O Estado de S. Paulo
É ler as oito páginas da decisão e constatar a inexistência de outra fundamentação
Alexandre de Moraes censurou e descensurou. A
liberdade do onipotente produz relaxamentos; o “juízo de cognição sumária”
baixando já sem tentativa de envernizar a ordem com Direito.
Ordenou a censura porque pleito de Arthur
Lira. Em 2019, na origem dos inquéritos xandônicos, censurara a Crusoé a pedido
de Dias Toffoli. É ler as oito páginas da decisão e constatar a inexistência de
outra fundamentação. Periculum in Lira.
Ordenou a descensura porque, entre os censurados, estava jornalão. Talvez tenha sabido só depois... “Ih! A Folha.” Ministro do Supremo flagrado mui à vontade para censurar distraidamente, copiando e colando trechos de censuras anteriores.
O objeto da censura ora (mais ou menos)
descensurado é entrevista, de 2021, em que a ex-mulher de Lira o acusa de
violências físicas e coação. Vídeo que Xandão tirou do ar, em 2024, para
interromper – você já conhece o texto – a “propagação dos discursos com
conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade
institucional e democrática”.
Sua intenção – ao mandar apagar relato em que
uma mulher denuncia agressões – era “interromper a lesão ou ameaça a direito”.
Lesionado o Direito quando juiz de Corte
constitucional, copiando e colando, determina supressão da palavra – ato
extremo – sem argumento concernente ao caso concreto.
Está na decisão – você já conhece o texto:
“Liberdade de expressão não é liberdade de agressão! Liberdade de expressão não
é liberdade de destruição da democracia, das instituições e da dignidade e
honra alheias! Liberdade
de expressão não é liberdade de propagação de
discursos mentirosos, agressivos, de ódio e preconceituosos!”
Moraes copiou e colou e, calculando os tempos
da última terça, 18 de junho, não será improvável que tenha despachado enquanto
votava para tornar réus os acusados – entre os quais um deputado federal – de
mandar assassinar Marielle.
O brado “liberdade de expressão não é
liberdade de agressão” numa imposição censória sobre entrevista de uma mulher
que acusa parlamentar poderoso de a ter agredido.
O presidente da Câmara peticionou, pela
extensão da censura, em processo de que não é parte: uma reclamação da Agência
Pública contra o bloqueio – mantido por Xandão – à reportagem “Ex-mulher de
Lira o acusa de violência sexual”. A reclamação, instrumento para assegurar a
liberdade de expressão, servindo à ampliação do arreganho.
Esse caso tramita na Primeira Turma do STF. A
censura, que já dura nove meses, foi endossada por Fux e Zanin. Formada a
maioria. Cármen Lúcia – outrora a juíza do “cala a boca já morreu”, que, em
2022, votou para censurar um documentário – pediu vista em abril.
ResponderExcluirO Brasil se transformou em uma ditadura do Judiciário em consórcio com o governo Lula as arbitrariedades , ilegalidades cometidas por Alexandre de Moraes e aceita pelo restante do Superior Tribunal Federal
Sempre perseguindo as pessoas da oposição , conservadores de direita , que têm perfis da internet cancelados , contas bancárias suspensa, passaporte Retido e até prisões como tem muitos inocentes que foram presos em 8 de junho e ainda estão preso até hoje sem processo Definido e acusações claras e individualizadas o Congresso americano intimou Alexandre de Moraes a dar explicações e o restante do Supremo Tribunal sobre estado de exceção que está se instalando no Brasil onde as liberdades democráticas estão em extremo perigo Vamos aguardar o que o Xandão na sua arrogância irá se posicionar
Salve o Supremo!
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