Folha de S. Paulo
Os ministros de
seu governo sabiam o que estava acontecendo aos yanomamis
As imagens dos yanomamis em condições subumanas, com as costelas da fome, doentes, agonizantes ou mortos remeteram o mundo às vítimas dos campos de concentração nazistas da Segunda Guerra. Desde o começo da guerra sabia-se da existência desses campos e que eles deviam ser palco de maus-tratos e de mortes de judeus, mas não se tinha a dimensão da tragédia. Foi preciso que, com a rendição da Alemanha, os Aliados penetrassem neles para que fosse conhecido o tamanho do horror.
Da mesma forma,
por mais que se soubesse que Bolsonaro e os militares que ele corrompeu tinham
aberto a Amazônia a um vasto catálogo de bandidos —invasores de terras,
garimpeiros ilegais, desmatadores, assassinos de aluguel, estupradores e
traficantes de drogas, armas e pessoas—, o Brasil não tinha consciência de até
que ponto isso estava atingindo os yanomamis.
É possível que o
povo alemão ou parte dele desconhecesse a realidade dos campos de extermínio ou
não quisesse acreditar neles. Mas, assim como a burocracia nazista sabia o que
se passava, vários ministros de Bolsonaro —pelo menos os do Meio Ambiente, da
Saúde, da Defesa, da Justiça, da Agricultura e da Mulher, Família e Direitos
Humanos, além dos três comandantes e demais militares que atuaram na Amazônia—
também sabiam da situação dos yanomamis. Se mais não fosse, há dezenas de
provas de que eles foram alertados. Mas a boiada precisava passar.
O genocídio dos
yanomamis está agora escancarado. Isso não trará os seus mortos de volta, mas,
se se fizer justiça, Ricardo
Salles, Damares Alves, Braga Netto, Eduardo Pazuello, Marcelo Queiroga,
Tereza Cristina, Hamilton Mourão e muitos outros terão de se sentar ao lado de
Bolsonaro no banco dos réus.
Um banco, de
preferência, importado de uma loja de móveis de Nuremberg.
Os cúmplices do GENOCÍDIO - ministros do GENOCIDA
ResponderExcluir"O genocídio dos yanomamis está agora escancarado. Isso não trará os seus mortos de volta, mas, se se fizer justiça, Ricardo Salles, Damares Alves, Braga Netto, Eduardo Pazuello, Marcelo Queiroga, Tereza Cristina, Hamilton Mourão e muitos outros terão de se sentar ao lado de Bolsonaro no banco dos réus."
Wanda. O mundo pifou é cada comentário. Woman
ResponderExcluirArtigo curto e direto.
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