O Estado de S. Paulo
O atentado pode ser a motivação que faltava para o eleitor sair de casa e votar em Trump
O poder eleitoral da martirização é inegável.
Jair Bolsonaro sobreviveu a um grave atentado a faca em 2018 e isso contribuiu
para sua vitória eleitoral por pelo menos três motivos.
Primeiro, porque serviu à narrativa de que
ele enfrentava interesses obscuros e poderosos e estava disposto a se
sacrificar por essa luta. Segundo, por colocá-lo no centro das atenções da
campanha. Terceiro, por eximí-lo da obrigação de participar de debates.
Os dois últimos pontos não se aplicam ao americano Donald Trump, que escapou por um triz de ser assassinado durante um comício eleitoral no sábado, dia 13. Mas o primeiro, o da martirização, tem tudo para ser decisivo para a volta do ex-presidente à Casa Branca.
O atentado frustrado contra Trump, no
contexto do bipartidarismo americano, obviamente não vai fazer com que
eleitores democratas se sensibilizem e mudem de voto em massa.
Mas a imagem do republicano com o rosto
ensanguentado e com o punho erguido, impassível e desafiador, pode ter impacto
sobre um elemento fundamental e muitas vezes esquecido no processo eleitoral
americano: a taxa de comparecimento nas urnas.
Nos Estados Unidos, ao contrário do Brasil, o
voto não é obrigatório. Com isso, enquanto por aqui cerca de 80% dos eleitores
aparecem para votar, nas eleições presidenciais americanas a taxa de
comparecimento fica em torno de 60%, uma das mais baixas em países
democráticos. Uma menor abstenção beneficia de forma diferente candidatos
democratas e republicanos. Tudo depende de quem decide votar.
Na campanha atual, segundo as pesquisas, o
presidente Joe Biden se sai melhor entre cidadãos que compareceram regularmente
às urnas em eleições passadas. Trump, por sua vez, tem mais preferência de voto
entre eleitores com maior histórico de abstenção.
O atentado contra ele pode ser a motivação
que faltava para esses americanos saírem de casa no dia das eleições. E ainda
melhor para Trump se forem eleitores brancos, com mais idade e menor
escolaridade — justamente o perfil mais vulnerável às teorias conspiratórias
que já começaram a se espalhar após a tentativa de assassinato.
Os democratas, por sua vez, têm em Biden um
candidato fragilizado, que sofre pressão dentro do próprio partido para
abandonar a disputa. O maior incentivo que seus eleitores têm para votar é o de
impedir o retorno de Trump ao poder. Será um milagre se conseguirem.
Na torcida.
ResponderExcluirNa terra de Hollywood?
ResponderExcluirPlanejado nos mínimos detalhes: o comício numa cidadezinha urbano-rural, a bandeira americana imensa colocada estrategicamente para dar fundo nacionalista, fotógrafos profissionais para dar furos de imagem inclusive com a bala 'aparecendo' no ar (ó santa IA, onde estás que não respondes?), uma só 'testemunha' que viu o atirador no telhado (diante das câmaras?); um atirador registrado no partido republicano ms com doação aos democratas e sem documentos identificado i-me-di-a-ta-men-te pelo DNA; a bala que acertou a orelha direita (não podia ser a orelha esquerda,né? Nem seria ideologicamene a orelha correta, e não estaria escondida o suficiente para o 'aparecimento' de tanto sangue cinematográfico escondido no boné vermelho; a foto certa no enquadramento triangular certo, com DTrump no centro correto , a bandeira ao fundo, para a foto maravilhosamente histórica, até a policial do serviço secreto loira, fêmina, para agradar ao eleitorado feminino, a perda declarada do sapato e o pedido para que os agentes secretos o achassem e o vestissem ante de reaparecer; o sumiço rápido mas nem tanto, para não parecer fuga; o efeito já testado até pelo Bozo...
Imprensa, quem não te conhece que te compre!
Donald Trump, The King Tramp, quem não te conhece que te compre!
O anônimo levantou vários pontos interessantes e que podem gerar dúvidas. Mas tem também o bombeiro morto no episódio, e a distância de 125 m não é tão próxima que permita tiros tão certeiros quanto os necessários pra ferir apenas a orelha do candidato. Acho que estes são fatos difíceis de contestar, assim como muitos outros. Além de grande enganador e mentiroso, Trump é um ator talvez melhor que Reagan, mas acho que estava meio borrado enquanto tentava mostrar a coragem filmada e fotografada pela imprensa e pelo público.
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