Folha de S. Paulo
Mudança é portal para aqueles que se
alimentam da ignorância dos outros, por meio da mentira e do aceno a um passado
tóxico
Nasceu um bisão branco no Parque Yellowstone,
Montana, EUA. Raríssimo, o acontecimento corresponde a profecias de mudanças
profundas segundo a teologia dos Sioux, Cherokee, Comanche, Dakota e Navajo.
Zoólogos atêm-se, claro, a explicações científicas orientadas para fenômenos de
metamorfose. Mas seria precipitado julgar que os mitos já eram: brasas do
passado continuam acesas em situações não devidamente explicadas, em todo o
mundo.
Uma delas é a mutação na consciência cívica e social. À primeira vista, uma saturação baixa dos discursos e valores liberais, portanto, má circulação do oxigênio democrático. Perspectiva talvez razoável para a sociologia das formas de vida, mas não explica a contaminação do fenômeno pelo espírito regressivo da ultradireita.
No entanto, esse é o espírito de ressentimento e ódio, acionado pelo "fogo das
paixões perversas, ou seja, aqueles extremos carregados de afeto, dos quais a
natureza humana é capaz, mas que, no cotidiano, são repudiados, reprimidos,
escondidos ou, acima de tudo, inconscientes" (C.G. Jung em "Um mito
moderno sobre coisas vistas no céu"). Nesta linha explicativa, o pensador
combina mito e arte interpretativa.
Uma antiga afirmação alquímica, "o que a
natureza deixa incompleto, é completado pela arte", foi bem acolhida por
pensadores influentes do século passado. Arte, em sentido amplíssimo, como
abordagem de situações inapreensíveis pela linguagem racional. Donde a produção
de imagens e narrativas que sempre couberam nas mitologias.
Assim, o bisão branco, evento sagrado para
povos originários, revelaria que algo de bom ou de mau acontecerá numa mudança
significativa, para a qual os seres humanos deveriam se preparar. Do imaginário
à história, há um salto metafórico possível. No aspecto negativo, a mudança é
portal para aqueles que se alimentam da ignorância dos outros, por meio
da mentira e do aceno a um passado tóxico.
Imaginariamente, seriam metamorfos: nos
contos nórdicos, seres mitológicos capazes de se transformar em outras pessoas,
devoradores de formas vitais de existência. Dele há variações tenebrosas, como
a do "devorador do luto", que se alimenta do sofrimento dos
indivíduos. Na história, gente como Hitler, Stálin, Putin.
Mito é o fundo duplo da história. Estaria
nesse viés de mutação mental a raiz do fundamentalismo religioso e político, que captura
comunidades carentes e sujeitos de miséria afetiva. Isso que advém como negação
da realidade e indiferença às verdades. Ante a debilidade do discurso
progressista, a consciência permeável à mutação abre-se a extremos perversos
como Trump, Putin e réplicas. Na coligação do capital necrofílico com a
tecnologia, as profecias suscitam a indagação sobre se os humanos não estariam
de novo a bordo de um Titanic.
Nos Estados Unidos como aqui Percebendo a vitória iminente de Trump e de Bolsonaro a esquerda desesperada tenta matar os candidatos, ,já que não podem vencê-los nas urnas
ResponderExcluirJá se falava que a única forma de de Trump seria matando o
Parecia inverossímil, mas por questão de 2 cm a bala certa fatalmente a cabeça do candidato Trump encerrando a sua candidatura Deixando o caminho livre para o senil Demente do Biden
É nessas horas que a gente vê a mão de Deus agindo
ResponderExcluirAqui a polícia não deixou investigar e não encontrou mandantes do atentado contra Bolsonaro Tenho certeza que nos Estados Unidos vão tirar isso a limpo e mostrar quem é quem
A esquerda não tem limite Mente , rouba e mata quando necessário pro seus objetivos
O deputado da rachadinha, que tira dinheiro do salário de seus funcionários, Debochou do atentado a bala sofrido pelo candidato a presidente dos Estados Unidos Donald Trump da mesma forma que debochou do Bolsonaro quando sofreu a facada na barriga
ResponderExcluirEsse parlamentar sem caráter representa bem a esquerda brasileira que acha que tudo vale para ficar no poder
Esse canalha tem que ser Retirado do parlamento com urgência, é um câncer na câmera de deputados