Folga de S. Paulo
Netanyahu contempla custos políticos e
diplomáticos de uma guerra com duração e resultado incertos
Enquanto o Hamas mantém
reféns e Israel despeja
bombas, há gente interessada em falar do pós-guerra. Um documento do Ministério
da Inteligência israelense cita a remoção forçada de 2,2 milhões de palestinos.
Já o secretário de Estado americano indicou que uma coalizão de países ou
órgãos internacionais pode controlar Gaza temporariamente.
A esta altura, qualquer cenário só existe à base de muita propaganda, alguma torcida e nenhuma disposição para a trégua. O governo de Israel pode fazer uma exibição de valentia e convencer seus cidadãos de que há um plano até a vitória. Para os EUA, projetar o dia seguinte à guerra poderia ser uma tentativa de exorcizar o fantasma do caos afegão.
Os líderes dos dois países ainda contemplam
os custos políticos e diplomáticos de uma guerra com duração e resultado
incertos. Joe Biden vai às urnas no ano que vem contra um rival que o
responsabiliza pelo conflito. Binyamin
Netanyahu tem sua sobrevivência no poder vinculada ao desenrolar do
confronto.
A população israelense manifesta incertezas
sobre o primeiro-ministro, as escolhas relacionadas ao conflito e o pós-guerra.
Metade do país confia mais nos chefes militares do que em Netanyahu, segundo
uma pesquisa do Israel Democracy Institute. Por outro lado, 63% dizem que
preferem fazer um acerto de contas só depois do conflito.
Depois do período de trégua, muitos
israelenses pensam em se livrar de Netanyahu. Outra sondagem, feita pelo
instituto Agam apenas com eleitores judeus, mostrou que 70% deles gostariam que
o primeiro-ministro renunciasse após o confronto, com a convocação de novas
eleições.
Os números refletem a insatisfação de israelenses que põem na conta de
Netanyahu o ataque do Hamas em 7 de outubro, não uma rejeição aos planos de
guerra do primeiro-ministro. A maioria dos judeus ouvidos na pesquisa apoia
bombardeios e a ocupação de toda a Faixa de Gaza.
Quase metade concorda que o território deve ser controlado por forças externas
pelos próximos anos.
O colunista retoma tema levantado ontem por Wilson Gomes (neste blog) sobre a importância da "propaganda" oficial (como divulgação planejada das ações e ideologias) na guerra do Oriente Médio, incluindo obviamente as omissões e mentiras governamentais.
ResponderExcluirOntem, diplomatas israelenses, CÚMPLICES DO CRIMINOSO DE GUERRA NETANYAHU, em SP e em muitas cidades do mundo, fizeram o trabalho sujo de influenciar jornalistas e divulgar, repetidamente, APENAS PARTE DA VIOLÊNCIA cotidiana no Oriente Médio.
Tais diplomatas tentam apresentar os palestinos como bárbaros e os judeus como inocentes, enquanto Israel já matou mais de 8 mil CIVIS PALESTINOS e mais de 2 MIL CRIANÇAS, para vingar as dezenas de crianças israelenses assassinadas pelos guerrilheiros do Hamas.
Estes diplomatas CANALHAS tentam encobrir e justificar os CRIMES DE GUERRA do Estado de Israel, mas o colunista hoje mostra que os israelenses já estão convencidos pela propaganda governamental da "necessidade" destes ataques.
Quando muitos pais das mais de 2 mil crianças palestinas ASSASSINADAS pelas forças israelenses se vingarem e matarem mais israelenses num futuro breve, o governo de Israel vai NOVAMENTE repetir sua propaganda mentirosa e tentar de novo ESCONDER a violência que há décadas emprega contra os civis palestinos, e que certamente alimenta a luta terrorista dos palestinos.
Israel quer que acreditemos que os atos do Hamas surgiram "do nada", mas, como o Secretário-geral da ONU bem afirmou, as atrocidades do Hamas ocorreram depois de DÉCADAS de CRIMES DE GUERRA cometidos por Israel, após seguidas desobediências de Israel às deliberações da ONU, com a cumplicidade dos EUA e das maiores nações europeias.
Entre Israel e Palestina o que falta é o perdão e o amor.
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