Folha de S. Paulo
Resultado estável interrompe curva negativa
para presidente; 40% acham que a economia vai melhorar
Nova pesquisa do Datafolha mostra
que a aprovação ao trabalho do presidente Lula (PT) se manteve
estável ante a rodada anterior, realizada em março, oscilando de 35% para 36%.
Já a reprovação foi de 33% para 31%, enquanto o regular passou de 30% para 31%.
Apesar da margem de erro de dois pontos
percentuais para mais ou menos, que indica a estabilidade no quadro geral, o
empate técnico entre quem considera Lula ótimo/bom e ruim/péssimo do levantamento
passado deu lugar a uma leve melhora em favor do presidente.
A curva negativa para Lula, que vinha se
desenhando desde o fim do ano, foi invertida nesta pesquisa, que marca um ano e
seis meses do terceiro
mandato do petista à frente do Palácio do Planalto. O instituto ouviu
2.008 eleitores em 113 municípios brasileiros de 4 a 13 de junho.
A grande turbulência na área econômica do governo, com declarações belicosas de Lula contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e a percepção do mercado de que o governo não tem responsabilidade fiscal que fez o dólar subir cerca de 10%, ainda não se refletem no ânimo da população.
Os índices acerca da economia permanecem
estáveis. Têm expectativa positiva sobre o tema 40%, ante 28% que preveem uma
piora e 27% que acham que tudo ficará igual. Em março, eram respectivamente
39%, 27% e 32%.
São mais otimistas os mais jovens (47%), os
menos escolarizados (50%) e os moradores do Nordeste (53%), sendo esses dois
últimos grupos usualmente
associados ao apoio a Lula —48% dos nordestinos e 53% de quem estudou
até o fundamental consideram o presidente ótimo e bom.
No caso dos jovens de 16 a 24 anos, o estrato
do levantamento se destaca por considerar Lula mais regular que outros grupos
—48% dizem isso, ante um empate de aprovação (25%) e rejeição (24%).
Algo semelhante se vê na avaliação da
economia: 27% acham que o cenário do país melhorou, enquanto 29% veem isso em
sua vida pessoal. Já acham pior no geral 42%, ante 24% que apontam tal visão
negativa em suas finanças domésticas.
Consideram que tudo está igual no país 29%,
enquanto 47% acham isso no seu cenário particular. A grande crise das enchentes
no Rio Grande Sul, fato principal do país no período entre as pesquisas,
não parece ter influenciado opiniões na região geograficamente mais próxima dos
fatos, a Sul.
Na região Sul, está na média a percepção
pessoal e geral
sobre a economia. Os moradores da região se incluem entre os mais
pessimistas em termos de expectativas, 36% dos ouvidos, nível semelhante ao
registrado entre quem ganha de 5 a 10 mínimos (37%) e entre evangélicos (38%).
Nesse caso, contudo, os resultados são estáveis e refletem
a posição mais antipetista desses grupos.
Disseram ao Datafolha que sua vida melhorou
após a volta de Lula ao poder 26%, ante 21% que viram piora e 52% que acham que
está tudo na mesma. Todos os índices são compatíveis com a pesquisa de março.
Escrutinando estratos diferentes, a percepção
de melhora fica clara entre os mais pobres. Ela é de 32% entre os que ganham
até 2 salários mínimos, maior amostra populacional da pesquisa, com 49% dos
entrevistados. No grupo, 18% apontam piora.
A curva se inverte em todas as faixas de
renda posteriores, chegando a 31% de quem vê piora a 19%, melhora, entre
aqueles 4% que ganham mais de 10 salários mínimos. É preciso ponderar, contudo,
que nessa faixa a margem de erro é maior, de até dez pontos percentuais devido
à menor base de entrevistas (ante três pontos nos mais pobres).
O descolamento entre as dificuldades
econômicas do governo e o que o eleitor percebe decorre do fato de
que, por ora, os indicadores que chegam "na ponta", como inflação e
nível de emprego, não foram afetados pela crise. Eles são de maturação mais
longa, e sempre associados a sucesso ou fracasso de governos.
Isso também se correlaciona na mão inversa
com uma boa notícia que o governo colheu, o aumento
do PIB em 0,8% no primeiro trimestre, após seis meses de estagnação.
Por ora, ela foi bancada pela expansão no emprego e na renda dos trabalhadores,
embora haja dúvidas acerca de sua sustentabilidade.
O mesmo pode ser dito das derrotas que o
governo sofre em sequência no Congresso, que agora desaguaram na polêmica
em torno do PL Antiaborto por Estupro. Por ora, nada indica influência
disso na aprovação da gestão petista.
Os grupos que gostam ou não gostam de Lula
seguem o mesmo perfil que acompanha o presidente desde a campanha eleitoral.
Consideram Lula ótimo ou bom de forma acima
da média os mais pobres (42%), quem tem de 45 a 59 anos (44%), os mais velhos
(47%), nordestinos (48%) e menos instruídos (53%). Já o veem mais como ruim ou
péssimo os homens (35%), quem tem de 25 a 34 anos (38%), com ensino superior
(38%), evangélicos (44%) e mais ricos (45% nas faixas acima de 5 mínimos).
Comparado com seu próprio desempenho nos
mandatos anteriores, Lula tem uma aprovação semelhante à que registrava a essa
altura do governo em 2004, 35%. Sua reprovação era bem menor, contudo, em 17%,
e 45% o viam regular.
Já no segundo mandato, em maio de 2009, tinha
grande aprovação: 69% o viam como ótimo ou bom, 6% como ruim ou péssimo e 24%
como regular.
Em relação a seu principal antípoda político,
o antecessor Jair
Bolsonaro (PL), Lula registra um nível similar de ótimo/bom: o rival
recebia essa nota de 32% em junho de 2020, embora fosse bem mais reprovado (44%
de ruim/péssimo). Achavam o ex-presidente regular 23%.
A Datafolha Nas últimas eleições Emitiu pesquisas eleitorais que depois foram contraditadas ao abrir as urnas . Sabemos todos que a Folha de São Paulo tem um viés de esquerda e que sempre Ajuda os candidatos desse viés ideológico com números mais favoráveis , daí a minha desconfiança em relação a essa nova pesquisa , gostaria de ver a pesquisa feita pelo Instituto Paraná e outros institutos mais independentes
ResponderExcluirLula não pode sair nas ruas e nem se pronunciar em atos públicos abertos Porque será sempre vaiado Essas pesquisas são muito suspeitas
ResponderExcluirSuspeito é vc, boçalnarista...
ResponderExcluirMAM