O Estado de S. Paulo
Do lado de Lula, o assunto foi economia e futuro; no de Bolsonaro, colares, relógios e diamantes
O presidente Lula deu seu maior lance
justamente no dia da volta, chocha, vamos convir, do antecessor Jair Bolsonaro
ao Brasil. O anúncio da nova âncora fiscal é considerado um sucesso, já a volta
de Bolsonaro virou um grande fiasco, sem público, emoção e nada que reluzisse,
além dos diamantes da Arábia Saudita. Do lado de Lula, o assunto era o futuro e
a economia. Do bolsonarista, só se falava em colares, relógios e canetas
cravejadas de brilhantes.
O pacote fiscal, aprovado por Lula, exposto para as cúpulas da Câmara e do Senado e detalhado ao vivo pelo ministro Fernando Haddad, foi bem recebido no mercado, no Congresso e entre economistas de diferentes correntes. Agradou. As Bolsas subiram, o dólar caiu e a melhor aposta é de que será aprovado no Legislativo. Resta saber em quanto tempo e com quantas e quais modificações.
Cauteloso, até por temperamento, mas não só
por isso, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, elogiou o esforço
da equipe de Haddad e disse que gostou do que viu, mas espera um plano pronto e
acabado antes de dar uma posição final. Foi no limite, mas acolhedor. Dali não
se espere uma oposição irascível.
Uma curiosidade no lançamento foi que o
petista Haddad falou de economia, a liberal Simone Tebet prestigiou o social.
Ele fez uma exposição sobre o espírito do pacote e as metas econômicas, ela defendeu
a flexibilização que garante o discurso social de Lula e as políticas públicas
deixadas de lado “nos últimos seis anos” (ou seja, a emedebista incluiu o
governo Temer).
A grande mudança do pacote é que o teto de
gastos deixa de ser vinculado à inflação e passa a ser à arrecadação, com
destaque para investimentos, exceção para educação e piso de enfermeiros e
flexibilidade, com travas e bandas, para excepcionalidades que surjam.
Como Haddad já me havia dito, e agora
recheou com números, o plano inverte a lógica, com uma regra anticíclica: com
arrecadação acima das previsões, o aumento do gasto será, no máximo, de 2,6% da
inflação; com arrecadação abaixo, o gasto não poderá crescer menos do que 0,6%.
Sem gastança nas vacas gordas e pindaíba nas magras. As sobras irão para
investimentos.
Haddad é o grande vencedor, como na PEC da
transição e na reoneração dos combustíveis, mas a guerra continua. O pacote
precisa passar pelo Congresso sem ser desfigurado e depois vem a reforma
tributária, contra o “patrimonialismo” e os “jabutis” do sistema tributário,
camarada com os muitíssimo ricos e cruel com os mais pobres. Como diz o
ministro, a regra é só um começo e tudo isso é um processo, um longo processo.
O antes 'imbroxável' broxou de vez
ResponderExcluirTrump is over.
ResponderExcluirBozo next.
Enquanto isso o ladrão condenado está presidindo o país
ResponderExcluirÉ uma vergonha realmente triste país
ResponderExcluirO ladrão ainda não foi condenado e não preside mais o país. O ladrão embolsonarou joias, relógios, canetas valiosas, objetos valendo mais de meio milhão de reais, e ainda tentou embolsonarar uma fortuna em joias de mais de 15 milhões... Tudo objetos PÚBLICOS que o ladrão não declarou à Receita Federal e simplesmente levou escondido pra casa do seu cúmplice.
ResponderExcluirAve Maria!
ResponderExcluir