O Estado de S. Paulo
Presidente do PL lança estratégia para provocar Centrão e Bolsonaro
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto,
sabe muito bem que Marta Suplicy não vai se filiar ao partido de Jair Bolsonaro
para ser vice na chapa do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), candidato
à reeleição. Mesmo assim, Valdemar “lançou” o nome da secretária de Relações
Internacionais da Prefeitura na praça como parte de uma estratégia política.
As adiantadas investigações da PF sobre Bolsonaro fizeram o mandachuva do PL acelerar as conversas porque tudo indica que o ex-presidente não será o cabo eleitoral idealizado por ele para 2024, muito menos na capital. Se Bolsonaro não estiver preso após o escândalo da venda de joias da Arábia Saudita, que envolveu até militares do governo, é provável que tenha de ser escondido na campanha por se tratar de um padrinho tóxico para Nunes.
Uma recente pesquisa apresentada por Duda
Lima – o marqueteiro que foi citado pelo hacker Walter Delgatti e hoje trabalha
como consultor do prefeito – mostra que o apoio do expresidente a Nunes resulta
em saldo negativo. O levantamento revela que, quando Bolsonaro aparece ao lado
do prefeito, tira dele dois votos e dá apenas um. “Não sou bolsonarista. Sou
ricardista”, costuma dizer Nunes.
Não foi à toa, porém, que o herdeiro de
Bruno Covas “colou” em Tarcísio de Freitas: o respaldo do governador assegura a
ele dois votos e subtrai um.
Nesse cenário, o aceno de Valdemar a Marta
indica que o PL tenta atrair uma ala do centro que não vota em Bolsonaro, mas
também não quer Guilherme Boulos, do PSOL. O principal desafiante de Nunes
conta com o apoio de Lula.
Ex-prefeita, Marta foi filiada ao PT por 33
anos e rompeu com a sigla após ter sido ministra em duas ocasiões. Passou por
MDB e Solidariedade e há quase três anos está sem partido. “Participar do
processo eleitoral não está no meu radar e por isso não cogito uma nova
filiação partidária”, disse ela à coluna. “Diante de tantas notícias bizarras e
inimagináveis, e de tanta coisa acontecendo, muita água irá rolar embaixo dessa
ponte.”
Valdemar, por sua vez, não esconde a
preocupação com a capital. O PL quer ter o vice na chapa de Nunes, mas já
admite até mesmo negociar a vaga na aliança com o Centrão. E Valdemar indica
que ele, e não Bolsonaro, dará as cartas. “Essa disputa não é fácil e
precisamos de um vice que agregue. Marta se afastou da esquerda e tem votos”,
insistiu o presidente do PL. Antes de encerrar, Valdemar lembrou uma frase do
vicepresidente José Alencar, morto em 2011: “São Paulo é um lugar em que, se a
gente atravessar o samba, perde a eleição”.
O problema é que hoje, na política, os
atravessadores também vendem joias do acervo presidencial...
Se Marta houver que ser candidata, que seja candidata a prefeita e não a cabo eleitoral.
ResponderExcluir▪Que Marta se filie ao Partido Cidadania e seja candidata a prefeita, e não candidata a vice-prefeita nesse esquema ligado a Bolsonaro e Valdemar... Se ainda houver Cidadania até as eleições, mas eu espero que até lá ainda haja Cidadania e que aquele partido político tão necessário na pequeníssima oposição qualificada e responsável não seja transformado por interesseiros eleitoreiros em lulodania ou bolsodania.
▪Marta Suplicy para prefeita, candidata pelo Partido Cidadania23
ResponderExcluir▪Tábata Amaral para vice-prefeita, na chapa de Marta Suplicy
Haverá vida após o lulismo e o bolsonarismo, se o Cidafania sobreviver!
ResponderExcluirVerdade seja dita.
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