A tradição do pensamento liberal está
presente nas obras de Locke, Voltaire, Montesquieu, Rousseau, Adam Smith,
Tocqueville, John Stuart Mill, Von Misses, Hayek, Karl Popper e Milton
Friedman, entre outros.
Esta trajetória nasceu entrelaçada com as quatro grandes revoluções: Revolução Gloriosa, Revolução Americana, Revolução Industrial e Revolução Francesa. O pensamento conservador, discutido no sábado passado, foi mais uma reação ao que julgavam os excessos do liberalismo na ruptura com o passado, os costumes, as tradições e as instituições. Os conservadores, grosso modo, se identificavam mais com os processos de transformação na Inglaterra e nos EUA, que asseguraram, segundo eles, traços de continuidade, do que com os traços disruptivos da Revolução Francesa. Na Inglaterra, onde nasceu o capitalismo, a monarquia foi mantida até hoje em sua versão parlamentarista constitucional.
O pensamento liberal parte do direito
natural que o ser humano teria à vida, à liberdade e à propriedade. A livre
iniciativa de cada indivíduo levaria ao desenvolvimento da sociedade como um
todo. A maior tradução deste princípio está presente na metáfora da “mão
invisível” de Adam Smith, que afirmava que cada um agindo individual e
livremente para obtenção de melhores resultados para si, indiretamente e ainda
que sem a consciência sobre isso, maximizaria os ganhos de todos. Para isso, o
Estado deveria ser mínimo, cuidando apenas das tarefas impossíveis de serem
entregues à sociedade e ao mercado, como a defesa nacional, a garantia do
cumprimento da Constituição e das Leis, a defesa da estabilidade da moeda e a
promoção da livre concorrência.
Os governos deveriam ter poderes
extremamente limitados para não interferir na liberdade política e econômica
dos indivíduos. A política monetária deveria agir consoante ao livre jogo de
mercado, a política fiscal deveria ser austera e prudente, a carga tributária a
menor possível e o mais uniforme concebível, o protecionismo extinto com suas
barreiras e tarifas, o câmbio flutuante, e toda sorte de intervencionismo
evitado (salário mínimo, subsídios setoriais, seguro social obrigatório,
licenciamento profissional, estatização de atividades). A regulação pública
deveria ser discreta nos setores de monopólio técnico natural (energia,
telecomunicações, ferrovias, saneamento). Ou seja, mais sociedade de cidadãos
livres, mais mercado, menos Estado. E o poder descentralizado e desconcentrado.
Mesmo as políticas sociais de educação, saúde e previdência deveriam buscar
idealmente soluções voluntárias de mercado com subsídio às famílias pobres. E
até mesmo um Programa de Renda Mínima, com o imposto de renda negativo, colocar
dinheiro diretamente na mão dos cidadãos livres pobres e não da burocracia
estatal.
Para quem quiser se iniciar no pensamento liberal recomendo a leitura do recente livro de Mario Vargas Llosa, “O Chamado da Tribo”, e os clássicos de Friedrich August Von Hayek, “O Caminho da Servidão” e de Milton Friedman, “Capitalismo e Liberdade”.
hahahahaha simplesmente um retrato sintomático do que é o psdb está aqui escancarado e escarrado na cara de todos aqueles qie querem ver sua verdadeira vocação e fascínio por teóricos que não só não criticar o nazismo como também participaram ativamente no regime ditatorial pinochetista. Mas o que me choca mais, é o partido da social democracia não citar o pai da social democracia, isso mesmo, o cara me escreve um artigo sobre o liberalismo e não cita em momento algum Keynes. Depois ficam papagaiando sobre a terceira via...
ResponderExcluirsó pra continuar na minha linha de raciocínio... talvez keynes seja comunista para não ser honrado pelas palavras do velho psdbista. Me pergunto, será que esse mentecapto ao escrever isso não percebe que isso leva diretamente o psdb no colo dos ancap e por consequência ao paulo guedismo bozonarista? Dá pra entender por que o psdb virou um partido nanico de figuras que tentam disfarçar sua mentalidade anti pobre mas como tem que ser muito polido acabam sendo rejeitados pela massa que os acham nojentinhos e esnobes. Uns por aí que usam pulover.
ResponderExcluirSuponho que Keynes vá aparecer num próximo texto. por se opor ao liberalismo estrito apresentado no texto de hoje. O autor anunciou na semana passada que faria alguns textos em sequência, este é o segundo, outros ainda virão com temas distintos.
ResponderExcluirSuponho também que ao citar hayek, friedman e mises o autor nao tenha muita noção do liberalismo ao recomendar a leitura de autores que apoiem regimes de exceção. O que existe de material e escrito desses mesmos que falei acima passando pano pra ascensão do nazismo e depois a presença do próprio friedman no chile pinochetista é o que mostra a vocação dessa direita que no fundo é fascita. E suponho também caro passador de pano acima que alguém que recomenda essas leituras para se iniciar no liberalismo definitivamente nao sabe o que é liberalismo.
ResponderExcluirCarácoles!
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