque às eleições e afirmou que só critica o processo por
considerá-lo parcial. "Não estou dizendo que houve fraude",
declarou, depois
de anos falando em fraude. Para se desvincular da tentativa de golpe
bolsonarista, alegou que "nem estava lá" e acrescentou que
"eles" querem culpá-lo.
Bolsonaro deve saber que não consegue
enganar a Justiça com esses disfarces. "Uma ordem de prisão pode vir do
nada", desabafou. Ainda assim, ele tentará posar de injustiçado para
manter apoio político.
Canalha GENOCIDA fdp!
ResponderExcluirSe tivesse ficado quieto desde o início da pandemia e tivesse deixado o ministro da Saúde MANDETTA prosseguir nas medidas de combate à Covid, o Brasil teria tido no máximo METADE das mortes que teve pela doença! A outra metade (350 mil brasileiros) teria sobrevivido ou nem teria se contaminado se o GENOCIDA não tivesse SABOTADO as medidas do seu ministério da Saúde e também as recomendações da OMS que foram seguidas no resto do mundo.
Canalha GENOCIDA fdp!
Não sou um robô, e Bolsonaro não é um humano normal.
Jesus!
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