The New York Times / O Globo
Se encerrar agora, poderá deixar a
Presidência como um dos melhores líderes da História americana e mostrar aos
eleitores que o país vem antes de seus interesses
Assisti ao debate entre Biden e Trump sozinho em um quarto de hotel em Lisboa, Portugal, e ele me fez chorar. Não consigo me lembrar de um momento mais desolador na política da campanha presidencial americana em minha vida — justamente por causa do que ele revelou: Joe Biden, um bom homem e um bom presidente, não tem condições de concorrer à reeleição. E Donald Trump, um homem malicioso e um presidente mesquinho, não aprendeu nada e não esqueceu nada. Ele é a mesma fonte de mentiras que sempre foi, obcecado por seus ressentimentos — nem perto do que será necessário para que os Estados Unidos liderem no século XXI.
A família Biden e sua equipe política devem
se reunir rapidamente e ter a mais difícil das conversas com o presidente, uma
conversa de amor, clareza e determinação. Para dar aos Estados Unidos a maior
chance possível de deter a ameaça de Trump em novembro, o presidente deve se
manifestar e declarar que não concorrerá à reeleição e que libera todos os seus
delegados para a Convenção Nacional Democrata.
O Partido Republicano, se seus líderes
tivessem um pingo de integridade, exigiria o mesmo de Trump, mas não o farão,
porque assim não são. Isso torna ainda mais importante que os democratas ponham
os interesses do país em primeiro lugar e anunciem que será iniciado um
processo público para que diferentes candidatos democratas disputem a indicação
— conselhos municipais, debates, reuniões com doadores etc. Sim, poderia ser
caótico e confuso quando a convenção democrata começasse em 19 de agosto em
Chicago, mas acho que a ameaça de Trump seria suficientemente grave para que os
delegados pudessem rapidamente se unir e nomear um candidato de consenso.
Se a vice-presidente Kamala Harris quiser
concorrer, ela deve fazê-lo. Mas os eleitores merecem um processo aberto em
busca de um candidato presidencial democrata que possa unir não apenas o
partido, mas o país, oferecendo algo que nenhum dos homens no palco de Atlanta
fez na noite de quinta-feira: uma descrição convincente de onde o mundo está
agora e uma visão convincente do que os Estados Unidos podem e devem fazer para
continuar a liderá-lo — moral, econômica e diplomaticamente.
Porque não estamos em um momento comum da
história. Estamos no início das maiores rupturas tecnológicas e da maior
ruptura climática da História da Humanidade. Estamos no início de uma revolução
de inteligência artificial que vai mudar TUDO PARA TODOS — como trabalhamos,
como aprendemos, como ensinamos, como negociamos, como inventamos, como
colaboramos, como lutamos em guerras, como cometemos crimes e como combatemos
crimes. Talvez tenha passado despercebido, mas não ouvi a expressão
"inteligência artificial" ser mencionada por nenhum dos participantes
no debate.
Se há um momento em que o mundo precisa de um
EUA em sua melhor forma, liderado pelos seus melhores, esse momento é agora —
porque grandes perigos e oportunidades estão perante nós. Um Biden mais jovem
poderia ter sido esse líder, mas o tempo finalmente o alcançou. E isso ficou
dolorosa e inevitavelmente óbvio na quinta-feira.
Biden é meu amigo desde que viajamos juntos
para o Afeganistão e o Paquistão após o 11 de Setembro, quando ele presidiu a
Comissão de Relações Exteriores do Senado, por isso digo tudo isso com muita
tristeza.
Mas, se ele encerrar sua Presidência agora,
reconhecendo que, devido à idade, não está apto para um segundo mandato, seu
primeiro e único governo será lembrado como uma das melhores presidências de
nossa História. Só por nos ter salvado de um segundo mandato de Trump, ele
merece a Medalha Presidencial da Liberdade, mas também promulgou uma legislação
importante e crucial para enfrentar as revoluções climáticas e tecnológicas que
estão chegando.
Eu estava pronto para dar a Biden o benefício
da dúvida até agora, porque durante as vezes em que estive com ele
individualmente, achei que estava à altura do trabalho. Ele claramente não está
mais. Sua família e sua equipe deviam saber disso. Há dias, eles estão
escondidos em Camp David se preparando para esse importante debate. Se esse foi
o melhor desempenho que conseguiram obter dele, é hora de Joe manter a
dignidade que merece e deixar o palco no final deste mandato.
Se ele fizer isso, os americanos comuns
saudarão Biden por fazer o que Trump nunca faria — colocar o país acima de si
mesmo.
Se ele insistir em concorrer e perder para
Trump, Biden e sua família — e sua equipe e os membros do partido que o
apoiaram — não poderão mostrar a cara.
Eles merecem algo melhor. Os americanos precisam de algo melhor. O mundo precisa de algo melhor.
O presidente Biden vem dando sinais de deficiência mental há muito tempo, a ponto da gente se perguntar quem é que está comandando os Estados Unidos.
ResponderExcluirEsse debate foi a gota d’água onde todos puderam ver a falta de lucidez do presidente atual ,
O Trump vai ganhar para o bem do país e para o bem da democracia mundial que está sendo corroída pelos governos progressistas de esquerda Aqui no Brasil por exemplo o governo está implantando junto com o STF uma ditadura cruel perseguindo prendendo Caçando contas bancárias e contas na internet de todos os opositores é preciso dar um basta a essas situação e eu acredito que Trump vencendo irá nos ajudar a nos libertar dessa ditadura do judiciário em consórcio com o governo
Um texto fantástico como o de Friedman, e o imbecil acima consegue "COMENTAR" suas repetidas MENTIRAS sobre nosso país. O bolsonaro é o trump brasileiro ou trump é o bolsonaro estadunidense? Em mentiras, o estrangeiro é melhor, pronunciou 26 mentiras em todo o debate, segundo o próprio órgão que organizou o debate (CNN)! O comentarista acima já escreveu algumas nas poucas frases que tentou escrever!
ResponderExcluirMuito bom o artigo.
ResponderExcluirFico curioso em saber por que o ex-presidente Obama não é citado entre os políticos do partido Democrata que poderiam substituir o atual candidato Biden se este desistisse de sua candidatura nas próximas eleições presidenciais dos EUA.
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